A atividade é organizada pela PROAFE – Pró-reitoria de Ações Afirmativa e Equidade e Assistência Estudantil com apoio do CEPEGRE – Centro de Estudos, Pesquisa, Extensão em Educação, Gênero, Raça e Etnia – CEPEGRE e Redes de Saberes Indígenas. A ação marca o dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial, neste sentido convidamos a comunidade acadêmica e externa, não apenas a compreender e discutir as diferentes expressões dos racismos que afetam as pessoas negras e produzem falta de oportunidade, violências e desigualdades. Como, também, a pensar e articular estratégias para o combate ao racismo, a promoção da igualdade racial e adoção de posicionamentos individuais e institucionais antirracistas.
A atividade será realizada on-line e
veiculada pelo canal de Youtube do CEPEGRE, as discussões terão como eixos
norteadores o racismo estrutural, racismo epistêmico e racismo ambiental.
Ainda que modo breve, cabe
apresentar os conceitos que balizaram as discussões, o racismo estrutural é uma
forma sistemática de discriminação que tem a raça com parâmetro e que se
manifesta por meio de práticas conscientes ou inconscientes, individuais ou
coletivas, que como consequência geram desvantagens ou privilégios, a depender
do grupo racial ao qual se pertence. Já
racismo epistêmico consiste na invalidação da diversidade epistemológica
objeto como conhecimento, ou seja, ao mesmo tempo em que ao defende uma
epistemologia universal que nega esses saberes. O racismo ambiental é um
conceito que busca explicar a complexidade da desigualdade socioambiental que
afeta as comunidades marginalizadas ou periféricas, compostas por pessoas
negras, indígenas e pobres. Essas pessoas sofrem os impactos negativos da
degradação ambiental e da falta de acesso a recursos naturais e
serviços ambientais, enquanto as populações mais privilegiadas usufruem de uma
maior proteção ambiental e melhores condições de vida.
Cabe destacar que O Dia Internacional de Luta
pela Eliminação da Discriminação Racial foi criado pela
Organização das Nações Unidas (ONU), em 1966, em memória do Massacre de
Shaperville. Durante o regime do
Apartheid sul-africano, que durou de 1948 a 1994, em 21 de março de
1960, na cidade de Joanesburgo, na
África do Sul, 20.000 pessoas faziam um protesto contra a Lei do Passe, que
obrigava a população negra a portar um cartão que continha os locais onde era
permitida sua circulação, entretanto, mesmo tratando-se de uma manifestação
pacífica, a polícia do regime abriu fogo
sobre a multidão desarmada resultando em 69 mortos e 186 feridos.
Este dia é relembrado em vários países, inclusive aqui no Brasil.
A data nos remete para o nosso
presente marcado pelo alto índice de mortalidade por meio violentos que atinge
a população jovem brasileira. Mas também nos move a pensar de possibilidade
reais para construção de uma sociedade pautada nos valores que reconhecem,
respeitam e valorizam a diferenças de raça, gênero, etnia, entre outras.
Objetivo
Discutir
os efeitos do racismo estrutural,
ambiental e epistêmicos e modos de superação e promoção da igualdade
racial.