A Semana Integrada dos Núcleos Inclusivos (SINI) é um evento
organizado pelos núcleos: NAP, NEABI, NAPNE, NEPEDS E NAIF do IF Goiano -
Campus Avançado Ipameri, cuja as atividades, descritas na programação, estão
alinhadas com a temática do evento e com as ações dos referidos núcleos.
NAP - Núcleo de Apoio Pedagógico
NEABI - Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas
NAPNE - Núcleo de Atendimento a Pessoas com Necessidades
Educacionais Específicas
NEPEDS - Núcleo de Estudos e Pesquisas
em Diversidade Sexual e de Gênero
NAIF - Núcleo
de Ciência, Arte e Cultura do IF Goiano
Na primeira edição da SINI do
IF Goiano - Campus Avançado Ipameri, a temática em destaque traz diálogos sobre
a Diversidade
e a Interseccionalidade.
Falar
sobre Interseccionalidade hoje implica compreendermos a articulação entre as
inúmeras formas de opressão e dominação estruturais do sistema. Refletir acerca
desse processo é fundamento necessário para entender a multiplicidade racial,
territorial, sexual, de classe, de gênero e tantas outras que atravessam a
sociedade. Como fundamento inato, a diversidade é, também, fator estruturante
das relações sociais que traçamos e, sobretudo, um ato político instituído no
olhar para aquilo que marca a diferença.
Muito
se discute a respeito da importância da igualdade e da justiça social. No
entanto, não se pode negar que as categorizações sociais são sujeitadas a
binarismos, classificando a sociedade, de forma generalizada, a partir de padrões
estabelecidos por um grupo normativo - homem-branco-heterossexual, que
constitui um ideal majoritário e hegemônico. Essas tentativas de
individualização reforçam a ilusão de que as identidades são fixas e únicas,
apresentando, assim, a exclusão, o silenciamento e a invisibilização daqueles
que não pertencem a essas categorias. Dessa forma, no que tange à igualdade,
apenas as idealizações são sustentadas por enquanto.
Nesse
sentido, considerar a Interseccionalidade em nossos diálogos reflete o modo como
os núcleos locais aqui envolvidos (NAP, NEABI, NAPNE, NEPEDS E NAIF) enxergam a
marginalização das diferenças e a indissociabilidade da pluralidade nos
conflitos enraizados. Tais mobilizações versam, portanto, contra as violências
sistemáticas e estruturais vivenciadas nas dinâmicas sociais.
Texto de autoria de Ana Alice
dos Passos Gargioni.
Referências
ASSIS, Dayane N. Conceição de.
Interseccionalidades. Salvador: UFBA, Instituto de Humanidades, Arte e
Ciências; Superintendência de Educação à Distância, 2019. Disponível em:
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/554207/2/eBook%20-%20Interseccionalidades.pdf
AKOTIRENE, Carla. O que
é interseccionalidade? São Paulo: Ed. Letramento,2018.