Como parte das atividades propostas para a 17ª Primavera dos Museus de tema "Memórias e democracia: pessoas LGBT+, Indígenas e Quilombolas", o Museu Penitenciário do Estado do Rio de Janeiro - MPERJ convida a todos para o Colóquio virtual "OS DOIS LADOS DO MURO: MEMÓRIA E APAGAMENTO" com o objetivo de traçar um paralelo entre os resquícios do Muro do antigo Complexo Penitenciário da Frei Caneca e seu apagamento aos das pessoas consideradas dissonantes que ali eram contidas, afastadas e esquecidas da sociedade.
A construção do muro teve início na década de 1830.
Feito por pessoas escravizadas fugitivas que, ao serem detidas e presas,
cumpriam pena com trabalho em obras públicas. Para a construção, as
pedras vinham do antigo Morro do Barro Vermelho, atual Morro do São Carlos. O muro teve como pano de fundo o fim
do Império, início da República, fusão da Guanabara, saída da Capital do Rio de
Janeiro, além de ter consigo memórias subterrâneas da escravidão e das
ditaduras. Tais memórias estão presentes nessas paredes de pedra que recebera a visita de nobres, artistas, presidentes e até um Papa. Assim, trazer à
tona essas memórias nem sempre felizes é de suma importância como reflexão para prosseguir como uma
sociedade plena, sem lacunas em seu passado.
Para o Colóquio, contaremos com três professores convidados:
Prof. Dr. Francisco Ramos de Farias
Bacharel e Psicólogo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1978),
Especialista em Psicologia Clínica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro,
Mestre em Psicologia, área Motivação e Aprendizagem pela Fundação Getúlio
Vargas - RJ (1983) e Doutor em Psicologia, área Psicologia Cognitiva, pela
Fundação Getúlio Vargas - RJ (1987). Pós_Doutorado pela Université de Paris -
SHS Sorbonne (2022). Bolsista de Produtividade em Pesquisa 2. Atualmente é
consultor Ad Hoc da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro
(FAPERJ), professor associado da Universidade Federal do Estado do Rio de
Janeiro, do Departamento de Fundamentos da Educação e do Programa de
Pós-Graduação em Memória Social. Consultor do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Assessor Científico da
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Pesquisa atualmente sobre a temática violência,
educação prisional, trauma e memória social. Participação em congressos
nacionais e internacionais. Publicações em periódicos nacionais e
internacionais. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em
Intervenção Terapêutica, atuando principalmente nos seguintes temas: crime,
desejo, memória social, criminalidade e perversão.
Profa. Dra. Maria de Fátima Scaffo
Possui graduação em Psicologia - Faculdades Integradas Maria Thereza
(1981). Mestre em Psicologia (Psicologia Social) pela Universidade Gama Filho
(1997). Doutora em Memória Social pela Universidade Federal do Estado do Rio de
Janeiro (2013). Docente adjunta da Universidade do Estado do Rio de Janeiro -
Faculdade de Formação de Professores - FFP/UERJ Coordenadora de disciplina do
Curso EAD/ CEDERJ/ Fundação Cecierj - Centro de Ciências e Educação Superior a
Distância do Estado do Rio de Janeiro. Formação em Gestalt-terapia. Pesquisa na
área de Psicologia nos temas: Tratamento e Prevenção Psicológica,
Gestalt-terapia, violência, Violência Conjugal, Psicologia e Educação, Memória
Social e Gênero.
Profa. Dra. Viviane Trindade Borges
Doutora em História pelo Programa de Pós-Graduação em História da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com doutorado-sanduíche na École des
Hautes Études en Sciences Sociales - EHESS, Paris. Professora Associada da
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), membro do Laboratório de
Patrimônio Cultural (LabPac/UDESC), atuando no curso de graduação em História e
como docente permanente no Programa de Pós-Graduação em História da UDESC.
Coordenadora do programa de extensão Arquivos Marginais. Membro da Rede
Brasileira de História Pública. Realizou estágio pós-doutoral no Centro de
Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Desenvolve investigações sobre os
seguintes temas: História das práticas e das experiências institucionais de
confinamento/internamento, Biografia e sujeitos marginalizados, História
Pública, Preservação do Patrimônio Cultural, em especial os Patrimônios
Difíceis e o Patrimônio Prisional.
A mediação será realizada pelo Coordenador do Museu Penitenciário do Estado do Rio de Janeiro, Dr. José Paulo de Morais Souza.
O Colóquio ocorrerá de maneira virtual, no dia 22 de setembro de 2023, sexta-feira, às 14h.
As inscrições começam a partir do dia 05/09/23 e os participantes receberão certificado.
Esperamos você!