A formação sócio-histórica do Brasil se construiu a partir de um modelo econômico que utilizava da força de trabalho escravista para o seu desenvolvimento estrutural. A implementação da Lei Áurea, após anos de luta e organização do povo negro, possibilitou o fim oficial da escravidão no país. Entretanto, o fim do sistema escravocrata não foi acompanhado de políticas públicas de reparação a fim de compensar a população negra pelos anos de escravização e possibilitar sua inserção na sociedade. A partir da Constituição de 1988 e do Movimento pela Reforma Sanitária, que deu vida à Lei 8080/90 de regulamentação do SUS, princípios como universalidade, equidade e integralidade buscam uma forma de emancipação humana através da saúde. Contudo, nos deparamos com alguns obstáculos para que essas premissas se concretizem, principalmente quando o público-alvo é a população negra. Com isso, o presente evento tem como objetivo conscientizar profissionais e acadêmicos que atuam na Policlínica Universitária Piquet Carneiro (PPC/UERJ) acerca das implicações do racismo na saúde da população negra, com vistas a contribuir no combate às inequidades raciais no SUS.