Esta mesa redonda tem o objetivo
de discutir as políticas ambientais internacionais, tanto em relação ao governo
brasileiro, quanto à visão de instituições europeias sobre a gestão de recursos
florestais globais, apontando para as oportunidades e os desafios ao
desenvolvimento sustentável da Amazônia.
A preservação da floresta é
considerada essencial por diversos atores internacionais, não apenas para
regular o regime de chuvas na América do Sul, mas também para capturar e
armazenar carbono. A região amazônica brasileira abriga um estoque estimado de
150 bilhões de toneladas de carbono no solo[1].
Os europeus veem o papel das florestas como central para os esforços de
mitigação das mudanças climáticas, e isso está no cerne de algumas políticas
comerciais, como a Regulamentação Antidesmatamento (EUDR) e o Ajuste de Carbono
na Fronteira (CBAM).
No âmbito do plano de
neutralidade climática da União Europeia, o Green Deal[2],
o bloco visa reduzir suas emissões em 90% até 2040 para zerar as emissões
líquidas até 2050[3].
Para alcançar esse objetivo, as tecnologias de captura de gases de efeito
estufa e o comércio de créditos de carbono devem desempenhar um papel
importante na compensação das emissões de setores de difícil redução. Nesse
contexto, a forma de implementação do Sistema Brasileiro de Comércio de
Emissões (SBCE), uma vez aprovado, pode ser um fator que promova ou iniba as potencialidades
da Amazônia brasileira no mercado voluntário de carbono.
Membros da mesa:
Dr. Luiz Antonio Guerra
(mediador)
Dr. Henrique dos Santos Pereira
(UFAM/INPA)
Dr. Cloves Farias Pereira (PPGCASA/UFAM)
Dra. Flora Magdaline Romero (UFAM/INPA)
Me. Bruno Capuzzi (ApexBrasil)