CHAMADA PÚBLICA DE ARTIGOS PARA O NÚMERO 18 DA REVISTA INCLUSIVIDADE

Tema do numero: 

Saúde e Cuidado da Casa Comum: entrelaces e perspectivas teológicas

1. OBJETO 

Publicação do número 18 da Revista Inclusividade em suporte físico e digital

2. PERFIL DO NÚMERO A SER PUBLICADO

“Minha filha, a tua fé te salvou/curou; vai em paz e seja inteira/integrada” Mc 5,34

Normalmente quando se fala de saúde, o que logo vem a` mente, na verdade, são exemplos ou situações de doença. Fala-se de hospital, curas, medicamentos, tratamentos, dores e sofrimentos. Parece que o ordenamento social em que vivemos, bem como os conceitos construídos em torno da palavra “saúde” nos fizeram acreditar que uma pessoa “saudável” e´ aquela que não tem doença ou não esta doente. 

Conectada a isso temos ainda a associação direta de doença com terapias, remédios, farmácias e hospitais. Se perguntarmos a qualquer pessoa como tratar uma doença ou qualquer distúrbio que seja, normalmente a resposta mais comum e´ que devemos procurar um médico ou um hospital, tomar remédios ou nos submetermos a determinadas terapias. 

O conceito de saúde presente na constituição da Organização Mundial de Saúde já´ nos alerta para o equívoco da associação perversa e economicista entre saúde e ausência de doença. 

Para a Organização Mundial de Saúde, “saúde e´ um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença”. Ainda assim, ha´ problemas semânticos na definição do conceito. Falar de “completo bem-estar físico, mental e social” e´ um tanto exagerado e irrealista, sem mencionar a carga de classismo que isso carrega. As pessoas empobrecidas e oprimidas do mundo jamais alcançarão essa “realidade”, se e´ que ela seja possível. A saúde, segundo esse conceito, é um privilégio somente da classe média e alta.

No contexto atual de pandemia da Covid-19 e outras ainda em curso como HIV, malária, fome, empobrecimento, sexismo, xenofobia, LGBTQIA+fobia, dengue entre outras, este número quer refletir e oferecer questões para mudanças de paradigmas e influenciar ações dentro do contexto eclesial. 

Infelizmente no decorrer da História e por influência do Iluminismo, do cientificismo moderno e do positivismo exagerado a religião foi apartada da ciência médica. Esta lacuna que se transformou em dívida para com o mundo precisa ser preenchida. É necessário a revisão dessa postura dicotômica do ponto de vista epistemológico (do ocidente certamente) no contraponto da ciência e das práticas terapêuticas dos povos originários e suas terapias complementares, o que impede o acesso a outros saberes, e  ao mistério do desejo de Deus para o planeta. 

Neste número da Revista Inclusividade deseja-se abordar, desde diferentes perspectivas e ciências, as questões sobre saúde-doença e suas relevâncias para o exercício da fé cristã, no caminho de intencionalmente provocar um discipulado integral e profético. Este número procurará desenvolver diálogos desde as ciências sociais, as teologias e práticas pastorais e missionárias. O desejo é abrir espaço para membros da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil oferecerem suas contribuições para melhor cumprir as Cinco Marcas da Missão assumidas pela Comunhão Anglicana. 

3. ORGANIZAÇÃO

Livraria e Editora Anglicana 

4. FORMATAÇÃO DO ARTIGO

• Número de caracteres com espaço - entre 21.000 - 29.400
• Norma ABNT - descrever como citar conforme indicado na plataforma

5. DIVULGAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DA REVISTA

Haverá distribuição física e publicação digital, e as/os autoras/es publicados/as cedem, automaticamente, seus direitos.

6. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES E DÚVIDAS 

Para obter informações complementares ou esclarecer dúvidas escrever para Revdo Bruno Almeida e-mail: cea.publicacao@gmail.com