Universidade Estadual do Piauí - Campus Professor Possidônio Queiroz - Oeiras - Piauí - Brasil
Prezados/as Participantes,
O PRAZO PARA ENVIO DOS TEXTO PARA PUBLICAÇÃO NOS ANAIS DA IV SEMANA DE LETRAS FOI PRORROGADO.
Segue as normas para publicação nos ANAIS da IV Semana de Letras
CARTA DE OEIRAS
A IV Semana de Letras
do campus Professor Possidônio Queiroz com o tema “O curso de Letras no século
XXI: política, ideologia e linguagens” foi realizada na primeira capital do
Piauí sob a organização da comissão de professores e estudantes do curso de Letras
contando com a participação da comunidade acadêmica do campus professor
possidônio queiroz no período de 05 a 07 de dezembro de 2018.
Nossa semana de letras
começou bem antes do seu primeiro dia. Com dificuldades de financiamento, em
que pese a ausência de autonomia financeira e o descaso do Estado com a
universidade, tivemos que realizar diversas ações de arrecadação de fundos.
Exibimos filmes, fizemos um bazar, buscamos patrocínios, pedimos ajuda. E qual
não foi nossa surpresa ao vermos a capacidade de entrega e de solidariedade do
povo da uespi e da cidade de Oeiras. Todos e todas demonstraram sua força e sua
garra ao doar peças para o nosso bazar. Nossos estudantes e professores foram
às ruas como vendedores do sonho de um curso de letras e de uma universidade
melhor, digna e humana. Conseguimos muito, graças ao empenho de todos.
Quando enfim chegou o
primeiro dia do nosso evento as pessoas vestiram, literalmente, a camisa. Mesmo
enfrentando olhares de uma pessoa que diz que “serviço público não é caridade”,
mesmo enfrentando todas as dificuldades de um curso denegado pelo Conselho
Estadual de Educação, mesmo enfrentando todas as dificuldades de uma
universidade sem autonomia financeira e de um governo que ataca diuturnamente
os diretos dos servidores públicos, mesmo sob forte chuva, aqueles que vestiram
a camisa, vestiram sorriso, vestiram coragem, vestiram força, vestiram a
esperança de transformar suas próprias vidas através do conhecimento e da
humanidade. Ainda na manhã do primeiro dia, durante o credenciamento, tivemos
uma oficina sobre Metodologia do Trabalho Científico. À tarde, tivemos as
apresentações inspiradoras das professoras Mônica Gentil e Adnaid Rufino sobre
o Movimento Estudantil de Letras e a precisão das comunicações da Aline, da Joyce
e do Marcelo. Enfim chegou a noite e a chuva derramou-se sobre nós. Fizemos
nossa conferência de abertura no tom ameno e informal que demonstra o conforto
de quem se sabe resistência e de quem se sabe na plenitude do dever perene, da
entrega ao curso de Letras, da amizade feita, da graça e da trajetória de dois
professores, Harlon e Messias, que arracaram risos da plenária. A noite fechou
com o tributo a Belchior manejado pela habilidade do menestrel Vivaldo Simão.
No segundo dia de
trabalhos fizemos nosso fórum de debates sobre o curso de Letras. Uma manhã e
tarde instigantes de debates acalorados, mas firmes e com o propósito único de
melhorar e fortalecer o curso de letras neste século XXI. Discutimos quatro
temas: o currículo do curso de Letras:
ensino, pesquisa e extensão; o modelo atual de estágio e as práticas
pedagógicas; as áreas de atuação do profissional de Letras no mercado de
trabalho; a relação da sociedade com as áreas de conhecimento de Linguística,
Letras e Artes. Para cada um deles elaborados compromissos e propostas para
nosso curso. Na plenária de consolidação, realizada na noite deste dia seis,
imprimimos um marco na história deste campus universitário. Professores e
estudantes juntos debatendo e aprimorando as propostas do fórum e estabelecendo
o renascimento do curso de Letras através da força e da coragem de enfrentar
tudo e todos. A democracia, o debate, o diálogo, o riso, a alegria são, agora,
as bases do nosso curso de Letras.
No último dia iniciamos
as atividades com três minicursos num diálogo com a História junto às
professoras Diná Schmidt e Débora Kreuz, na reflexão sobre o estágio com as
professoras Karla Marques e Camila Marques. A tarde desse nosso último dia foi
abrilhantada com as apresentações dos professores Fúlvio Saraiva e Alyni
Ferreira. Um espetáculo de entrega e de conhecimento foi apresentado na
apresentação dos banners feitos por vários estudantes de Letras, nossos
estudantes, nossa resistência. Encerramos nossas atividades com a argúcia e
sabedoria do digníssimo professor Edson Soares Martins. Agradecemos, portanto,
a todos que aceitaram o convite de integrar-se a esse espírito de reflexão e de
luta.
Com a leitura marcante
desta carta de Oeiras somos uma única voz: resistência, Letras vive! E
apresentamos a todos e todas as nossas reivindicações e proposições para que se
diga em todos os lugares: Oeiras resiste e vive! Encerramos esta semana de
Letras indo dormir nos braços de Dionísio, mas atentos ao que nos diz o velho
jagunço Riobaldo do romance de João Guimarães Rosa: “o que a vida quer da gente é coragem”!
IV Semana de
Letras do Campus Professor Possidônio Queiroz
Oeiras, Piauí
07 de dezembro
de 2018.
FÓRUM DE DEBATES SOBRE O
CURSO DE LETRAS
CONSOLIDAÇÃO DAS TRS DEBATIDAS NOS GTS
Às dezenove horas e trinta minutos
do dia seis de dezembro de dois mil dezoito os participantes da quarta semana
de letras do campus professor possidônio queiroz da universidade estadual do
Piauí e integrantes do fórum de debates sobre o curso de letras reuniram-se no
auditório do campus para debater e consolidar as propostas construídas no
referido fórum que deverão ser encaminhadas às autoridades competentes para que
se discuta e se implemente as propostas na forma da lei.
TEMA I: O currículo do curso de Letras: ensino, pesquisa e extensão
1. Inserir a
disciplina de Metodologia do Trabalho Científico no primeiro semestre do curso
de Letras/Português e manter a disciplina Iniciação a produção de gêneros
acadêmicos;
2. Reformular
a carga horária das disciplinas de literatura na perspectiva de aumentar os
conteúdos abordados e readequar as ementas visando à inserção e cumprimento da
lei 11.645/2008;
3. Descontruir
o utilitarismo vinculado à produção científica atual em detrimento das áreas de
humanas;
4. Garantir a
inextrincabilidade entre ensino, pesquisa e extensão no curso de
Letras/Português;
5. Criar e
incentivar a criação de revistas acadêmicas online na área de Letras;
6. Fiscalizar e
impedir qualquer tipo de ato de violência contra o professor;
7. Viabilizar
a criação de Escolas de Aplicação geridas pela universidade e uma perspectiva
dialética de construção do conhecimento através da integração entre ensino,
pesquisa e extensão.
8. Criar e
implantar um cursinho pré-ENEM gerido pelo curso de Letras, com a possibilidade
de incorporação de novas áreas.
TEMA II: O modelo atual de estágio e as práticas pedagógicas
1. Promover a
articulação entre a universidade e a comunidade escolar criando projetos de
intervenção em benefício da sociedade;
2. Criação e
regulamentação das Coordenações de área em Literatura, Linguística e Estágio no
regimento interno do colegiado de curso;
3. Conscientizar
os graduandos da importância das disciplinas de Práticas Pedagógicas;
4. Utilizar os
relatórios de observação do ambiente escolar para reivindicar melhorias físicas
e didático-pedagógicas, percebida a necessidade, junto às autoridades
competentes a nível municipal, estadual e federal;
5. Promover a
socialização dos relatórios de estágio em eventos específicos para este fim.
TEMA III: As áreas de atuação do profissional de
Letras no mercado de trabalho
1. Integrar os
movimentos de luta pela valorização do salário dos professores da educação
básica;
2. Promover
parcerias e convênios com empresas dos setores público e privado a fim de
diversificar o estágio curricular do curso de Letras;
3. Criar um
observatório da educação a fim de fiscalizar e propor melhorias nas políticas
públicas voltadas para o âmbito educacional;
4. Lutar e
manter-se mobilizado contra o Escola sem Partido e quaisquer outros movimentos
que atentem contra a liberdade de cátedra e direitos do professor no exercício
de sua função.
TEMA IV: A relação da sociedade com as áreas de
conhecimento de Linguística, Letras e Artes.
1. Promover ações
motivacionais e políticas de permanência e assistência estudantil durante o
curso na tentativa de evitar a evasão;
2. Criar uma
associação, sem fins lucrativos, das licenciaturas para fiscalizar e propor a
realização de concursos públicos para professor a nível municipal e estadual.
3. Realizar
ações de valorização da docência nas escolas;
4. Promover
ações de divulgação do curso de Letras da UESPI-Oeiras nas cidades que compõe o
Vale do Canindé;
5. Criar o
site do curso de Letras – UESPI-Oeiras
Oeiras – Piauí, 06 de dezembro de 2018
Política, Ideologia e Linguagens
O curso de Letras é o lugar de excelência para o pensamento e construção dos conhecimentos acerca da linguagem oral e escrita em seus usos pragmáticos e artísticos, o lugar de excelência para uma reflexão sobre o ensino de língua materna, de outras línguas, de outros saberes e pensamentos que constituem nossa humanidade e as relações que estabelecemos através dos signos, linguísticos ou não. Entretanto, este lugar de excelência tem sofrido, como outros lugares que acolhem o saber humanístico, inúmeros ataques de várias maneiras. Temos sofrido os ataques corriqueiros de projetos político-governamentais que estrangulam o orçamento para nossos cursos de Letras; temos sofrido ataques ideológicos de tecnocratas e burocratas que sequestram os currículos dos cursos de Letras e da Língua Portuguesa em bases curriculares que alienam as classes menos favorecidas; temos sofrido ataques dentro de nossas próprias entranhas com pouca inovação e pouca pesquisa. Os professores da educação pública são aviltados com seus direitos desrespeitados e a escola é cada vez mais um lugar que distorce a fundamentalidade do conhecimento humanístico. Em meio a tantos ataques, o curso de Letras parece enfraquecer, um guerreiro atacado, quase morto, prestes a desaparecer. Mas, eis que os fatores que garantem a sobrevida desse curso, as pessoas (estudantes, professores, sociedade) e os livros, resistem, permanecem, vivem, festejam, pensam e o curso de Letras pode e deve reerguer-se, permanecer em luta perene contra a ignorância e a mecanicização das relações humanas.
Bem-vind@s a IV Semana de Letras do Campus Professor Possidônio Queiroz.
PROGRAMAÇÃO GERAL
(sujeita a alterações após o credenciamento/inscrições
presenciais)
Dia 05 de
dezembro de 2018
1.
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – PROJETO E MONOGRAFIA - José Marcelo Costa dos Santos (a oficina
será realizada no dia 05.12 das 8h às 12h)
1.
UMA INTERPRETAÇÃO DA REPRESENTAÇÃO FEMININA NA PERSPECTIVA
DAS PERSONAGENS: MARIA RAQUEL E TEREZA ARAÚJO, EM GALILÉIA DE RONALDO CORREIA
DE BRITO - Aline Rodrigues dos Santos
2.
A PEDAGOGIA GRIÔ DO MESTRE ZÉ SANTANA - José Marcelo Costa dos Santos, Maria do Amparo Borges Ferro
3. A
CONFIGURAÇÃO DO MEDO: SIMBOLOGIA DO DEMÔNIO E DA CRUELDADE EM O VILAREJO, DE
RAPHAEL MONTES - Joyce Soares Santos da
Silva
A
conferência de abertura será apresentada pelos professores doutores Messias dos
Santos Santana (UESPI) e Harlon Homem de Lacerda Sousa (UESPI) que trarão um
relato de suas experiências como estudantes, professores e gestores do curso de
Letras.
A
apresentação cultural ficará a cargo do professor e músico Vivaldo Simão com um
ESPECIAL de músicas do cantor latino-americano Belchior.
Dia 06 de dezembro de 2018
Dia 07 de dezembro de 2018
1. Diálogos entre História e
Literatura: A Literatura de Viagem como Fonte e Objeto – Profa. Me. Diná Schmidt
2. “Memórias da Ditadura de
Segurança Nacional brasileira (1964-1985): possibilidades para o ensino” - Profa. Me. Débora Strieder Kreuz
3. O estágio supervisionado como um
espaço para a pesquisa e desenvolvimento profissional - Prof. Dra. Camila Maria Marques Peixoto (UNILAB) e Prof. Me. Karla
Maria Marques Peixoto (UESPI)
4.
Por uma competência construtiva /
5.
Distância entre a legalidade e a realidade no ensino e na
aprendizagem de Língua Portuguesa nos PALOP – Profa. Dra. Ana Angelica Lima
Gondim
6. O
uso das TICs no ensino da Língua Portuguesa na Unidade Escolar Desembargador
Heli Sobral. – Francisco Raimundo Chaves
de Sousa, Isabela Rêgo
7. A
Infância em (Des)encontro: Manoel de Barros e Arnaldo
Antunes – Me. Alyni Ferreira Costa
A
conferência de encerramento será proferia pelo professor doutor Edson Soares
Martins (URCA)
No último
dia de evento teremos uma noite dionisíaca para encerrar as atividades com
teatro, poesia e integração entre corpo e espirito.
FÓRUM DE DEBATES SOBRE O CURSO DE LETRAS
O FÓRUM DE DEBATES SOBRE O CURSO DE
LETRAS abre uma discussão fundamental para a análise da atual situação do curso
de Letras na Universidade pública brasileira, desde sua dimensão interna e
estrutural até a atuação do profissional de Letras no mercado de trabalho.
Portanto, apresentamos os eixos que deverão nortear as discussões deste fórum, suas
etapas e procedimentos até a confecção da CARTA DE OEIRAS com a consolidação de
propostas visando à melhoria e atualidade do nosso curso tanto na cidade de
Oeiras como no Brasil.
O FÓRUM será dividido em três
momentos:
A 1ª RODADA de debates ocorrerá na
manhã (8h00 às 12h00) de quinta-feira (06.12) e terá os participantes divididos
em 03 grupos de trabalho: GRUPO 01: PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA, GRUPO 02: PROFESSORES
DO ENSINO SUPERIOR, e GRUPO 03: ESTUDANTES.
A 2ª RODADA de debates ocorrerá na
tarde (14h00 às 18h00) de quinta-feira (06.12) e terá 03 GRUPOS MISTOS
(formados a partir dos três grupos de trabalho da primeira rodada). Os grupos
mistos aprofundarão os temas discutidos na primeira rodada.
Os três grupos debaterão os
seguintes temas:
TEMA I: O currículo do curso de Letras: ensino, pesquisa e extensão;
TEMA II: O modelo atual de estágio e as práticas pedagógicas;
TEMA III: As áreas de atuação do profissional de Letras no mercado de
trabalho;
TEMA IV: A relação da sociedade com as áreas de conhecimento de
Linguística, Letras e Artes.
Para cada tema deverão ser
produzidos Textos de Referência (TR) no formato de propostas deliberadas pelos
grupos de trabalho (artigos). A quantidade de TRs é livre e de escolha dos
grupos de trabalho.
No turno da noite (18h00 às 22h00) será
composta a PLENÁRIA DE CONSOLIDAÇÃO formada pelos integrantes dos grupos de
trabalho e dos grupos mistos. Os participantes se reunirão em conjunto no auditório
do campus para a consolidação das TRs que será a base para a CARTA DE OEIRAS.
Texto que será entregue às autoridades educacionais e políticas em nome da
comunidade acadêmica e da sociedade civil.
DOS GRUPOS DE TRABALHO
Cada grupo escolherá entre os
integrantes um presidente, um secretário e um escrivão que dirigirão os
trabalhos do grupo e integrarão a mesa. Os grupos mistos deverão, necessariamente,
ter um representante dos professores da educação básica, dos professores
universitários e dos estudantes. A mesa nos grupos mistos deverá ser composta
por um membro de cada categoria.
A plenária de consolidação será
presidida, necessariamente, por um membro dos professores da educação básica,
um membro dos professores universitários e um membro dos estudantes eleito por
todos os presentes.
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