Compreender a aprendizagem na sua dimensão problematizadora/inventiva coloca-nos numa via divergente à recognição, para a qual os mecanismos de assimilação e acomodação respondem como principais invariantes. Intitularemos de capacidade receptiva a esta capacidade de abertura, a sensibilidade, o composto de forças que afetam ao sujeito. Quanto mais assimilativo (hiper-assimilação), maior a força das sensações e o sujeito fica sem dar vazão à recepção e sem saída cognitiva ou simbólica para o mundo de sensações que o invade: o mundo se torna pura aparência, um ritmo estéril e psicótico4. Quanto menos assimilativo (hipoassimilação), menor a capacidade de recepção e menor a capacidade de liberar a atitude estética, ficando o sujeito paralisado no pragmatismo e no desencanto precoce.