A 12ª edição do Seminário Internacional PROJETAR será realizada de 14 a 17 de outubro de 2025, na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), na cidade de Pelotas, Brasil. Após 11 edições regulares, o PROJETAR consolidou-se como um evento que tradicionalmente abrange estudos, ações e reflexões críticas na área de Projeto de Arquitetura e Urbanismo, por meio de três grandes eixos: Ensino, Pesquisa e Prática. A esses eixos, soma-se agora o eixo da Extensão, que vem assumindo um papel protagonista no diálogo entre Academia e Sociedade.
O 12º PROJETAR 2025 será organizado a partir da parceria entre cursos situados no extremo sul do país: a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAURB), em conjunto com o Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo (PROGRAU) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), o Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), o Programa de Pós-graduação em Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo (PPGAUP) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e o Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Franciscana de Santa Maria (UFN). Contará também com a coorganização do Grupo Projetar, do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), unidade de origem do evento.
O tema principal desta edição é "Reexistir no mundo contemporâneo", com três eixos de desenvolvimento: "Interpretar", "Conservar" e "Transformar", refletindo sobre como arquitetos e urbanistas dialogam, na contemporaneidade, com o mundo ao seu redor. O seminário também terá um Eixo Especial, "Mitigar", que trará uma perspectiva de desenvolvimento sustentável e justiça climática, coordenado pela equipe local da pesquisa internacional “Mae Mekea - Sabedoria Indígena Amazônica: Moldando Soluções Climáticas no Brasil”, projeto centrado no pluralismo ontológico indígena no contexto das mudanças ambientais globais no bioma Amazônico, financiado pela Academia Britânica.
O evento terá duração de quatro dias, com conferências internacionais, oficinas, mesas temáticas, sessões de comunicação e exposição de trabalhos de alunos.
PRORROGADO NOVAMENTE O PRAZO PARA SUBMISSÃO DE ARTIGOS
Submissões
Serão aceitos artigos em Espanhol, Inglês e Português.
04/05/2025 - data limite para submissão dos artigos
15/06/2025 - divulgação resultados preliminares
30/06/2025 - data limite para submissão dos artigos revisados
01/07/2025 - inscrições 1o. lote
30/07/2025 - resultado final
05/09/2025 - data limite para as inscrição dos autores
05/09/2025 - inscrições 2o. lote
14/10/2025 - início do 12 PROJETAR
14/10/2025 - inscrições 3o. lote
Convidados Confirmados
Adriana Araujo Portella
Doutora em Desenho Urbano pela Oxford Brookes University, UK. Professora, Pesquisadora e Urbanista Social no Programa de Pós Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pelotas, Brasil, e Heriot-Watt University, Research Centre for Urban Studies, UK. Coordenadora Internacional do Projeto financiado pela The British Academy: Amazon Indigenous Wisdom: Shaping Climate Solutions in Brazil.
Andrey Rosenthal Schlee
Possui graduação em
Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Pelotas (1987), mestrado
em Arquitetura pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1994) e
doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (1999).
Atualmente é professor Titular da Universidade de Brasília e tem experiência
nas áreas de História da Arquitetura e Urbanismo, com foco em preservação do
patrimônio cultural, arquitetura brasileira, arquitetura no Rio Grande do Sul e
arquitetura e urbanismo em Brasília. Atuou em diversas comissões e foi
consultor do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras. Atualmente, é
Diretor de Patrimônio Material e Fiscalização do IPHAN.
Edgar Eduardo Roa Castillo
Arquiteto pela
Universidade La Gran Colombia, especialista em gestão ambiental urbana e mestre
em Gestão Urbana, atualmente é doutorando em Arquitetura e Urbanismo pela
Universidade Bio Bio, Chile. Entre 2015 e 2024, foi docente e pesquisador na
Universidade La Gran Colombia. Sua carreira profissional inclui passagens por
diversas áreas em entidades públicas e privadas, como Design, Construção,
Diretor de Obra, Gerente Técnico e Consultor em Planejamento Urbano. Também
atuou no manejo ambiental de projetos e direção de projetos, além de ser
especialista técnico em auditoria ISO 9001, OHSAS 18000 e ISO 14001. Participou
de projetos de análise de unidades de planejamento zonal e estudos ambientais.
Emanuela Di Felice
Professora Associada da Escuela de Arquitectura y Diseño de la Pontificia Universidad Católica de Valparaiso, Chile. Professora adjunta (2018-2024) da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Univerisidade Federal de Pelotas(Faurb/UFPel). Pós-doutorado com bolsa Capes no Laboratório Urbanismo Contemporâneo (LabUrb) no Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo (PROGRAU), Brasil. Doutora em Projeto Urbano Sustentável pelo DIPSA (Roma). Membro da LAC / Laboratorio Arti Civiche, grupo de investigação interdisciplinar que atua no Departamento de Arquitetura da Universidade de Roma Tre, e do coletivo artístico ATI-Suffix. Coordenadora de projetos de investigação-ação no campo das artes urbanas, da deriva urbana e dos movimentos autogestionados de apropriação da cidade. Investiga processos de reutilização do patrimônio abandonado e o cooperativismo habitacional na Italia e América do Sul.
Fernando Balvedi Silveira
Co-fundador e
Sócio-Diretor da Hype Studio Arquitetura, possui ampla experiência em
Arquitetura, Design, Engenharia, Planejamento e Construção de instalações
esportivas, projetos corporativos e institucionais, entre outros. Entre seus
principais projetos estão o Estádio Beira-Rio (90.000 m²), SAP Labs Latin
America (14.000 m²), Edifício Vint Offices (8.800 m²), Edifício NY205 (14.000
m²), Edifício Murano (19.000 m²), Colégio Marista Sinop (12.000 m²), Centro de
Treinamento SC Internacional (21.000 m²), Edifício Praça 4 (3.000 m²), Sede
Construtora Engemold (2.000 m²) e Casa Jardim do Sol (2.000 m²).
Jorge Mario Jauregui
Jorge Mário Jáuregui
(1948) é um arquiteto e urbanista argentino radicado no Brasil, reconhecido
internacionalmente por sua atuação no desenvolvimento urbano e na habitação
social. Destacou-se pela sua participação no Projeto de Urbanização do Complexo
do Alemão, inaugurado em 2011, e foi um dos idealizadores do programa
Favela-Bairro, na década de 1990, ambos no Rio de Janeiro. Com uma carreira
marcada pelo compromisso social, Jáuregui desenvolve projetos que buscam
integrar comunidades carentes à cidade formal, promovendo a melhoria das
condições de vida e a inclusão social através da arquitetura e do urbanismo.
Juan Manuel Diez Tetamanti
Doutor em Geografia
(2012) com média sobressalente e Mérito da ANG 2013 pela tese sobre políticas
públicas e ações locais em pequenas localidades. É pesquisador do CONICET e
professor adjunto no Seminário de Ordenamento Territorial e Metodologia da
Pesquisa II na UNPSJB. Realizou pós-doutorado em Geografia com bolsa do CONICET
(2012-2014) e bolsa do ME (Argentina) em Pelotas, Brasil (2014). Diretor do
Departamento de Projetos Nacionais e Internacionais, ministrou workshops e
seminários em Geografia Social na América Latina e África. Referenciado no
Dicionário de Geografia Aplicada e Profissional (2015) em Cartografia Social.
Dirigiu o documentário "Pueblos en Resistencia".
Lourenço Gimenes
Arquiteto e Urbanista
pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP,
2001). Acumula experiência em renomados escritórios nacionais e internacionais,
como Architectures Jean Nouvel (Paris) e Índio da Costa (Rio de Janeiro). Em
1999, fundou o escritório Forte, Gimenes & Marcondes Ferraz (FGMF), em São
Paulo, consolidado como referência em projetos inovadores e premiados. Foi
professor de Projeto Arquitetônico na UNIP e no Istituto Europeo di Design.
Recebeu prêmios como o Monsoon Awards (2017), Tile Brasil (2017) e por diversos
anos os premios AsBEA, IAB e IIDA Best Interiors of Latin America.
Maisa Fernandes Dutra Veloso
Graduada em Arquitetura
pela Universidade Federal de Pernambuco (1985), possui mestrado em
Desenvolvimento Urbano pela mesma universidade (1992) e doutorado em Geografia,
Ordenamento Territorial e Urbanismo pela Université de Paris III (1996), com
pós-doutorado na ENSA-Marseille (2013). É Professora Titular do Departamento de
Arquitetura da UFRN, atuando na graduação e nos Programas de Pós-Graduação em
Arquitetura e Urbanismo e em Arquitetura, Projeto e Meio Ambiente. Coordena o
Grupo de Pesquisa PROJETAR e é editora-chefe da Revista PROJETAR. Fundadora da
ANPARQ, tem experiência em projeto de arquitetura e urbanismo, patrimônio
edificado e ensino de projeto.
Marcelo Dutra da Silva
Graduado em Ecologia
pela Universidade Católica de Pelotas (1999), possui mestrado (2002) e
doutorado (2008) em Ciências pelo Programa de Pós-Graduação em Agronomia da
UFPel. É Professor Associado III no Instituto de Oceanografia da FURG, atuando
no núcleo de Gerenciamento Costeiro. Coordena o Laboratório de Sustentabilidade
Ambiental Corporativa ESG e é colunista nos jornais Diário
Popular e Zero Hora. Dedica-se ao estudo de padrões ambientais
costeiros, gestão integrada do território, sustentabilidade e práticas
socioambientais. Suas áreas de atuação incluem a interface entre homem e
natureza e governança ambiental corporativa ESG (Environmental, Social and
Governance).
Maria Veronica Machado Penso
Maria Veronica Machado
Penso é mestre em Arquitetura pela Universidad Politécnica de Madrid (1999) e
doutora em Arquitetura pela Universidad del Zulia (2013). Atua como docente e
pesquisadora com ênfase em temas relacionados ao urbanismo e à arquitetura, com
especial interesse no desenvolvimento sustentável e na preservação do
patrimônio cultural. Ao longo de sua carreira, tem se dedicado a estudar as
interações entre a arquitetura e o contexto social, econômico e ambiental. Seu
trabalho acadêmico inclui a orientação de projetos de pesquisa e a participação
em eventos e congressos internacionais, além de ter contribuído
significativamente para o avanço do ensino e da prática da arquitetura em nível
global.
Raúl Ceferino Vallés Barreto
Professor Titular do
Centro de Vivienda y Hábitat (CEVIHA) da FADU/UDELAR até 08/23, foi Diretor da
Unidad Permanente de Vivienda e Coordenador do Comité Académico Habitahabilidad
da FADU. Membro do Comité Académico Maestría en Hábitat y Vivienda da FADU, é
docente e pesquisador na área de Habitat e Habitação, responsável por cursos de
graduação e pós-graduação. Atuou como docente em programas de mestrado no
exterior, como o Máster Laboratorio de la Vivienda del SXXI (ETSA/UPC
Barcelona) e o Máster Gestión Social del Hábitat (ETSA Sevilla). Foi diretor do
workshop "Retomando Vazios, Construindo Coletivos" (FAUFBA) e
conferencista em diversos países.
Silke Kapp
É arquiteta, com
mestrado e doutorado em Filosofia (UFMG, 1994 e 1999) e pós-doutorado na área
de sociologia urbana (Bauhaus Universität Weimar/ Capes, 2015). Atualmente é
professora titular da Escola de Arquitetura da UFMG e membro da Coordenação
Colegiada do Grupo de Pesquisa MOM (Morar de Outras Maneiras). Tem experiência
nas áreas de Arquitetura, Urbanismo e Planejamento, atuando principalmente nos
seguintes temas: estudos de produção, teoria crítica da arquitetura e da
cidade, espaço cotidiano, interfaces para a autonomia, metodologia da pesquisa
sócio-espacial.
Silvio Oksman
Graduado em Arquitetura
e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (1998), possui mestrado, doutorado e
pós-doutorado pela mesma instituição. Atualmente, é coordenador do curso de
Arquitetura e Urbanismo do IBMEC SP. Atua nas áreas de intervenção e preservação
do patrimônio cultural, com destaque para seu trabalho no Escritório Metrópole
Arquitetos Ltda. Foi representante do IAB SP no CONDEPHAAT (2013-2016) e no
CONPRESP (2017). É coordenador do Comitê Científico para Patrimônio do Século
XX do ICOMOS Brasil e vice-presidente do Comitê Internacional para Preservação
do Patrimônio do Século XX do ICOMOS.
Simone Rassmussen Neutzling
Doutoranda pelo Programa
de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural da Universidade
Federal de Pelotas (UFPel) desde 2019, onde também concluiu o mestrado (2016) e
a graduação em Arquitetura e Urbanismo (1998). Possui curso técnico em Edificações
pela Escola Técnica Federal de Pelotas (1991). Atua com escritório próprio
desde 2001, com foco em arquitetura, patrimônio cultural e paisagem urbana.
Entre seus principais trabalhos estão inventários e projetos de restauração,
como o Castelo Simões Lopes (2017), o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (2015)
e a Catedral Metropolitana de Pelotas (2008).
Zaida Muxí Martínez
É Professora de
Excelência – Escola de Arquitetura, Arte e Desenho do
Instituto Tecnológico de Monterrey. Doutora em Arquitetura e professora
associada de Urbanismo na Escuela Técnica Superior de Arquitectura de
Barcelona, onde foi Subdiretora de 2009 a 2012. Foi co-diretora do Master
Laboratorio de la vivienda del siglo XXI na ETSAB de 2004 a 2014, organizando o
Congresso Internacional de Habitação Coletiva Sustentável desde 2014. Entre
2015 e 2019, foi Diretora de Urbanismo, Habitação, Meio Ambiente e Espaço
Público na cidade de Santa Coloma de Gramenet. Especialista em urbanismo,
arquitetura e gênero, fundou o Coletivo Punt 6, focado em urbanismo com visão
de gênero. Foi assessora em projetos de urbanização de favelas em São Paulo e
Buenos Aires. Publicou diversos livros, como "Mujeres, casas y
ciudades" (2018), e ministrou conferências em várias cidades ao redor do
mundo.
Tema Geral
Reexistir no mundo contemporâneo: interpretar, conservar e transformar
Reexistir na filosofia indígena define o viver em harmonia com a natureza, respeitando as tradições (conservar), entendendo o contexto atual (interpretar) e adaptando-se às mudanças para continuar existindo de maneira significativa (transformar).
O termo reexistir, inspirado no pensamento de Ailton Krenak, carrega um significado profundo que vai além da mera sobrevivência; ele representa a continuidade da vida de maneira resiliente e adaptativa, respeitando as raízes culturais e a relação simbiótica com a natureza.
Reexistir em atos propositivos como o projeto na área da arquitetura e urbanismo pressupõe a busca de uma dimensão positiva para as emergências e situações de risco (injustiça social e ambiental por exemplo), o que significa dar espaço ao que se sabe e àquilo que se tem. Em outras palavras: arquitetos, urbanistas e paisagistas colaborando na superação das fragilidades das comunidades, a partir do reconhecimento de seu patrimônio material e imaterial e do estabelecimento de uma relação simbiótica com o espaço cultural e natural.
Reexistir então, no projeto de arquitetura, urbanismo e paisagismo, significa, voltar a existir, a partir da resistência, da resiliência e da transformação. Nesse contexto, o objetivo do 12º Seminário Internacional Projetar é refletir sobre o papel do arquiteto e urbanista na construção de uma cidade e sociedade que promova a inclusão econômica, social e ambiental. Diante disso, o Seminário estrutura-se a partir dos seguintes eixos:
Eixo 1 - Interpretar
Envolve uma leitura crítica e sensível do contexto sociocultural, físico e ambiental nas circunstâncias atuais. A interpretação também implica na compreensão das camadas históricas e na escuta das narrativas e sabedorias locais. Os arquitetos e urbanistas podem aprender com as comunidades, especialmente as tradicionais, que têm uma relação profunda e conectada com o lugar onde vivem. Por outro lado, a prática atual da arquitetura não pode deixar de levar em conta a participação dos usuários tanto na elaboração do programa e do projeto assim como na gestão do seu habitat.
Neste eixo, esperam-se trabalhos que tratem de projetos, processos, pesquisas, ações e experiências de ensino e formação a partir da interpretação das realidades locais, regionais e globais e através de temas como: arquitetura, cultura e identidade; arquitetura em diálogo com o território; urbanismo em diálogo com a comunidade; sentido de lugar e pertencimento; paisagem natural e construída; patrimônio urbano-arquitetônico; percepção e comportamento do usuário; urbanismo social.
Eixo 2 - Conservar
A conservação não representa uma preservação estática, mas sim um respeito ativo e dinâmico pelos elementos culturais e naturais que sustentam a vida e a sociedade.
Diz respeito à restauração e preservação tanto de edifícios históricos, quanto de práticas, saberes e modos de vida que conferem identidade à cidade, pertencimento e abrigo aos habitantes.
Significa compreender a arquitetura quanto ao tempo de vida útil da edificação e sua capacidade de adaptação, entendendo-a como parte de um contexto mutante. Isso ocasiona uma nova forma de contar a história da arquitetura considerando o destino de uma edificação desde seu início, gestação, construção, adaptação a novos usos e eventual morte.
Conservar, também se refere à preservação dos recursos naturais. Envolve pensar em soluções arquitetônicas e urbanísticas que respeitem o meio ambiente, promovendo uma relação harmoniosa entre o ambiente construído e seu entorno natural.
Neste eixo, esperam-se trabalhos que tratem de projetos, processos, pesquisas, ações e experiências de ensino e formação que trabalhem com: planejamento urbano a partir da preservação e requalificação; território e memória coletiva; legitimação identitária e modos de apropriação de elementos do passado e do presente; arquitetura vernacular; representação e comunicação como potenciais de conservação dos lugares; retrofit; intervenções no patrimônio; arquitetura de interiores com foco na conservação e adaptação de estruturas pré-existentes; recursos naturais; conservação e renaturalização da paisagem; recursos hídricos, preservação e integração urbano-arquitetônica; análise do ciclo de vida.
Eixo 3 - Transformar
A transformação é uma ação criativa e necessária para enfrentar desafios contemporâneos sem necessariamente romper com o passado. Transformar implica em práticas que valorizem novas formas de organização espacial e de relações com a realidade atual. Inclui também inovações em harmonia com as preexistências, as vulnerabilidades socioambientais e os saberes locais.
A transformação deve estar centrada nas necessidades das pessoas que habitam as edificações e a cidade. Isso significa criar espaços inclusivos, acessíveis e que promovam o encontro e a convivência, ressignificando áreas degradadas e incorporando novos modelos de sociedade que sejam mais justos e democráticos.
Neste eixo, esperam-se trabalhos que tratem de projetos, processos, pesquisas, ações e experiências de ensino e formação que incluam projetos de arquitetura, urbanismo, paisagismo, e arquitetura de interiores, requalificação de espaços urbanos, criação de novos usos para edifícios antigos a incorporação de tecnologias sustentáveis que promovam a equidade e o bem-estar.
Sugere-se também estudos que abordem os seguintes temas: novas metodologias de projeto; representação e comunicação em seu potencial transformador; arquitetura paramétrica, fabricação digital; arquitetura e inteligência artificial; promoção, gestão e apropriação do espaço habitacional; construção de espaços de inclusão intergeracional; arquitetura flexível, adaptável e resiliente; arquitetura e saúde em tempos de epidemias e pandemias; arquitetura de eficiência energética integrada; arquitetura e urbanismos regenerativos; renaturalização.
A mitigação climática e a qualidade dos projetos arquitetônicos e urbanos são fundamentais para o desenvolvimento sustentável das cidades. A integração de soluções baseadas na natureza, como a criação de espaços verdes e o uso de materiais de menor consumo energético, não só reduz a pegada de carbono, mas também melhora a resiliência urbana frente às mudanças climáticas. Projetos que priorizam a eficiência energética, a gestão inteligente de recursos e a adaptação às condições climáticas locais contribuem para a criação de ambientes mais saudáveis e habitáveis. Assim, a arquitetura e o urbanismo desempenham um papel crucial na construção de um futuro mais sustentável e equitativo para todos.
A crise climática exige a interpretação, conservação e transformação das realidades locais, regionais e globais, se valendo de saberes não só acadêmicos, mas também dos povos originários e experiências populares que contribuam para a conservação da natureza e a sobrevivência do nosso planeta. Neste eixo, espera-se trabalhos que tratem de projetos, processos, pesquisas, ações e experiências de ensino e formação nos seguintes temas: planejamento urbano e desenvolvimento sustentável; arquitetura da tradição como resposta para o contexto climático; arquitetura bioclimática, biofílica e biomimética; técnicas construtivas e materiais sustentáveis aplicado ao ambiente construído; design passivo, bioclimático e de baixo consumo energético e biofílico; eficiência energética; integração das energias renováveis; arquitetura para resiliência humana; monitorização ambiental; redução do impacto ambiental; gestão de resíduos.