Com vistas à celebração ao Dia da Consciência Negra em 20 de novembro, período tradicionalmente dedicado às reflexões e atividades sobre a negritude, a “Semana Integrada da Consciência Negra: compartilhando saberes, dividindo experiências” é fruto da iniciativa de servidoras e servidores de vários campi do IFMG. Alinhados a partir de uma compreensão de que os povos negros, africanos e afro-brasileiros são historicamente e sistematicamente apagados e interditados nos/dos espaços do saber e fazer, tais servidores entendem que debater a questão racial brasileira no campo educacional é fundamental para que o cenário de racismo estrutural ainda presente nas relações sociais possa ser modificado. A decisão de realizar uma Semana Integrada advém da demanda dessas(es) servidoras(es) em planejar e organizar eventos e ações que, entre outras problematizações, possam (re)posicionar indivíduos negros, seus saberes e suas contribuições para a formação científica, técnica, tecnológica e profissional, em termos institucionais e nacionais.
Assim, no período entre 18 e 24 de novembro de 2021, 10 campi do IFMG (Betim, Ibirité, Itabirito, Governador Valadares, Ouro Branco, Piumhi, Ponte Nova, Ribeirão das Neves, Sabará e Santa Luzia) realizarão palestras, mesas redondas, bate-papos e oficinas, com objetivo de discutir aspectos da história, da memória, da cultura e das identidades negras. Por meio dessas atividades, também será ressaltada a necessidade do compromisso institucional do IFMG e dos coletivos negros na proposição de projetos de ensino, pesquisa e extensão para o estabelecimento de pautas e ações antirracistas, a exemplo das ações afirmativas direcionadas aos indivíduos e grupos negros e às comunidades tradicionais (quilombolas e povos de terreiros).
Tais perspectivas já serão abordadas a partir da abertura oficial da Semana Integrada da consciência negra, em parceria com a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) do IFMG. Nessa atividade, que terá extensão para as seguintes, o currículo escolar será colocado em pauta para que sejam discutidos os aspectos conceituais que orientam as relações étnico-raciais e a efetivação da educação antirracista, questões fundamentais na (re)valorização e afirmação da negritude.