Investigação pediátrica em alterações do neurodesenvolvimento: importância das habilidades comunicativas

O distanciamento social exigido pela pandemia de Covid-19 trouxe diversas mudanças para as relações interpessoais, sobretudo no que diz respeito à interação social e à comunicação. Utilizando a internet, foi possível flexibilizar a maior parte das interações habitualmente realizadas fora de casa. Indubitavelmente, no entanto, houve perdas irreparáveis no que tange a sociabilidade durante os anos de 2020 e 2021 – o que dizer, então, das consequências para as  crianças que estão em fase de desenvolvimento?

“Investigação pediátrica em alterações do neurodesenvolvimento: importância das habilidades comunicativas” surge de um apelo dos profissionais da saúde quanto à necessidade de atenção aos possíveis  atrasos de fala das crianças na primeira infância como possível consequência e / ou interferência do contexto imposto pela pandemia de Covid-19. Sem a creche e a escola, sem a interação com outras crianças, sem o frequentar diferentes ambientes nestes meses,  atrasos do neurodesenvolvimento precisam ser notados a tempo de intervenção essencial, no período de maior plasticidade cerebral, que compreende desde o nascimento até os 2 anos de idade. Cabe, então, ao pediatra, durante as consultas de puericultura, se atentar aos marcos do desenvolvimento e encaminhar estas crianças com risco para atraso no desenvolvimento para avaliação com especialistas. 

Direcionado para profissionais e estudantes da área da saúde, o evento, que acontecerá dia 29 de março de 2021 às 19h, via youtube, tem o objetivo de relembrar o pediatra acerca das alterações do neurodesenvolvimento, com foco para as habilidades comunicativas, as quais incluem a fala. 

Como nossas palestrantes: 

Dra. Amanda Tragueta Ferreira-Vasques, é fonoaudióloga graduada na Faculdade de Odontologia de Bauru USP em 2006, realizou prática profissionalizante em Linguagem Infantil (2007), Mestrado (2010), Doutorado (2017) e Pós Doutorado em Fonoaudiologia (em andamento) na mesma instituição. É pesquisadora do desenvolvimento infantil com atuação clínica e como membro do LIAN (Laboratório de Investigação de Alterações no Neurodesenvolvimento).

Profa. Dra. Dionísia Aparecida Cusin Lamônica, possui graduação em Fonoaudiologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1980), Mestrado em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos (1991) e Doutorado em Distúrbios da Comunicação Humana (Fonoaudiologia) pela Universidade Federal de São Paulo (2000). É docente em RDIDP na categoria de Professor Titular do Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo e coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Fonoaudiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo (2017-2020).  Atua nas seguintes linhas de Pesquisa: Aspectos linguísticos, genéticos e neurológicos dos distúrbios de linguagem e prevenção dos distúrbios da linguagem oral. Tem experiência na área dos Distúrbios da linguagem infantil atuando nos seguintes temas: paralisia cerebral e distúrbios do movimento, síndromes genéticas, transtorno do espectro autista, alterações do metabolismo (hipotireoidismo congênito e fenilcetonúria) e demais alterações neurológicas infantis.