A “Semana de Combate à violência contra as Mulheres” no IFMG Campus Betim tem como objetivo ampliar o debate acerca das diversas formas de violência contra as mulheres, procurando superar a exploração de pautas comerciais relacionadas ao 8 de março. Desse modo, espera-se resgatar a dimensão social, política e cultural dessa luta constantemente ameaçada pelas relações de poder que subjazem as relações de gênero e identidade. A violência contra as mulheres se revela de diversas maneiras e afeta toda a sociedade, portanto, não é possível combatê-la sem abarcar todos os sujeitos, sobretudo os homens cis, os principais responsáveis pela violência que aflige as mulheres, tendo em vista todos os recortes sociais. Por essa razão, o evento começa com um debate exclusivo com os rapazes para discutir a masculinidade e os fatores que levam os homens cisgêneros a cometerem violência contra as mulheres. A partir de uma perspectiva interseccional, o evento ainda procura abranger os movimentos transfeministas e afrotransfeministas, pautando a luta pelos direitos das mulheres cis, trans, travestis, negras, indígenas e pessoas com deficiência, cuja agenda inclui diversos temas, tais como: estupro, feminicídio, violência doméstica, aborto, equidade salarial e empregatícia, direitos patrimoniais e sobre o próprio corpo, entre tantos outros. A programação tem o propósito de fazer com que a comunidade escolar, especialmente os homens do campus, reflitam sobre seu papel na perpetuação da violência contra as mulheres e compreendam-se como peça fundamental para o enfrentamento deste problema. Em síntese, nossas atividades pretendem criar um espaço para promoção de atividades e discursos propositivos, ou seja, que apontam possibilidades para a emancipação de todas as mulheres. Objetivo que, em síntese, se expressa no post publicado pelo @projetemos, no qual se afirma: “Leia Mulheres. Ouça Mulheres. Exalte Mulheres. Admire Mulheres. Divulgue Mulheres. Incentive Mulheres. Visibilize Mulheres. Contrate Mulheres. Vote em Mulheres.”