O mundo segue dividido. No Brasil, em que pese a força das estratégias de defesa da democracia nos termos da carta de 1988, a constituição cidadã, as reelaborações no nazifascismo alcançaram outros patamares. No mundo ocidental, mais uma vez em guerra, os novos representantes de velhas ideias à direita do espectro político-ideológico dão sinais de vitalidade e de organização multipolar. Racismo, misoginia, homofobia são alguns dos nomes para o prazer de odiar que pulsa no tecido social. As historiadores e historiadores, de modo geral, atuam no interior das coordenadas simbólicas do discurso universitário preocupados com um déficit de reconhecimento: é preciso que o estado democrático de direito incida sobre esses conflitos e garanta aos indivíduos e às coletividades o direito ao reconhecimento de sua diversidade e do seu valor sócio-cultural, reduzindo os efeitos da falta de inclusão no Todo Social. Dessa forma, o discurso historiográfico, assim perspectivado, mobiliza a memória coletiva no sentido de antagonizar com os poderes que atuam sob a lógica da dominação biopolítica e oprimem os sujeitos; lançando sobre as pessoas em estado de vulnerabilidade sócio-cultural as coordenadas de seu amor-saber, seu afeto político de maior investimento e cerne consciente de sua subjetividade engajada. No universo dessas divisões, o VII Seminário do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal do Amazonas promove um espaço no qual haja tempo para discutir, refletir e elaborar sobre os desafios de produzir narrativas históricas em tempos de divisões profundas.
- Refletir sobre as metodologias utilizadas no estudo da História da Amazônia, destacando suas contribuições e limitações para a compreensão da região.
- Promover debates sobre as diferentes abordagens historiográficas aplicadas à História Amazônia, visando a construção de uma percepção mais abrangente e crítica da sua história
- Estimular o diálogo entre historiadores da Amazônia, criando assim um espaço para a troca de conhecimentos e experiências.