No mês de setembro, tem-se uma crescente mobilização em torno de prevenção ao suicídio e inúmeros debates são levantados sobre a temática e sobre a saúde mental.
É importante compreender que muitos fatores sociais, culturais, morais, socioambientais e econômicos se atravessam quando falamos de suicídio e saúde mental. Por isso, também devemos nos atentar às vidas LGBTQIA+ nesse Setembro Amarelo.
Neste ano, em pesquisa realizada pelo #VoteLGBT, obteve-se que mais de 40% das pessoas LGBT's entrevistadas temem sofrer algum problema de saúde mental durante a pandemia. E que 28% des entrevistades já possuem diagnóstico de depressão. A mesma pesquisa aponta que a solidão, o não apoio da família e o desemprego são queixas recorrentes nesse período.
Para além disso, no ano passado (2019), de acordo com o GGB, o Brasil teve 329 mortes, sendo 297 homicídios e 32 suicídios de pessoas LGBTQI+. Permanecendo primeiro lugar no ranking dos países que mais assassinam pessoas Trans.
Além da violência física, o impacto da discriminação, o preconceito, o desemprego, a evasão escolar, a crise econômica e sanitária, e a falta de acesso aos serviços de saúde, produzem impactos na saúde mental, geram medo, sentimento de abandono e solidão.
A LGBTfobia se mostra seja por meio de violência física, psicológica, afetiva, patrimonial e institucional. Todos esses processos implicam em sofrimento e anulam por completo, a diversidade e a pluralidade de existências, subjetividades e corpas/corporalidades.
Pautar saúde mental de LGBTQIAP+ é questão de saúde pública!
Nossas vidas importam!
Trix Gomes. Trans Não-Binárie e estudante de psicologia (UESPI). Teresina-Piauí.
Neste sentido, a ONG Unidos Pelo Vale LGBT (UPV LGBT) de Santa Inês/Maranhão e parceiras, convida a todEs para webinar na mesa de debate com o tema Saúde Mental da População LGBTI+ no Setembro Amarelo.