O Congresso tem como objetivo possibilitar problematizações e trocas de experiências sobre os desafios, dificuldades e possibilidades das políticas públicas na atualidade.
O evento tem um olhar atento para as experiências nas áreas da educação, judiciário e saúde, buscando refletir de que modo as políticas públicas podem produzir relações fortes e alegres, capazes de transformar os espaços públicos em lugares de encontros potentes que fortaleçam ao invés de policiar e punir.
Os GTS do evento também direcionam uma atenção especial à relação entre Política pública e Filosofia, com abertura para recebimento de trabalhos filosóficos, no âmbito da Filosofia Política, em especial daqueles que trabalham com autores da Filosofia da Diferença, como Michel Foucault, Gilles Deleuze, Friedrich Nietzsche e Benedictus de Spinoza.
GT 1. Políticas Públicas, Direitos Humanos e LGBTTIQ.
Coordenação: Lindomar Darós (Doutor em Políticas Públicas e Formação Humana).
A Coordenação do presente GT está relacionada à minha prática
profissional junto a uma Vara de Infância, Juventude e Idoso do Tribunal de
Justiça do Rio de Janeiro e também de minha militância na defesa dos
direitos humanos, com foco na infância e população LGBTTIQ. A experiência
na área LGBTTIQ relaciona-se também à minha tese, a qual teve por título
“Adoção judicial de filh@s por casais homossexuais - a
heteronormatividade em questão". Além desses temas, o GT recebe
trabalhos sobre adoção internacional, com o objetivo de pensar saídas
possíveis para se enfrentar o preconceito e discriminação a famílias que
rompem com as balizas heteronormativas.
GT 2. Políticas Públicas, Saúde Pública e Câncer.
Coordenação: Kassia Siqueira (Doutora em Políticas Públicas e Formação Humana).
O GT foi criado com o objetivo de reunir trabalhos relacionados à Política
Pública de Saúde e Câncer, visando possibilitar a troca de experiências e a
problematização de conceitos relevantes nessas áreas. A coordenação
parte da experiência profissional e também de pesquisas no
âmbito do mestrado e doutorado, que possibilitaram a análise de conceitos
fundamentais, como: diversidade cultural, proteção social, judicialização,
entre outros. Desse modo, o GT busca possibilitar o diálogo entre
experiências interdisciplinares e diversas, vivenciadas pelos autores. Além
disso, também recebe trabalhos produzidos apenas a partir de reflexões
filosóficas, quando relacionados à saúde pública e ao câncer.
GT 3 – Políticas Públicas, Saúde Mental e Drogas.
Coordenação: Zelia Caldeira (Doutoranda em Políticas Públicas e Formação Humana).
O GT busca analisar a relação entre Políticas Públicas, Saúde Mental e
Drogas no Brasil, em especial colocando em debate as lógicas que
constituem as políticas públicas orientadas às práticas de cuidados de
adolescentes grávidas, usuárias de crack e em situação de rua no Rio de
Janeiro. Recebe trabalhos que problematizem os processos de
subjetivação, as formas de produção do sujeito usuário de drogas, da
produção das demandas por atendimentos especializados, bem como da
produção das subjetividades daqueles que se dedicam ao cuidado dos
sujeitos adolescentes usuários de drogas. Relaciona-se à ampla experiência
profissional da Coordenadora nas áreas da Saúde mental e Saúde pública
para a infância e juventude.
GT 4. Políticas Públicas, Educação e Judicialização.
Coordenação: Ângela Fernandes (Doutora em Políticas Públicas e Formação Humana), Thiago Santos (Doutor em Políticas Públicas e Formação Humana), Isabel Scrivano (Mestre em Políticas Públicas e Formação Humana).
O GT pretende analisar os modelos e padrões presentes no cotidiano da
escola, pensando a transformação da relação que está posta desde a sua
emergência: de enquadramento, de resistência, de subserviência, de
insurgência, de difusão de um único modelo de sociedade, muitas vezes
produzindo uma relação de poder centralizadora que avaliza um discurso
considerado científico. Recebe trabalhos que problematizem as resistências
advindas de outros saberes, expressas em práticas observadas no cotidiano
microfísico do espaço de poder (microfísico não se referindo à grandeza, ao
microcosmo, mas ao jogo de mecânicas de interesses e exercícios de poder
que produzem as relações). O GT também recebe trabalhos que
problematizam o movimento Escola sem Partido, seus princípios, e sua
incompatibilidade com os princípios educacionais explícitos na Constituição
Federal de 1988, assim como nas legislações infraconstitucionais brasileiras
e importantes tratados internacionais.
GT 5 – Políticas Públicas, Saúde Mental, Educação e Medicalização.
Coordenação: Davi Roque (Doutor em Políticas Públicas e Formação Humana) , Elisa Alcantara (Doutora em Políticas Públicas e Formação Humana), Luan Sávio (Mestre em Políticas Públicas e Formação Humana).
O GT pretende receber trabalhos que abordem a medicalização da vida
enquanto controle sóciomédico da infância e adolescência, através de
dispositivos da educação como a escola fundamental. Do mesmo modo,
recebe trabalhos que analisem historicamente os regimes de saber e poder
que produzem verdades e diagnósticos que rotulam crianças e
adolescentes em suas diferenças, pois a multiplicidade de sistemas
fechados dos termos nosográficos são apenas o cume de uma montanha de
complexas relações que os sustentam nas tramas do cotidiano escolar.
Além da medicalização, o GT recebe trabalhos sobre a relação entre
segurança e educação, entendendo a segurança como o cerne conceitual
das discussões sobre o congelamento dos afectos e da criatividade nas
relações de trabalho e cuidado da infância e juventude. O GT resulta da
experiência dos autores nas políticas públicas de saúde e educação, assim
como de suas pesquisas de mestrado e doutorado nessas áreas.
GT 6. Educação Infantil e Biopolítica.
Coordenação: Késia D’Almeida (Doutora em Políticas Públicas e Formação Humana).
O GT foi criado a partir da experiência da Coordenadora na política pública
de educação, mais especificamente na educação infantil, assim como de
suas pesquisas de mestrado e doutorado nessa área. Recebe trabalhos que
analisem as normas, regras e leis que paralisam a diversidade e assumem
um caráter identitário, produzindo identidades fixas que padronizam e
enquadram em moldes (pré) estabelecidos, suscitando uma cisão moral
entre bem e mal, melhor e pior, correto e incorreto que visa à proteção, o
direito e à prevenção constantes, modelando os modos viventes por meio
de uma regulação permanente – e muitas vezes sutil, sendo “[...] uma
tecnologia de poder que se dirige ao homem vivo, como espécie” (TÓTORA,
2011, 44 p.85) e que “[...] se exerce na regularização da vida, na maneira de
viver, no “como” da vida e no seu prolongamento”.
GT 7. Políticas Públicas e Meio Ambiente.
Coordenação: Joaquim Costa (Doutor em Políticas Públicas e Formação Humana).
O GT busca refletir e analisar a
relação entre Políticas Públicas e Meio Ambiente com a intencionalidade de
oferecer uma visão de totalidade e contraposição das/as múltiplas crises
ambientais e de produção cujas dinâmicas e contradições nos conduzem na direção
de um colapso socioambiental. Deste modo o GT recebe trabalhos que discutam
questões centrais e potenciais de Políticas Públicas que vão além das
alternativas inscritas nos marcos [intra]sistêmicos, e que apontem elementos
objetivos que contribuam para a superação e até mesmo na direção de ‘rupturas’
do modelo hegemônico de desenvolvimento e da relação homem-natureza. Alinhado a
esses objetivos centrais, à necessidade e pertinência histórica do presente
debate, que os trabalhos possam contribuir com análises críticas e, por
consequência, com as estratégias que tenham no horizonte a superação da ruptura
metabólica e da tradição hegemônica científica e produtiva que operam com base
na ideia de dominação da natureza, pelo homem, e em direção ao fortalecimento
do entendimento do conceito de coevolução. Isto posto, os trabalhos poderão
versar acerca das questões negativas e de ameaças ao meio ambiente desenvolvido
pelo modo de produção hegemônico, bem como, trabalhos que apontem as
potencialidades e germes de um devir histórico-objetivo que vise um
desenvolvimento socio e ambientalmente sustentável.
ATENÇÃO:
- Cada autor principal poderá enviar no máximo 2 trabalhos e deve estar cadastrado no evento. Não há limites de trabalhos em coautoria.
- Ao preencher o formulário o participante estará cadastrado no evento, mas a inscrição depende do pagamento.
- O autor poderá realizar o pagamento da inscrição após receber o resultado de aceite ou não do seu trabalho. Mas precisa estar atento ao término do pagamento das inscrições, que será no dia 23 de janeiro. Somente os trabalhos de autores inscritos serão apresentados e publicados.
- Os artigos serão publicados na Revista ou nos anais, os resumos apresentados serão publicados nos anais do evento.
- Não é necessário enviar Resumo e Artigo do mesmo trabalho. O correto é enviar um ou outro.
- Somente os trabalhos apresentados serão publicados na Revista.
- A submissão de trabalhos será realizada até o dia 23 de novembro ou até atingir o limite de vagas.