No início de 2024, tomados pela questão do Rio Grande do Sul e as enchentes que devastaram o estado, nos pegamos pensando sobre a série de desastres que cada vez mais tomam o Brasil. Como não pensar em Mariana e Brumadinho? Traumas ainda pouco elaborados e que se somam em nossas vidas e na vida do planeta. Para onde vamos após isso? Como adiar o "fim do mundo"? Não dá tempo para pensar, pois logo incêndios tomam nosso país e arriscam nos deixar sem ar. Sem ar, novamente? Que repetição é essa que se faz presente? Estaria de fato o mundo acabando? Como a psicanálise nos instrumentaliza para saber-fazer com isso? Qual o gozo aí insistente? O que fazer em uma geopolítica em que o desastre, em suas múltiplas faces, não cessa de se repetir? Das crises ambientais, às crises sociais. A/O/E psicanalista, como fica, como age? Com início em outubro de 2024 e contando com aulas em novembro e dezembro, começamos os primeiros movimentos de uma discussão que se dará também por todo 2025. Articulando a teoria psicanalítica junto à cena permanente de desastres humanos e ambientais que cruzam nosso país de norte a sul, pretendemos durante esse trajeto apostar não só em uma ideia, mas na inadiável necessidade de produção de um novo campo de articulação e preocupação. Nossas atividades começam no dia 21 de março, as 11 horas da manhã. Estes acontecerão de forma aberta e gratuita presencialmente na Universidade Federal de Minas Gerais, com transmissão via Plataforma ZOOM e YouTube.