A
transição energética é uma das estratégias globais para transformar o planeta
ambientalmente mais sustentável, a partir da produção de energia por fontes renováveis.
Tal transição é impulsionada pela observação de alterações ambientais no planeta, incluindo uma tendência
do aumento da temperatura na superfície desde a Revolução Industrial.
Vários países já proclamaram intenções de proibir a
venda de veículos carburantes até 2050, o que demandará forte procura por
insumos não-energéticos. Novas tecnologias e equipamentos derivados da
indústria de fontes de energias renováveis dependem abundantemente de minerais
críticos, que contém metais e não metais como o cobre, nióbio, níquel,
grafite, lítio, cobalto e terras raras. Hoje, as reservas destes minerais são
limitadas, geograficamente concentradas e dependentes de cadeias globais de
insumos e parceiros comerciais. Além disso, a política mundial é mutável e
fatos passados e recentes mostram que o abastecimento de recursos minerais pode
ser interrompido.
Assim, a busca por minerais críticos reaquece o debate
sobre a mineração no fundo oceânico de crostas cobaltíferas, sulfetos metálicos
maciços e nódulos polimetálicos. O impacto ambiental da mineração marinha vem
sendo estudado para mitigar danos ambientais como na mineração em terra. A
Autoridade Internacional do Fundo Marinho (ISA) regula a exploração de minerais
em alto-mar, porém há Estados costeiros com reservas minerais na sua Zona
Econômica Exclusiva (ZEE).
A definição estratégica de minerais críticos requer acelerar o ciclo de exploração e extração de minerais críticos, bem como ampliar seu processamento e distribuição. Isto requer investimento em conhecimento em geociências e tecnologia mineral, inovação industrial e formação de pessoal.