Esta palestra apresenta reflexões sobre a propensão específica, poder e perspectiva da profusão atual de artefatos projetados no sentido mais amplo: objetos, coisas, edifícios, máquinas, infra-estruturas, tecnologias, materiais e assim por diante - artefatos materiais, sensíveis e simbólicos; todas as coisas que podem entrar na esfera do design como produto de algum tipo de ação proposital: o que Ezio Manzini denominou um "ambiente artificial".
Em particular, interessa-nos como esse ambiente se apresenta, em termos de uma massa crítica, com destaque nos debates sobre o antropoceno. A palestra sugere considerar uma proto-topologia emergente em situações, interações e relacionalidades de um ambiente artificial que se mescla criticamente com a coabitação humana. Para abrir a discussão, o texto remonta à questão da prototopologia às questões de 'transformar em coisa', ou 'reificação' (de 'res': coisa, em latim), do século XIX ao segundo. metade do século XX como uma longue durée. O resultado é apresentado como uma estrutura para repensar o design. O texto sugere três modalidades de prototopologia - em situações, interações e relacionalidades - e conclui cunhando a noção "design antropoecceno".