Programação atividades culturais
Além da programação científica, o congresso contará com um espaço dedicado às expressões artísticas e culturais. As atividades culturais têm como objetivo promover a integração entre participantes, aproximar a universidade da comunidade e valorizar a diversidade de linguagens que compõem a vida social.
Serão momentos de encontro, troca e celebração, que enriquecem a experiência acadêmica e ampliam os horizontes do evento.
Confira abaixo a programação!!
Oficina de percussão e cortejo com o Grupo Maracatu Sementes Crioulas
Manifestação cultural afro-brasileira, ligada às coroações simbólicas de reis e rainhas negras durante o período colonial.
Data: 22/09
Horário: 16h às 18h
Local: Sala 34
Formulário de inscrição: https://forms.gle/VUULG9oBuWqP6xH66
Oficina Pensando imagem: memória e documentário
Atividade que irá mobilizar o campo da antropologia visual e como o fazer da imagem pode ser uma metodologia dentro da Ciências Sociais.
Data: 23/09
Horário: 17h30 às 18h30
Local: Anfiteatro C
Formulário de inscrição: https://forms.gle/aHqtKP5vKjb7vMBT6
Mostra musical e debate: Do baile à teoria: o funk como saber social.
Atividade que irá promover o reconhecimento do funk como saber popular e forma legítima de expressão cultural periférica, por meio do diálogo entre universidade e agentes dessa cena, valorizando sua potência educativa, identitária e de resistência social.
Data: 24/09
Horário: 17h30 às 18h30
Local: Sala 26
Formulário de inscrição: https://forms.gle/U8UeNBcbyQxnqCW36
Apresentação de capoeira com Geração Quilombo.
A capoeira, enquanto expressão cultural afro-brasileira de resistência, identidade e ancestralidade, tem encontrado novos espaços de expressão e visibilidade nas plataformas digitais. No contexto da sociedade em rede, práticas culturais como a capoeira são ressignificadas por meio de vídeos, redes sociais, transmissões ao vivo e comunidades virtuais. Assim, a apresentação de capoeira nesse contexto não é apenas uma exibição artística, mas um ato de presença política e cultural no debate sobre democracia, plataformas digitais e seus algoritmos.
Data: 24/09
Horário: 18h40
Local: Anfiteatro A
Cena teatral curta - Ordem de despejo
No centro de São Paulo, os interesses financeiros de uma empreiteira intensificam a pressão pelo despejo dos moradores de um cortiço. Diante da ameaça, dois irmãos iniciam a busca pela escritura deixada pelo pai — último recurso para impedir a reintegração de posse e preservar seu lar.
Data: 25/09
Horário: 17h30 às 18h30
Local: Anfiteatro A
Formulário de inscrição: https://forms.gle/LNGR7tRn1mNbPPy2A
Apresentação de Dança: EMD Iracema Nogueira- Corpo-folha, escrita dançada
A atividade propõe um gesto artístico que une corpo, fé e ancestralidade em um ato simbólico de resistência. Inspirada na Missa dos Quilombos — obra litúrgico-musical criada por Dom Pedro Casaldáliga, Milton Nascimento e Pedro Tierra como expressão da fé negra e da luta contra a opressão — esta dança não é apenas uma celebração espiritual afro-brasileira, mas também uma denúncia poética contra diversas formas de exclusão, dominação e apagamento histórico.
Data: 25/09
Horário: 18h40
Local: Anfiteatro A
Programação completa mesa redonda
Cerimônia de Conferência de Abertura - “Repensando as Ciências Sociais a partir do Sul: Caminhos decoloniais”
A mesa possui como objetivo principal a discussão de epistemologias que estão para além do cânone das Ciências Sociais, ampliando e repensando o papel do cientista social no século XXI. Particularmente, tratará das contribuições que o pensamento decolonial pode trazer para a renovação do campo.
Data: 22/09
Horário: 18h às 19h (Cerimônia de Abertura); 19 às 22 (Conferência de Abertura)
Local: Anfiteatro A
Formulário de inscrição: https://forms.gle/UTbjbsC3tDzmV1w98
Prof. Dr. Luiz Gonçalves Júnior (UFScar) e Profa. Me. Mirta Millán (Universidad Nacional "Madres de Plaza de Mayo", Argentina)
Mediação: Prof. Dr. Edmundo Antonio Peggion (UNESP)
Mesa-Redonda - “Estado, urgências climáticas e acirramento de injustiças ambientais”
Essa mesa visa promover um debate em torno das questões climáticas mais urgentes que vem afetando cidades de todo país, bem como possíveis políticas públicas que podem amenizar ou mesmo reorientar o atual cenário de degradação ambiental.
Data: 23/09
Horário: 14h às 17h
Local: Anfiteatro A
Formulário de inscrição: https://forms.gle/pMnpDAFDuwGkv8Av8
Profa. Dra. Leila da Costa Ferreira (Unicamp) e Prof. Dr. Thales Haddad Novaes de Andrade (UFSCar)
Mediação: Profa. Dra. Lucileia Colombo (UNESP)
Mesa-Redonda - “A sociedade na era digital: imersão algorítmica e políticas da (des)conexão.”
Considerando a dinamização que a Internet promove nas relações sociais, a mesa pretende fomentar a discussão entre os impactos das tecnologias de comunicação e informação digitais sobre várias dimensões das sociedades contemporâneas.
Data: 24/09
Horário: 19h às 22h
Local: Anfiteatro A
Formulário de inscrição: https://forms.gle/46oWoA38XEwZEm3y8
Profa. Dra. Marta Kanashiro (Unicamp) e Prof. Dr. Diego Jair Vicentin (Unicamp)
Mediação: Prof. Dr. João Carlos Soares Zuin
Mesa de Encerramento - “Transformações no mundo do trabalho: devastação e horizontes na reconstrução de direitos”
Ao nos aproximarmos do primeiro quarto do século XXI, nos deparamos com um mundo de novos sentidos e possibilidades de se pensar e viver o trabalho. As relações produtivas, que se encontram impulsionadas por aceleradas transformações tecnológicas e pelo rebaixamento de direitos e proteções sociais, reorganizam o cotidiano e as expectativas da classe trabalhadora. Esta mesa tem como objetivo principal oferecer uma contextualização ampla desse cenário em constante mudança e, em especial, dar visibilidade à realidade de grupos historicamente espoliados de sua dignidade e de seus direitos.
Data: 25/09
Horário: 19h às 22h
Local: Anfiteatro A
Formulário de inscrição: https://forms.gle/8XJ4vu4HEhNbmyCdA
Prof. Dr. Moacir de Freitas Júnior (UFU) e Profa. Dra. Gleicy Mailly da Silva (UNESP-Marília)
Mediação: Prof. Dr. Enrico Bueno (UNESP)
Informações adicionais
As listas de presença para garantir a certificação serão preenchidas apenas nos encaminhamentos finais de cada atividade.
A certificação é garantida a partir da participação integral. Não serão aceitas justificativas por mensagens, emails ou redes sociais após a finalização da atividade. Caso não consiga preencher a lista de presença, procure um membro da comissão organizadora antes de ir embora para garantir seu preenchimento.
Os certificados serão enviados e/ou disponibilizados no site oficial do congresso no prazo de 40 dias após a finalização do evento.
Inscrições abertas para os minicursos
O V Congresso de Ciências Sociais da UNESP/FCLAr-XXIV Semana de Pós-Graduação e XXV Semana da Graduação em Ciências Sociais: "Ampliando as Ciências Sociais: novos sujeitos, novos objetos" apresenta e os convida para participarem dos minicursos que irão acontecer durante o evento, entre os dias 22 e 25 de setembro.
A etnografia de situações urbanas efêmeras nas ruas”
Ministrante: Prof. Dr. Heitor Frúgoli Junior (USP)
Carga Horária: 3 horas
Data: 23/09
Horário: 19h às 22h
Prazo de inscrição: 10 de setembro
Formulário de inscrição: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeRwC2677L_kaBAcrcOVh-YKM8oAZ34oNt0g8E0YPDcCDDaNw/viewform
O minicurso pretende explorar focos de uma antropologia do urbano, com base nos conceitos de sociabilidade, situação e copresença em espaços públicos. Abordaremos vertentes teóricas com atenção às ruas e suas relações de sociabilidade precárias, instáveis, intermitentes, regidas por certo princípio da indiferença cortês, que ocorrem em territórios vigiados por diversos poderes. Certas rotinas, hábitos, percursos, gestos e dizeres cotidianos podem ser reunidos a partir de enquadramentos que lhes deem sentido e significação, revelando-se o que pode haver de escolha e metamorfose em tais práticas. Busca-se, portanto, incentivar etnografias de fragmentos do cotidiano das ruas, aparentemente não relevantes, mas que podem vir a configurar temas de estudo.
Nas encruzilhadas: possibilidades e problematizações sobre os encontros com as diversas formas expressivas na pesquisa antropológica.
Ministrante: Profa. Dra. Isis Caroline Nagami (UNESP)
Carga Horária: 4 horas
Data: 23/09
Horário: 19h às 22h
Prazo de inscrição: 10 de setembro
Formulário de inscrição: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeerzc_vggXBA5PNXgPxAYGe087eQ9zcCzjrcfpbooIZTee7A/viewform
Este minicurso abordará as encruzilhadas na Antropologia da performance e das formas expressivas, a questão da liminaridade e conflitos de pressupostos, e questões sobre ética de pesquisa, campos digitalmente mediados e formas expressivas.Os estudos da performance iniciaram-se na antropologia brasileira a partir de meados da década de 1990, através das relações entre instituições e pesquisadores locais e estrangeiros. Nas décadas seguintes, observa-se seu crescimento e consolidação, com a formação de núcleos de pesquisa, a frequente presença de grupos de trabalho em congressos e eventos acadêmicos voltados à discussão das relações entre performance, arte, identidade e sociedade, e uma ampla e variada diversidade de livros e artigos publicados. Hartmann e Langdon (2020) observam que, inicialmente relacionado aos estudos do ritual, os estudos da performance encontram-se nas encruzilhadas entre antropologia e diversas (danças, cantos, músicas, narrativas, jogos, brincadeiras, procissões, dramatizações, festas e festivais, manifestações sociais e políticas, rituais), produzindo contatos com outras disciplinas e campos de estudos, compondo um campo interdisciplinar. Ao enfocar no caráter expressivo e artístico do que é produzido em sociedade, não como objeto mas como formas de ser e estar no mundo, observa-se um afastamento das noções de ciência e arte em sentido estrito, e o deslocamento do lugar do pesquisador de um “tradutor de experiências, para mediador e criador, aquele que promove e participa de encontros performáticos, nos quais os sujeitos da pesquisa falam, cantam, dançam, contam com suas próprias palavras e com seus próprios corpos” (Hartmann; Langdon, 2020, p.10). Neste contato, surgem questões e debates sobre outras formas de registro, produção e divulgação de pesquisas que não se limitam à escrita, expandindo as possibilidades de usos e recursos de audiovisual, fotografia, desenho e performance. Desta forma, iremos abordar os debates sobre os conflitos de pressupostos entre as formas expressivas e a antropologia, as transformações ao longo do desenvolvimento deste campo teórico e as possibilidades das diversas formas expressivas na produção do conhecimento.
A escrevivência de mulheres negras na periferia.
Ministrante: Profa. Ms. Mayara Amaral dos Santos
Carga Horária: 10 horas
Datas e horários: 23/09, das 19h às 22h, 24/09, das 14h às 17h, e no dia 25/09, das 8h ao 12h
Prazo de inscrição: 10 de setembro
Formulário de inscrição: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdmNjN2za9sELdniIlK3Jy2VitfU-CtCqMQVUvYMgV3nOG-gw/viewform
Este projeto propõe uma sequência didática em três aulas de 50 minutos voltada à formação de leitores críticos, por meio do contato com obras de duas importantes autoras brasileiras: Carolina Maria de Jesus, com Quarto de Despejo, e Conceição Evaristo, com Olhos d’Água. A proposta busca refletir sobre o papel da literatura na construção das identidades negras e periféricas, articulando os conceitos de raça, gênero, classe social e escrita autobiográfica. A leitura das obras será acompanhada de discussões teóricas e práticas inspiradas também na obra da pesquisadora Saidiya Hartman, cuja abordagem da memória, da narrativa e da subjetividade negra amplia o debate sobre a escrita de si e o apagamento histórico. As atividades desenvolvem competências de leitura, escuta ativa, análise crítica e produção textual, valorizando a experiência de vida dos estudantes por meio da escrita de um diário literário inspirado nas autoras.
Caracterização do agronegócio da cana-de-açúcar no Brasil: privatização dos lucros e socialização dos problemas
Ministrante: Profa. Dra. Franciele Miranda Ferreira Dias (UNESP)
Carga Horária: 4 horas
Data: 25/09
Horário: 08h às 12h
Prazo de inscrição: 10 de setembro
Formulário de inscrição: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSclqrg56HzC3MncJ2XSZVsEb2_W8wzsklM-mj0JQ3oLj5w1kg/viewform
Objetiva-se apresentar um panorama geral das contradições que envolvem o agronegócio da cana-de-açúcar no Brasil, a exemplo da expropriação da terra e os conflitos sociais no campo, uso indevido de agrotóxicos, geração de lucros que não ficam na esfera local, entre outros elementos. A socialização dos problemas ocorre porque os danos ambientais gerados pela atividade econômica em tela atingem parcela da população, inclusive nas cidades, dado a contaminação do solo, da água e do ar, etc. Além disso, essa atividade econômica é presente em parcela considerável dos municípios brasileiros, inclusive em Araraquara e região. Nesse sentido, a ementa envolve: 1) Do CAI (Complexo Agroindustrial) às Cadeias Produtivas do agronegócio; 2) Os problemas "sociais" que envolvem o agronegócio da cana-de-açúcar (geração de empregos, exodo rural, entre outros); 3) Perspectivas do agronegócio da cana-de-açúcar e a reestruturação urbano-regional, 4) Problemas ambientais gerados pelo agronegócio da cana-de-açúcar e suas implicações nas cidades. O material necessário será uma sala de aula com "data-show".
Fascismo como objeto de pesquisa: questões de método e novas abordagens
Ministrante: Prof. Dr. Alvaro Bianchi (Unicamp), Ms. Guilherme Defina (Unicamp), Ms. Jonas Castro Neto (Unicamp)
Carga Horária: 4 horas
Data: 24/09
Horário: 14h às 18h
Prazo de inscrição: 10 de setembro
Formulário de inscrição: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeRbJAtw07aaTk1d4HN6ssvHYIS0YJFIC2W83l_WUNQBBdbng/viewform
Este minicurso propõe uma introdução crítica ao fascismo como objeto de investigação nas Ciências Sociais, com foco nos desafios conceituais, historiográficos e metodológicos que envolvem sua análise. A partir de uma perspectiva interdisciplinar — na interface entre os campos da ciência política, da sociologia e da historiografia —, o curso examina a evolução dos debates sobre o conceito de fascismo, suas múltiplas interpretações teóricas e comparativas, bem como os dilemas que envolvem sua aplicação a contextos diversos. Busca-se, assim, explorar tanto as disputas em torno de sua definição quanto os usos contemporâneos do conceito em processos de reconfiguração e ascensão da extrema-direita global. A proposta parte da premissa de que o fascismo, enquanto fenômeno histórico e categoria analítica, exige cuidados específicos quanto à sua delimitação, sendo atravessado por tensões políticas, éticas e epistemológicas. Ao longo do curso, serão discutidos os principais marcos historiográficos sobre o tema, os diferentes caminhos interpretativos que marcaram sua análise, os aportes das abordagens culturalistas e transnacionais e as implicações metodológicas de se pesquisar objetos politicamente sensíveis. O minicurso também apresenta caminhos para a construção de projetos de pesquisa na área, com destaque para agendas recentes e possibilidades de investigação empírica.
Governança da Internet: conhecendo atores, espaços e dinâmicas
Ministrante: Profa. Dra. Jaqueline Trevisan Pigatto (UNESP)
Carga Horária: 4 horas
Data: 25/09
Horário: 08h às 12h
Prazo de inscrição: 10 de setembro
Formulário de inscrição: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfVOcR7gTvipxUV06C0FHeu7e2AEl-MCKT0Wk-J2zU2mVcmPg/viewform
Este minicurso tem como objetivo apresentar os fundamentos da governança da Internet, desde seu funcionamento técnico, mas especialmente as disputas normativas em jogo. Apresentaremos os principais espaços institucionais, atores envolvidos, e processos de tomada de decisão que moldam as políticas digitais em nível global. A proposta também analisa como esses debates se traduzem no contexto brasileiro, abordando as articulações nacionais e a inserção do país em fóruns internacionais. O curso discutirá temas como multissetorialismo, soberania digital, e inteligência artificial, promovendo reflexões sobre os rumos da governança da Internet em tempos de transformações tecnológicas aceleradas.
As Ciências Sociais em contextos digitais: teoria, método e prática
Ministrantes: Prof. Dr. Milton Lahuerta (UNESP), Prof. Dr. João Mauro Carvalho (UNESP) e Ms. Laura Gabrieli Pereira da Silva (FGV)
Carga Horária: 9 horas
Datas e horários: 23/09, das 19h às 22h, 24/09, das 14h às 17h, e no dia 25/09, das 8h às 11h
Prazo de inscrição: 10 de setembro
Formulário de inscrição: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeoUZInTTVmRvTOia7SGoNAdOF7OmcQH5E1ou1aZ5-E6_IKMA/viewform
Este minicurso busca aproximar os participantes do Congresso, especialmente estudantes da graduação e pós-graduação da UNESP de Araraquara, dos desafios e possibilidades de inserção das Ciências Sociais em meio à crescente digitalização da vida social. Em diálogo com a proposta do Congresso sobre novos sujeitos e objetos das Ciências Sociais, propõe-se três eixos centrais para discussão: 1) Enquadramentos teóricos: como as transformações produtivas, tecnológicas e comunicacionais do capitalismo informacional impactam a experiência social e reorganizam a própria agenda epistemológica das Ciências Sociais e da Teoria Política; 2) Metodologias e técnicas de pesquisa em contextos digitais: com foco em como utilizar novas e já consolidadas práticas de pesquisa qualitativas e quantitativas no ambiente online, apresentaremos abordagens metodológicas como levantamento e análise de dados de redes sociais, e análise hermenêutica de interações; 3) Intersecções entre prática acadêmica e atuação pública: compartilharemos experiências de aplicação das Ciências Sociais para novos objetos relacionados à Internet, como comportamento político, democracia, desinformação e inteligência artificial, mostrando caminhos possíveis para quem deseja atuar dentro e fora da academia. O minicurso será dividido em três encontros. No primeiro dia, o Prof. Milton Lahuerta (UNESP) abordará as transformações postas para a prática e os objetos das Ciências Sociais diante do novo padrão produtivo-tecnológico em que as novas tecnologias ocupam papel central. No segundo dia, a pesquisadora Laura Pereira (FGV) apresentará questões de pesquisa e metodologias aplicadas à análise de contextos digitais. No terceiro dia, o Prof. João Mauro Carvalho (UNESP) conduzirá uma oficina introdutória de análise hermenêutica de interações sociais mediadas pelas tecnologias digitais, utilizando dados de contextos de redes sociais.
O ciclo das políticas públicas no campo interdisciplinar
Ministrante: Profa. Dra. Luciléia Aparecida Colombo (UNESP)
Carga Horária: 6 horas
Datas e horários: 23/09, das 19h às 22h, e no dia 24/09, das 14h às 17h
Prazo de inscrição: 10 de setembro
Formulário de inscrição: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdEDmA0Xl24BRtx9wyGiS44UoXFZ2Nmsy5G2ySIgpfy_hyf9w/viewform
Este minicurso visa colaborar com o entendimento do ciclo das políticas públicas e sua contribuição para o campo da interdisciplinaridade. Neste sentido, pretende-se enfatizar o processo de formação de políticas: temas, agenda setting; implementação e avaliação: aspectos conceituais e metodológicos. Além disso, visa apresentar o processo decisório das políticas, com o mapeamento dos principais agentes. Será necessário, também abordar aspectos do federalismo brasileiro e do desenho constitucional. Objetivos Secundários: Este minicurso tem, ainda, outras prerrogativas, tais como: A partir do entendimento de cada fase do ciclo, proporcionar a compreensão dos limites e das possibilidades das políticas públicas, bem como a reflexão sobre o avanço dos estudos da área. Pretende-se abrir a possibilidade para os estudantes da compreensão de como são elaboradas as decisões e não decisões públicas.
Ainda não é o fim do mundo: Confabulações entre Antropologia, Imagens e performances indígenas em meio às “crises climáticas”
Ministrante: Prof. Dr. John Cowart Dawsey (USP) e Me. Leandro Teixeira Da Silva (USP)
Carga Horária: 8 horas
Datas e horários: 24/09, das 14h às 18h, e no dia 25/09, das 08 às 12h
Prazo de inscrição: 10 de setembro
Formulário de inscrição: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfwFjMsRFbOqEXvK3gt0JT1tSZ6fWieU0WoZ5jASzxA6IKY0Q/viewform
Nas últimas décadas, tem-se observado um aumento significativo na produção de imagens por povos indígenas no Brasil. Paralelamente, esses povos vêm se apropriando, de maneira crescente, das artes performáticas como ferramenta política e comoepistêmica. Tais expressões tornam-se potentes armas de lutas pela defesa dos territórios, pela demarcação de terras e telas, bem como na mobilização frente às crises climáticas contemporâneas. É nesse entrecruzamento — entre as lutas pela terra e os territórios e os debates emergentes na antropologia sobre as crises ambientais que marcam o Capitaloceno (Povinelli, 2023) — que germina a proposta deste curso. O objetivo central do minicurso é compreender de que maneira as expressões estéticas e performáticas dos povos indígenas podem oferecer pistas fundamentais para a construção de uma agenda cosmo epistemológica, especialmente nos debates sobre o "fim do mundo" e a "queda do céu". Para tanto, são fundamentais os debates estabelecidos por tradutores indígenas e quilombolas como Ailton Krenak (2017; 2020; 2022), Davi Kopenawa (2015), Célia Xakriabá (2018), Braulina Aurora (2022), Nego Bispo (2015; 2023) e Edgar Xakriabá (2019; 2024), cujas reflexões tensionam as relações entre corpo, natureza e contracolonialidade, propondo diálogos multiespécies, processos de criação, “insurjências” poéticas e confabulações críticas diante das diversas crises que assolam a humanidade. Desta forma, recorremos também às contribuições de autores como Richard Schechner (1981; 2003; 2012), Diana Taylor (2003; 2013; 2016; 2023), Victor Turner (1987), John Dawsey (2005; 2021) e Leda Maria Martins (2022), que, a partir dos campos da antropologia da performance e da antropologia da experiência, oferecem ferramentas conceituais para refletirmos sobre as práticas performáticas enquanto comportamentos restaurados, memórias incorporadas e modos de habitar o mundo em meio às crises. É nesta encruzilhada germinante que propomos ir navegando e colocando essas questões em cena, pois “a minha provocação sobre adiar o fim do mundo é exatamente sempre poder contar mais uma história. Se pudermos fazer isso, estaremos adiando o fim” (Krenak, 2017, p.13).
A utilização das emoções na política contemporânea
Ministrante: Prof. Dr. João Carlos Soares Zuin (UNESP)
Carga Horária: 7 horas
Datas e horários: 24/09, das 14h às 17h, e no dia 25/09, das 08h às 12h
Prazo de inscrição: 10 de setembro
Formulário de inscrição: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfs-m8erARmAaRpQDPH4zUeQpI0OfRXnoUplheXU_x-pAgUCg/viewform
Este minicurso busca avaliar o peso de três emoções na política contemporânea - o medo, o ódio, o amor - nos valores, na concepção de mundo e na ideologia de partidos políticos da extrema-direita europeia. Compreender a importância das emoções na construção da opinião pública e na conquista do consenso político na sociedade capitalista neoliberal, midiática, tecnológica e bonapartista. Conteúdo Programático: 1) 1990 e a era das grandes transformações na economia, na política e na cultura: o fim da democracia moderna, o neoliberalismo e o capitalismo globalizado; 2) A nova linguagem do político e da política e o governo das emoções: o medo e a indignação moral, a linguagem política do ódio e da intolerância, o amor entre os iguais. Partidos políticos analisados: a) Lega Nord/Lega (Itália) e Fratelli d'Italia; b) Front National/Rassemblement National (França) e c) Vox (Espanha).
O que Sherlock Holmes pode nos ensinar sobre métodos? Uma introdução ao Process Tracing
Ministrante: Prof. Dr. Lucas Nascimento Ferraz Costa (UNESP), Ms. Matheus Emilio Pesce (UNESP) e Ms. Victor Gabriel da Silva Santos Megia (UNESP)
Carga Horária: 3 horas
Data: 23/09
Horário: 19h às 22h
Prazo de inscrição: 10 de setembro
Formulário de inscrição: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfrVpU1yHpl0UFyrL9YgzhE29MQPni5zsM1EpRZF-K5CrCWuA/viewform
Este minicurso propõe uma introdução intensiva ao método de process tracing, com foco em sua aplicação nos estudos qualitativos em Ciência Política e nas Ciências Sociais em geral. O process tracing tem se consolidado como uma importante estratégia metodológica para a identificação e explicação de mecanismos causais, especialmente em pesquisas de estudo de caso ou com poucos casos (small-N), oferecendo um modelo alternativo às abordagens estatísticas tradicionais. A atividade será dividida em três momentos: no primeiro, abordaremos as bases teóricas e epistemológicas do método, sua origem e consolidação nos estudos políticos, e os fundamentos da inferência causal em abordagens qualitativas. No segundo momento, discutiremos as variações existentes do process tracing (explicativo, construtivo e de teste teórico), as lógicas bayesianas associadas e os testes aplicáveis (como straw-in-the-wind, hoop, smoking gun e doubly decisive). No terceiro momento, serão discutidos critérios para aplicação prática, análise de casos reais e os limites do método, com espaço para que os participantes tragam seus próprios projetos de pesquisa e testem a viabilidade do uso do método.
Informações adicionais:
As listas de presença para garantir a certificação serão preenchidas apenas nos encaminhamentos finais de cada atividade.
A certificação é garantida a partir da participação integral. Não serão aceitas justificativas por mensagens, emails ou redes sociais após a finalização da atividade. Caso não consiga preencher a lista de presença, procure um membro da comissão organizadora antes de ir embora para garantir seu preenchimento.
Os certificados serão enviados e/ou disponibilizados no site oficial do congresso no prazo de 40 dias após a finalização do evento.