Queridxs participantes,
Na 1a. Circular divulgamos a data e o local de realização do XI EREBIO e, de lá para cá, necessitamos alterar estas duas informações. Abaixo, apresentamos a 11a. edição do EREBIO e as informações atualizadas da realização deste evento em 2025. Confiram!
O XI Encontro Regional de Ensino de Biologia RJ/ES é uma iniciativa da Diretoria e do Conselho Deliberativo da Regional 2 (RJ/ES) da Associação Brasileira de Ensino de Biologia (SBEnBio) e acontecerá nos dias 30 e 31 de julho e 01 de agosto de 2025 na cidade do Rio de Janeiro, RJ, no Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ) - Campus Maracanã.
O evento pretende fomentar a discussão, a socialização e a divulgação de estudos, pesquisas e práticas do ensino de Ciências e Biologia que contribuam para a democratização do acesso ao conhecimento científico de forma inovadora e multidisciplinar, em diferentes espaços educativos.
O foco do evento será o estabelecimento de diálogos que possam contribuir para o enfrentamento dos desafios envolvidos nas ações e inovações que possibilitam o acesso e à ampliação da cultura científica de crianças e jovens.
Em um contexto de maior facilidade de acesso a informações em meios de comunicação e redes sociais, os papéis da escola básica e do professor, bem como dos diferentes espaços educativos, são ressignificados uma vez que precisam estar articulados às demandas da “sociedade da informação”. Os tempos vigentes exigem contribuições para a promoção de interações atentas, críticas e éticas para o enfrentamento das guerras de informações que vimos vivenciando com os fenômenos das fake news e negacionismo científico.
Da mesma forma, os espaços educativos, para além dos muros da escola, podem ser articulados ao ensino formal de forma a potencializar a ampliação da cultura científica, participando da formação de indivíduos alfabetizados cientificamente.
Esperamos que o evento contribua para o fortalecimento de discussões, pesquisas e ações educativas nos diferentes espaços, a fim de possibilitar a ampliação da cultura científica de todos.
Inscrevam-se e participem!
Diretoria da SBEnBio - R2.

A SBEnBio, criada em 1997, no VI Encontro Perspectivas do Ensino de Biologia (EPEB) na Faculdade de Educação da USP, é uma associação civil de caráter científico e cultural, sem fins lucrativos, que tem por finalidade promover o desenvolvimento do ensino de biologia e da pesquisa em ensino de biologia entre profissionais deste campo de conhecimento.
A SBEnBio é uma associação aberta a todos os interessados na pesquisa em Ensino de Biologia, sem distinção entre professores pesquisadores, estudantes da Educação Superior e da Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio). A SBEnBio busca fomentar um diálogo sobre as questões de ensino de biologia, entre seus associados e outros profissionais vinculados(as) a outras áreas correlatas.
https://www.sbenbio.org.br/
1. O BRASIL NO MESOZOICO – INTRODUÇÃO A PALEONTOLOGIA E AOS DINOSSAUROS BRASILEIROS
A paleontologia é, dentro das ciências naturais, uma área cujos conhecimentos estão frequentemente restritos a museus e universidades. Isso contrasta com a importância que ela tem nas salas de aula para a compreensão de conceitos básicos da geologia e da evolução e com o encanto que os organismos extintos, em especial os dinossauros, produzem há décadas no imaginário popular a partir de filmes e jogos. Um dos sinais dessa limitação está no fato de que a maioria dos dinossauros conhecidos pelo público em geral é própria às regiões onde os filmes foram produzidos — América do Norte, África e Ásia — e, desse modo, raramente se menciona a rica diversidade do período Mesozoico no Brasil. Neste curso, temos como objetivo introduzir conceitos básicos de paleontologia (e.g., tipos de fósseis, tempo geológico e datação de rochas) e da rica diversidade de dinossauros que habitou o território brasileiro ao longo da Era Mesozoica, que abrange desde a origem desse grupo até a extinção dos dinossauros. Para isso, serão apresentadas a definição do que é um dinossauro, a sua origem e evolução e, por fim, o evento que levou à sua extinção, além de discussões sobre possíveis abordagens do tema em aulas de Ciências e Biologia.
Ministrante: Theo Baptista Ribeiro (UERJ e UFRJ)
2. DESAFIOS E POTENCIALIDADES DA INTRODUÇÃO DA CULTURA OCEÂNICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA
Da utopia à realidade de um currículo azul:
Em 2017, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em consonância dos seus países membros, declarou que o período entre 2021 e 2030 seria destinado a conscientizar a população do planeta terra sobre a importância do oceano para os seres vivos, buscando alcançar os atores sociais (públicos, privados e sociedade civil organizada) em ações que favoreçam a saúde e a sustentabilidade dos mares. Nesse sentido, no último mês de Abril (2025), o Brasil com apoio da ONU, foi pioneiro na inclusão da educação sobre o Oceano no currículo escolar evidenciando e reconhecendo a importância dos ecossistemas marinhos à manutenção da biodiversidade e equilíbrio climático. Diante disso, a escola surge como a porta de entrada para a troca de saberes entre os atores envolvidos no processo de educação, permitindo que os envolvidos percebam por meio dos vivências a importância do Oceano para a vida no planeta. Dessa forma, a presente sessão visa refletir com educadores os princípios da Cultura Oceânica em práticas pedagógicas significativas, refletindo sobre os desafios que permitam explorar as oportunidades na Educação Básica. Seguindo nessa direção, identificar os seus desafios (barreiras curriculares), potencialidades e oportunidades, estratégias e metodologias ativas, bem como prática pedagógica.
Ministrado por: Augusto A. Machado (UFES) / Projeto Ilhas do Rio
3. HISTÓRIA DOS AGROTÓXICOS: ABORDAGENS E INTERLOCUÇÕES NO ENSINO DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA
O Brasil ocupa o posto de país que mais consome agrotóxicos no mundo desde 2008. Evidências de contaminação de alimentos e da água, mortes de insetos polinizadores e intoxicações de trabalhadores rurais foram notícia nos últimos anos, despertando preocupação em relação à crescente utilização destas substâncias. Concomitantemente, o tema voltou a ser objeto de calorosos debates durante a tramitação do projeto que resultou na Lei nº 14.785, sancionada em de 27 de dezembro de 2023, estabelecendo um novo marco regulatório para a pesquisa, produção, comercialização, utilização e fiscalização de agrotóxicos. A proposta do minicurso é oferecer um breve panorama histórico de como chegamos até o momento atual, pensando em possibilidades para abordagem do tema em aulas de Ciências e Biologia e no diálogo com outras disciplinas.
Ministrado por: Leonardo de Bem Lignani (CEFET/RJ)
4. LIBRAS NA EDUCAÇÃO: LEGISLAÇÃO, CULTURA SURDA E PRÁTICAS INCLUSIVAS NA ÁREA DA BIOLOGIA
Visando a conscientização da Libras como um meio de comunicação, acessibilidade e inclusão para a comunidade surda, a primeira parte do Minicurso propõe que seja apresentado para os participantes as leis que asseguram a Libras como um direito linguístico para as pessoas surdas, um pouco da trajetória da conquista dessas leis pelos Surdos ao longo da história e desmistificar preconceitos sobre a Libras e a cultura surda. Na segunda parte do curso, focar na relação dentro da sala de aula, apresentar para os participantes recursos que podem ser usados para garantir a inclusão de alunos surdos (como materiais didáticos bilíngues, sites confiáveis para pesquisa de sinais, construção de slides mais visuais e a interação com intérpretes), alguns sinais para uma comunicação básica e sinais voltados para a área da Biologia.
Ministrado por: Tathianna Prado Dawes, Maíra Soares Henriques e Marcella Gomes Carelo Jeremias (UFF) / Projeto Libras, Linguística e Divulgação (LiLinDiv)
5. PERSPECTIVAS SOCIOPOLÍTICAS PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS/BIOLOGIA: UM OLHAR A PARTIR DA HISTÓRIA CULTURAL DAS CIÊNCIAS.
O minicurso discutirá a História Cultural da Ciência e suas possibilidades educacionais, com vistas a discutir sobre o que podemos aprender sobre as ciências a partir do estudo histórico das práticas científicas. A partir de resultados de pesquisas já desenvolvidas no grupo de pesquisa serão abordadas possibilidades da educação em ciências para a justiça social, buscando olhar para o presente a partir de episódios históricos o estudo do corpo humano e da botânica.
Ministrado por: Priscila do Amaral (SEEDUC)
6. ENSINO DE CIÊNCIAS PARA TODOS: RECURSOS E ADAPTAÇÕES PARA NINGUÉM FICAR DE FORA
Este minicurso tem como objetivo discutir e apresentar estratégias acessíveis para o ensino de Ciências, garantindo a inclusão de alunos com diferentes necessidades, como autismo, TDAH, deficiências físicas, visuais e auditivas. Com uma abordagem multissensorial, serão exploradas adaptações práticas que utilizam visão, audição, tato e movimento para tornar o aprendizado mais dinâmico e significativo. Os participantes conhecerão recursos pedagógicos que promovem a participação de todos os estudantes, transformando a sala de aula em um espaço verdadeiramente inclusivo.
Ministrado por: Lucas Peres Guimarães (IFRJ-Pinheiral)
7. DISCUTINDO GÊNERO E SEXUALIDADE NO ENSINO DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA
As discussões relacionadas às questões de gênero e de aspectos da sexualidade - como a dimensão afetiva, identidade e performance de gênero e orientação sexual - tidos como assuntos do campo das ciências sociais, frequentemente são deixados de fora das aulas de ciências e biologia. Ocorre que esses assuntos chegam às salas de aula, mesmo que não estejam nos currículos como tópicos de ensino. Além disso, jovens estudantes que possuem orientações sexuais não heterossexuais e/ou não se “enquadrem” em binarismos de gênero vêm tensionando os ambientes escolares em busca de espaço, reconhecimento e acolhimento. As jovens estudantes também demandam um ensino de biologia que aborde e inclua um ensino para além da prevenção às ISTs e da gravidez precoce, visto que há reivindicações sociais latentes em prol dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos. Assim, o minicurso discutirá estas questões e possíveis estratégias de abordagem nas aulas.
Ministrado por: Cristiana Rosa Valença (CEFET/RJ) e Mônica de Cassia Vieira Waldhelm (CEFET/RJ)
8. Educação para as relações de gênero e étnico raciais no ensino de Ciências e Biologia.
O minicurso "Educação para as Relações de Gênero e Étnico-Raciais no Ensinode Biologia e Ciências" tem como objetivo sensibilizar, capacitar e trazer os docentes parareflexões sobre o trabalho dessas temáticas em sala de aula, articulando-as com aeducação científica. Discutiremos a importância de educar para as relações de gênero eétnico-raciais, apresentando dados e legislação brasileira sobre a temática, além dereferenciais teóricos fundamentais que nos ajudarão a mergulhar nessas temáticas tãocomplexas. Refletiremos sobre desigualdades presentes no ensino de Ciências e Biologia e exploraremos práticas pedagógicas antisexistas e antirracistas. A proposta se justifica pela necessidade de uma educação comprometida com a equidade, promovendo um ensino crítico, que analisa e considera a complexidade da realidade social.
Ministrado por: Aline Silva Machado (CPII), Camila Venturini Suizani (CPII), Luciana F. Espíndola Cabral (CEFET).
1. HORTA DIDÁTICA NA ESCOLA: INTEGRANDO SUSTENTABILIDADE NO ENSINO
Esta oficina tem como objetivo aproximar educadores e estudantes dos debates interdisciplinares acerca das necessidades ambientais e dos conceitos de sustentabilidade, utilizando como instrumento pedagógico, a horta didática no espaço escolar. Esta importante ferramenta é capaz de proporcionar um aprendizado horizontal, a troca de experiências, a vivência prática de conteúdos teóricos, o cuidado pelas experiências subjetivas e intersubjetivas, o estreitamento de vínculos com a natureza, com as pessoas e com os alimentos. Desta forma, a sugestão desta atividade como prática docente, além de potencializar o processo de ensino-aprendizagem, contribui para a promoção da educação alimentar através de hábitos saudáveis, inserção de práticas sustentáveis no cotidiano e multiplicação das ações desenvolvidas na escola para a comunidade no qual os discentes estão inseridos.
Ministrado por: Fernanda de Aquino Marinho (SEEDUC)
2. AQUAPONIA NO ENSINO DE BIOLOGIA: INTEGRAÇÃO DE ECOSSISTEMAS E SUSTENTABILIDADE
Esta oficina tem como objetivo apresentar a aquaponia como recurso pedagógico que favorece a construção de saberes científicos por meio do ensino por investigação. A proposta parte da compreensão de que o ensino de Biologia deve ser orientado por atividades que promovam o protagonismo dos estudantes na formulação de hipóteses, levantamento de questões, análise de dados e construção de explicações para fenômenos naturais. A aquaponia, enquanto sistema produtivo que integra peixes e plantas em uma relação simbiótica, configura-se como um potente disparador temático, capaz de mobilizar conceitos como ciclos biogeoquímicos, cadeias alimentares, metabolismo, relações ecológicas e sustentabilidade. As atividades propostas visam apoiar os professores na elaboração de sequências didáticas investigativas, contextualizadas e alinhadas aos pressupostos de uma prática docente que valoriza a reflexão crítica e a autonomia dos sujeitos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem.
Ministrado por: Daniel de Souza Santos Candido (SEEDUC) e Renata Ferreira Motta (SEEDUC)
3. REVISITANDO E RELEMBRANDO A MICROSCOPIA ÓTICA NO COTIDIANO DO ENSINO DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA
A oficina tem como objetivo proporcionar aos professores e licenciandos uma atualização sobre o uso da microscopia ótica em sala de aula. Os participantes irão explorar técnicas e recursos disponíveis no Laboratório de Biologia do CEFET/RJ para (re)discutir estratégias didáticas práticas empregando a microscopia para diferentes temáticas do ensino de ciências e biologia. Acreditamos que será uma oportunidade de trocar experiências e fortalecer a prática pedagógica entre professores atuantes e aqueles em formação.
Ministrado por: Guilherme Inocêncio Matos (CEFET/RJ)
4. Desenvolvimento e utilização de jogos didáticos em clubes de ciências
Esta oficina tem como objetivo discutir o desenvolvimento e a utilização de jogos didáticos em clubes de ciências, abordando desde sua concepção até sua aplicação prática. Os jogos didáticos são importantes ferramentas para o ensino-aprendizagem, estimulando o interesse pelos conteúdos e fortalecendo a interação entre professores e estudantes. Além de explorar os benefícios pedagógicos desses instrumentos, a oficina também trará uma contextualização sobre a história e o funcionamento dos clubes de ciências, destacando sua importância e promovendo uma reflexão coletiva sobre o papel dos jogos nesses ambientes, discutindo seus usos, objetivos e múltiplas possibilidades. Durante a atividade, os participantes terão a oportunidade de conhecer, experimentar e analisar jogos didáticos já produzidos no contexto dos clubes, favorecendo a troca de experiências e a construção de ideias para aplicação em diferentes realidades educacionais.
Coordenação: Dafne Monteiro, Julia Vieira, Laryssa Martins, Lorena Neves, Daniela Fabrini Valla) FFP/UERJ - Clube de Ciências da FFP)