GT 01 - África
em conexões: diálogos, metodologias e abordagens
Patrícia
Teixeira Santos (UNIFESP), Thiago Henrique Sampaio (UNESP)
O presente
Grupo de Trabalho busca apresentar pesquisas com abordagens nos processos
coloniais dos séculos XIX e XX no qual apresentem metodologias, abordagens e
diálogos diversificados entre as diversas áreas das Ciências Humanas e Sociais.
A interação entre diversos campus de conhecimento permite compreendermos as
dinâmicas coloniais e pós-coloniais em África e suas diferentes interfaces
presentes até os dias de hoje no continente africano. Dessa forma, o GT buscará
evidenciar pesquisas realizadas em diversos níveis (iniciação, mestrado e
doutorado) e o papel importante dos Estudos Africanos na universidade
brasileira atualmente.
GT 02 -
Constelações: arte e cultura de uma perspectiva crítica
Elson Rabelo
(UNIVASF); Wladimir Silva Machado (UNIVASF)
Homônimo ao
Grupo de Pesquisa cadastrado no CNPq e atuante no Colegiado de Artes Visuais,
da UNIVASF, este grupo pretende reunir resultados de pesquisas sobre as Artes,
formais e não-formais, de diferentes campos disciplinares, que lancem mão de
metodologias das Ciências Sociais, como a etnografia, a pesquisa-ação, a
análise de discurso, a análise do conteúdo, a história dos conceitos, a
história oral, dentre outras, com vistas à compreensão das práticas e
experiências ligadas às dimensões do sensório e como ele se produz em
sociedade, como se articula na linguagem, distribui-se em nichos de mercados e
tensiona os agenciamentos políticos. Serão aceitos também trabalhos resultantes
de processos criativos de Pesquisa em Arte que dialoguem com as metodologias
indicadas, de modo a responder a problemáticas que construam visões distintas
de questões como relações étnico-raciais, gênero, sexualidade, memória, espaço
e meio ambiente, a partir do ponto de vista dos códigos semióticos e sensíveis
partilhados e disputados socialmente.
GT 03 - Suicídio:
Estudos e Percepções
Alexandre H.
Reis (UNIVASF)
O Grupo de
Trabalho, Suicídio: Estudos e Percepções, consiste na proposta de reunir
estudantes, pesquisadores e estudiosos que tenham desenvolvido trabalhos
acadêmicos e científicos sobre o suicídio em nossas sociedades e/ou
investigações que contribuam para efetivar um amálgama crítico a partir da
vasta literatura que tematiza, investiga e compreende este fenômeno. A história
do suicídio é marcada por discursos que privilegiam determinadas áreas do
conhecimento e incorrem, via de regra, em determinismos em suas abordagens: ora
a primazia da estrutura social, ora a determinação de transtornos mentais; ora,
o sujeito em sua liberdade desprovido de contexto corporal e social, ora o
determinismo genético: deste modo, suicídio ainda está longe de ser posto como objeto
de estudos transdisciplinares. O presente GT cria a possibilidade de reunir
pesquisas e estudos de diversas áreas para o exame desse fenômeno que exige
cooperação em suas investigações e em sua compreensão.
GT 04 -
História da Arte, estudos culturais, teorias da arte pós-colonialista e
estética do triângulo Afro Atlântico
Fernando
Scherer (UNIVASF), Tatiane de Oliveira Elias (Universidade do Porto)
Este grupo de
trabalho abordará temas referentes a história da arte, estética afro atlântica
e o transculturalismo dos três continentes: Europa, África e América, e a
diáspora africana. A arte e as culturas africanas são dinâmicas, pois houve
mudanças de forma e significado ao longo do tempo, também devido ao intercâmbio
de culturas. A Arte na África existe desde a pré-história com a pintura
rupestre. Desde esse período que algumas sociedades africanas desenvolveram
seus próprios sistemas gráficos, reflexo de suas tradições tribais, identidades
e ideologias. O continente africano, sendo o segundo maior em população e
extensão, com 54 países, línguas, posições sócio-econômicas, costumes e
culturas diferentes, tem um legado de diversas tradições artísticas. Franz
Fanon tem grande importância na sua contribuição para a questão da identidade
africana e as teorias pós-colonialistas da arte, assim como o filósofo
Jean-Paul Sartre em seu discurso sobre o colonialismo francês presente no
ensaio Orfeu Negro, de 1948. Neste, o teórico criticou o eurocentrismo e a
escravidão ao mencionar, em um trecho, a dominação do homem branco por mais de
três mil anos; o que abriu caminho para as teorias de Fanon. A contribuição
Africana é importante para a identidade nas Américas, o transculturalismo, a
formação de uma historia da arte Afro-latina, a história da arte global, local
e regional. Assim, e considerando que exposições temáticas que abordam o tema
da África, Diáspora, Europa e Américas merecem destaque, o GT pretende reunir
interessados, especialistas, acadêmicos para tratar de temas relacionados ao
triângulo afro-atlântico de pontos de vistas multidisciplinares. Este grupo de
trabalho levará em conta toda a gama de tópicos relacionados às artes da África
e da Diáspora Africana - desde considerações dos contextos arqueológicos e
arquivísticos da arte histórica africana até exames de práticas artísticas
emergentes do continente, bem como abordará gênero, raça, política na história
da arte e sua transdisciplinaridade. Arte e religião africana, artistas
mulheres afro-descentendes, Arte Afro latina, Arte Afro européia, o
mediterrâneo negro e as artes, Arte Africana tradicional e contemporânea,
cultura, identidades políticas, Arte Afro americana e pós-colonialismo, a
globalização e o impacto na arte africana, a história social da arte africana,
arte e imigração, Resistência e arte, Arte e ativismo, feminismo e arte negra,
acervos de museus africanos e afro-brasileiros, movimentos artísticos africanos
e afrodescendentes estão dentre os temas de interesse para discussão.
GT 05 -
Pensamento e Resistencia: experiências étnico-raciais na contra-hegemonia da
produção do conhecimento
Cláudio de
Almeida (UNIVASF)
Uma das
principais considerações sobre o fenômeno da Modernidade Pós-colonial na
América Latina diz respeito ao modo como os sistemas de dominação política do
imperialismo racista ensejaram uma articulação institucionalizada entre
conhecimento e poder na constituição dos Estados Nacionais. Este binômio
orientou a tanto a formação da sociedade civil (em termos de saberes e práticas
rituais e cotidianos); das ações de Estado (em termos de políticas de educação,
saúde e controle social) e por fim das próprias subjetividades individuais e
coletivas - sob forma de identidades sociais circunscritas pelo campo semântico
do estereótipo deteriorante. A ideia principal que orienta a organização deste
grupo de trabalho é a de que o sistema dominação étnico-racial sustenta-se por
meio de uma combinação entre suas propriedades estruturais e a circunstancialidade
de suas dinâmicas de reprodução. Esta articulação, funciona como elemento
diversificador das técnicas de sobrevivência, resistência e cuidado de si entre
os grupos social e politicamente submetidos a esta lógica. Ou seja, as
variantes experiências sociais de dominação/resistência étnico-racial engendram
dinâmicas de mobilização no campo do saber, do poder e da auto-representação.
Este grupo de trabalho visa reunir pesquisas a respeito de processos de
produção e utilização dos conhecimentos que têm como pano de fundo experiências
étnico-raciais e culturais não-hegemônicas no Brasil. Há um interesse em
compreender diferentes aspectos da e sobre a experiência afrobrasileira e/ou
indígena no campo da cultura, educação, tecnologia, pensamentos social e
técnicas de cuidado de si (estilos estéticos e práticas lúdicas e terapêuticas
etc.). Busca-se assim estabelecer uma plataforma multitemática e
interdisciplinar de discussões que permita observar variações e pontos comuns
nas diferentes experiências de resistência registradas. Serão aceitos trabalhos
completos, pesquisas em andamento e relatos de experiências que contribuam com
o enriquecimento desta discussão.
GT 06 - Gênero
e Sexualidade: perspectivas teóricas, metodológicas e políticas
Paula da Luz
Galrão (UNIVASF)
Os desafios
atuais no que tange às pesquisas e debates em torno das questões referentes à
identidade de gênero e à orientação sexual têm posto à prova não só as
tradicionais indagações sobre o tema como também as perspectivas políticas que
orientam comportamentos na atualidade. Desde reviravoltas epistemológicas no
campo das Ciências Humanas, aos novos posicionamentos sobre concepções como
direitos humanos, igualdade e cidadania, os debates em gênero e sexualidade têm
colocado em questão as grandes concepções de mundo que orientavam a modernidade
ocidental. Tendo em vista esses embates, transformações e questionamentos, este
grupo de trabalho se propõe ser o espaço onde pesquisas, textos teóricos e
análises que tragam à baila questões sobre as identidades de gênero e
orientação sexual em seus mais variados vieses, serão debatidos.
GT 07 -Cultura
política, instituições políticas e políticas públicas
Simone Piletti
Viscarra (UNIVASF), Marcelo Henrique Pereira dos Santos (UNIVASF)
Este Grupo de
Trabalho pretende estimular a produção de reflexões na área de Ciência Política
dentro dos seguinter temas: cultura política, instituições políticas e
políticas públicas ou ainda privilegiar a interação entre essas três subáreas.
No caso de Cultura Política serão aceitos trabalhos voltados para o estudo da
opinião pública, da socialização política, dos sistemas de crença e ideologias,
da mídia, do capital social e do empoderamento. No que diz respeito à subárea
de Instituições Políticas, os trabalhos deverão priorizar os seguintes temas:
partidos políticos; processos eleitorais no plano municipal; a participação das
agências de desenvolvimento em nível local e suas relações com o Estado;
Orçamento participativo e Conselhos Gestores; a dinâmica entre Legislativo e
Executivo no nível municipal. Para a subárea de Políticas Públicas, os
trabalhos poderão discutir os processos de produção e implementação das
políticas públicas, abordar as políticas sociais, como as de combate à pobreza
e as de transferência de renda entre outros assuntos.
GT 08 - Modos
de vida e religiosidades afrobrasileiras
Luciana
Duccini (UNIVASF), Ricardo Pereira Aragão (UFBA)
Embora tenham
sido invisibilizadas por muito tempo, em especial na formulação de políticas
públicas nacionais, presenças africanas são – e foram desde os primórdios –
parte proeminente da cultura e da história nacional. Este GT busca abrir um
espaço de interlocução, no Vale do São Francisco, acerca destas presenças, em
particular, no que diz respeito às formas religiosas e especificidades nos
modos de vida, tais como as que se evidenciam entre comunidades tradicionais
(remanescentes de quilombos) ou em expressões artísticas e culturais que carregam
valores e perspectivas afrobrasileiras. Como exemplo podemos destacar estudos
sobre o culto aos Caboclos, que descartam a branquitude como foco dialógico
principal e debruçam-se sobre universos que vêm sendo negligenciados
historicamente, a saber, os que focalizam imbricações afroindígenas. Entendemos
que saberes não são infensos a modos específicos de ser e que se faz
necessário, no cenário atual, fomentar intercâmbios entre pesquisas sobre as
mais diversas formas afrobrasileiras de estar no mundo. Assim, o GT acolherá
trabalhos que versem sobre religiões e religiosidades afrobrasileiras,
afroindígenas e nordestinas, manifestações artísticas e culturais, populares,
tradicionais ou contemporâneas, bem como modos de produção econômica ou
intelectual, intercâmbios transatlânticos e outras temáticas desde que
enfocando, centralmente, a dimensão da afrobrasilidade.
GT 09 -
Educação, Saúde e Minorias – as distintas facetas da formação em Humanidades
Jose
Hermógenes Moura da Costa (UNIVASF), Graziela Ferreira da Silva Pinto (UFPE)
O presente GT
visa constituir espaço privilegiado para o debate acerca das múltiplas
possibilidades de pesquisa, ensino e extensão na formação do Cientista Social.
Por outro lado, também pretende atrair trabalhos/reflexões/Experiências
realizadas no contexto de outras áreas do conhecimento que dialoguem com as
Ciências Sociais. Dessa forma, o GT aceitará trabalhos de Pesquisa, Ensino ou
Extensão que versem sobre: A Educação nos contextos rurais e urbanos, com
ênfase à formação do Cientista Social no Semiárido; Saúde, Cultura e Sociedade;
As questões das minorias, com atenção às intersecções entre gênero,
sexualidade, Raça e Classe; O fenômeno do consumo de drogas em suas
complexidades biopsicossociais.
GT 10 -
Extensão Rural, Agroecologia e Novas Ruralidades
Denes Dantas
Vieira (UNIVASF), Vanderlei Souza Carvalho (UNIVASF)
O Grupo de
Trabalho tem como objetivo ser espaço de exposição e debate de artigos que
abordem atividades de pesquisa e de extensão realizadas por estudiosos e
profissionais que trabalham com a temática da Extensão Rural, Agroecologia e
Desenvolvimento Rural a partir das novas configurações espaciais e identitárias
dos territórios rurais. Assim como, os conflitos, as disputas, os processos de
reivindicação e proposição de políticas públicas para as áreas rurais são
interesses da discussão do Grupo de Trabalho.
GT 11 -
Ensino, pesquisa, formação e práticas da Sociologia na Educação Básica
Vanderlea
Andrade Pereira (UNIVASF), Antônio Carvalho dos Santos Júnior (UNEB)
O GT Ensino,
pesquisa, formação e práticas da Sociologia na Educação Básica, tem por objetivo
contribuir com a discussão em torno do ensino e formação em Sociologia,
estabelecendo um diálogo entre a Universidade e a educação básica. Focalizando,
através de reflexões no campo da educação e da sociologia, estudos e
investigações que contemplem a pluralidade dos contextos formativos de
professores da Educação Básica. Com a perspectiva de agregar conhecimentos dos
percursos que delineiam os processos de ensino, pesquisa, formação e práxis de
estudantes e professores que atuam com a sociologia no ensino básico, o GT
destina-se a estudantes de graduação, pós-graduação, pesquisadores ligados a
educaçao não formal e professores da Educaçao Básica.
GT 12 -
Trabalho, sindicalismo e ação coletiva
Camilla de
Almeida Silva (UFPE), Guilherme José Mota Silva (UFCG)
Este GT
pretende abrir espaço para as discussões que analisam o trabalho, a classe
trabalhadora em sua heterogeneidade e as ações coletivas e de resistência dos
trabalhadores na sociedade contemporânea em perspectivas locais, regionais e
globais; além disso, busca ensaiar análises comparativas entre diferentes
países e regiões. Nesse sentido, o GT está aberto às análises das novas
configurações e reconfigurações no mundo do trabalho, decorrentes das
transformações da sociedade capitalista. Assim, este espaço busca contemplar
estudos acerca das questões do mercado e condições de trabalho; formalidade e
informalidade; desigualdades de gênero, raça e geração e suas implicações
sociais. Portanto, contempla diferentes temas e abordagens sobre o mundo do
trabalho, tais como: a) Formalidade, informalidade e os distintos mercados de
trabalho; b) As transformações legais e a flexibilização do trabalho; c)
Interseccionalidade de gênero, raça e classe; d) Dinâmicas do trabalho rural e
suas especificidades; e) Emergência de novas ocupações e relações de trabalho;
f) Condições de trabalho e saúde do trabalhador, dentre outras temáticas que
contemplem a proposta do grupo.