Este é um evento online
Convidamos membros de movimentos sociais, estudantes, docentes, gestores/as de órgãos públicos e privados, ativistas e mobilizadores/as sociais a somarem-se à Escola Livre em Gestão Social nesta ação formativa. Trata-se de uma iniciativa desenvolvida no âmbito do Pré-Enapegs (Encontro Nacional de Pesquisadores em Gestão Social), que acontecerá virtualmente durante os dias 25 e 28 de maio de 2020.
www.enapegs2020.com
Com esta Oficina, intitulada "GESTÃO SOCIAL E COVID-19: a crise dentro da crise e as sociedades em movimento", temos um duplo objetivo:
1) Inaugurar um formato alternativo de oficina virtual, dialógico e interativo, diferente das muitas lives que assistimos diariamente, pois gostaríamos de construir uma comunicação multidirecional com um grupo pré-selecionado de participantes e de fomentar a construção coletiva de conhecimento;
2) Estabelecer um espaço de conexões e de trocas sobre a forma como interpretamos o contexto que estamos vivenciando, buscando identificar os diversos sentidos (e sentimentos) que a noção de ‘crise’ nos desperta. Sabemos que a pandemia não é a única crise que enfrentamos enquanto sociedade e que o modo como o Estado brasileiro tem lidado com este problema produz (ou soma-se a) outras crises, sobre as quais precisamos nos debruçar, seja para entender, para resistir ou para atuar. Por isso, gostaríamos de sugerir pautar as nossas reflexões na ideia de "crise dentro da crise".
Diante desse quadro complexo, gostaríamos de convidar os muitos atores sociais, que, de modo situado e implicado, movimentam-se intervindo diretamente em seus territórios, produzindo novas formas de saber e de comunicação, estabelecendo, por meio de seus quadros de valores e suas gramáticas de ação, outros tipos de vínculos e outras linguagens, que parecem apontar para possíveis caminhos de reorganização (ou mesmo de superação?) deste quadro de “crise dentro da crise”.
Nesta oficina pretendemos contribuir com esses movimentos, construindo um espaço de indagação desses sentidos da/s crises, de troca de experiências e de levantamento das ações em curso, buscando reconhecer o que mobiliza, como se organiza, se existem diferenças entre as ações em curso e modalidades anteriores (ou tradicionais) de ativismo/ação. Temos convicção de que o lugar de fala e a especificidade de cada corpo em cada território faz a diferença e gostaríamos de explorar isso juntos, mesmo se à distância.
Para começar, a oficina "GESTÃO SOCIAL E COVID-19: a crise dentro da crise e as sociedades em movimento", será realizada online, em uma plataforma de videoconferência chamada ZOOM.
Em seguida, como falamos acima, pretendemos nos somar aos movimentos de atuação e reflexão sobre a pandemia e suas possibilidades de compreender este momento como contexto de aprendizagem voltado para a produção coletiva de novos mapas de significados em torno da noção de crise e “crise dentro da crise”, estabelecido a partir dos territórios onde os participantes vivem.
Por isto, a ideia de “crise dentro da crise” é tão central em nossa proposta que ela guiará as nossas reflexões durante toda a Oficina. E isto porque partimos do pressuposto de que a crise tem um sentido muito concreto ou seja, um sentido que pode ser chamado de corporificado, que precisa ser buscado e interpretado, uma vez que é definido pelas relações intersubjetivas que se desenvolvem em contextos situados sociogeopoliticamente.
Assim, esta oficina será organizada como se fosse um MAPA DE REFLEXÕES, que será construído a partir de três momentos/camadas. Para que isto seja possível, gostaríamos de poder contar previamente com as impressões d@s participantes inscritos e selecionados. O que será pedido é algo simples, que não tomará mais do que 15-25 minutos do seu tempo, a partir de provocações que serão enviadas por email no dia 24 de maio.
1º MOMENTO/CAMADA: uma reflexão sobre os sentidos de crise nos territórios, construídos a partir das impressões prévias enviadas pelos participantes inscritos e selecionados;
2º MOMENTO/CAMADA: a camada intermediária, os movimentos dos sujeitos, dos grupos e organizações sociais no contexto da pandemia, corporificando ainda mais densamente o mapa inicial;
3º MOMENTO/CAMADA: a camada posterior ou desestabilizadora com os caminhos possíveis para o enfrentamento conjunto.
Assim, a partir do primeiro mapa inicial de sentidos, pretendemos desenhar novos mapas/camadas, construídos com os/as participantes e seus relatos durante a oficina, portanto coletivamente, por assumirmos que estes são dados pela agência dos sujeitos e grupos que habitam os territórios e são capazes de desestabilizar pré-noções de subalternidade e dominação.
Entendemos que essa metodologia em gestão social, construída pela Escola Livre em Gestão Social, pode ser replicável em outros contextos, pois busca contribuir para a construção coletiva dos significados do que podemos chamar de "problema público", compreendendo-o como um processo de formação de público, bem como de gestão deste mesmo problema e para a visibilização de experiências corporificadas e vivenciadas na esfera pública, potencializando a comunicação entre atores sociais e sua capacidade de articulação.
A Escola Livre em Gestão Social agradece o seu interesse. Em breve, divulgaremos novas oficinas e mini-cursos.
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