VIII Congresso SAMMG - Construção do cuidar: entre o touch digital e o toque humano

O corpo fala através dos 5 sentidos. Somos verdadeiros atrás de uma tela? Seria o médico uma unidade biopsicológica móvel, portadora de conhecimentos especializados e que vende serviços? Em outras épocas não haveria estes questionamentos. Segundo Rubem Alves, o médico era também feiticeiro, sua simples presença irradiava vida, vestido de uma imagem romântica de um herói que lutava contra a morte, dedicando-se inteiramente aos sofredores. Hoje, os hospitais são tidos como empresas e os médicos se encontram lado a lado com os prestadores de serviços, inclusive competindo entre si, em consonância com as condições socioeconômicas do mundo moderno. Não existe mais aquela aura sagrada. 

Os médicos eram vistos com admiração, eram procurados por serem amados e conhecidos. Hoje, muitos são procurados por constarem na lista de convênio. A relação de admiração e gratidão entre médicos e pacientes foi significativamente abalada. 

O mundo moderno nos trouxe muitos benefícios na saúde, sendo a tecnologia uma aliada do médico. No entanto, esta nunca irá substituir a empatia e a relação de confiança de um contato interpessoal. A modernidade não pode atropelar a essência da Medicina. Este assunto é atual!

 Estamos participando dessa transformação e nem percebemos. É preciso discutir este tema. Dessa forma,  o VIII Congresso SAMMG terá o tema: "Construção do cuidar: entre o touch digital e o toque humano."