No sábado (14), às 15h30, o projeto “Araçá e Suas Vozes” apresenta um dos mais antigos e icônicos cemitérios paulistanos. A VISITA DE DEZEMBRO SERÁ DEDICADA À MEMÓRIA DA DRA. Eunice Paiva, FINADA NO DIA 13/12/2018 E SEPULTADA NO CEMITÉRIO SO ARAÇÁ, E QUE É símbolo da luta contra a ditadura militar.
Esposa do deputado Rubens Paiva, desaparecido político depois de ter sido preso, torturado e assassinado nos porões do DOI-CODI no Rio de Janeiro em janeiro de 1971.
Anos depois, em 1987, fundou o Instituto de Antropologia e Meio Ambiente (IAMA), ONG que atuou até 2001 na defesa e autonomia dos povos indígenas. Em 1988, foi consultora da Assembleia Nacional Constituinte, que promulgou a Constituição Federal Brasileira. Atuou com destaque na promulgação da Lei 9.140/95, que reconhece como mortas as pessoas desaparecidas em razão de participação em atividades políticas durante a ditadura militar. Em 1996, após 25 anos de luta por memória, verdade e justiça, Eunice conseguiu que o Estado brasileiro emitisse oficialmente o atestado de óbito de Rubens Paiva.
Inaugurado em 1897, o Araçá, localizado entre os bairros de Pinheiros e Pacaembu, de acordo com a prefeitura de São Paulo, surgiu após a superlotação na necrópole da Consolação e pela ascensão dos imigrantes italianos. O nome foi escolhido por estar situada na antiga Estrada do Araçá, atual Avenida Doutor Arnaldo. A unidade abriga obras dos artistas Victor Brecheret, Eugênio Prati, Gildo Zampol, entre outros. Por lá, também descansam o milagreiro “Menino Guga”, Sargento Barbosa, policial em processo de canonização que está sepultado no mausoléu da PM, e algumas personalidades, como as atrizes Cacilda Becker e Nair Bello, além do empresário da comunicação, Assis Chateaubriant.
Serviço
“Araçá e Suas Vozes”, sábado (14/12), às 15h30, no Cemitério Araçá, Avenida Doutor Arnaldo, 666 - Pacaembu