Quando: 26 de abril de 2018
– 19h às 21h30
Local: Miniauditório da
UTFPR – Av. Sete de Setembro, 3165
ENTRADA FRANCA
Exibição do filme e debate com psicanalista Elenice Milani.
Com exibição
e debate, amostra do filme o estrondoso Silêncio de Bergman,
que manifesta a sua genialidade nos anos 60 produzindo a tríade, batizada por
um critico sueco Trilogia do Silêncio, composta por Através de um Espelho
(1961), Luz de Inverno (1962) e O Silencio (1963).
É em O
Silencio que o cineasta esbanja tudo o que havia proposto em sua carreira até
então e é nesse filme que o frenesi erótico, a histeria, a sensibilidade, a
inocência e a vida como espetáculo mostra-se pela primeira vez de forma
completa, tecnicamente madura e artisticamente. O filme nasceu das explosões e
do sufoco para Orquestra de Bela Bartók.
Pela
fragilidade da saúde de Esther (a irmã mais velha), os três são obrigados a
interromperem a viagem e descansar em uma cidade não identificada no filme – O
anonimato social é o plano de fundo de toda a trama, o que, de inicio, já nos
alerta para não darmos importância demais aos tanques de guerra que tem o papel
do evento de coação, assim como as epidemias e o estardalhaço da violência que
vivia em 1960.
O
Silencio é um angustiante grito de socorro.
“É o grito o
que sustenta e não o silencio ao grito”, O grito faz de alguma forma O Silencio
se enovelar, no próprio empasse de onde brota, para que o silencio dai escape.
Mas já esta feito quando vemos a imagem de EDVARD MUNCH norueguês de 1893 na
sua famosa obra O GRITO: O Grito é atravessado pelo espaço do
silêncio, sem que ele o habite; Eles não estão ligados nem por estarem juntos,
nem por se sucederem; o grito faz o abismo onde o silencio se aloja. Segundo
Jaques Lacan em seu seminário XII que esta trabalhando esse grito que faz esse
silêncio, trazendo a imagem do Grito (Munch), que isso é um reflexo de muitas
vidas, de muitos sistemas sociais, de muitas famílias, remete também ao silencio
da Guerra fria, onde nada podia ser falado de tudo aquilo que estava
acontecendo e ainda acontece.
Todo esse
discurso que é provocado por esse filme que poderemos trabalhar, discutir e
debater nessa apresentação.
Elenice
Milani - psicanalista, foi membro durante 17 anos da BFC (Biblioteca
Freudiana de Curitiba), atualmente desenvolve trabalhos em grupos de estudos e
pesquisas nessa mesma instituição. Desenvolve trabalho de pesquisa entre
psicanalise e cinema, realiza apresentações mensais com o tema de psicanalise e
cinema na forma de palestra e debates no museu Guido Viaro de Curitiba.
Participou
nos meses de Janeiro e Fevereiro de 2018 de um intenso curso de Cinema,
Psicanalise, Arte e Filosofia na cidade de Bergamo na Itália, Curso A Linguagem
do Cinema na Accademia Nazionale del Cinema.
SERÁ FORNECIDA DECLARAÇÃO DE PARTICIPAÇÃO AOS PRESENTES QUE SE INSCREVEREM NESTE SITE.
Coordenação: Prof. Ismael Scheffler
Realização: Curso de Especialização em Artes Híbridas - Departamento Acadêmico de Desenho Industrial - UTFPR