A mais recente pandemia trouxe-nos esta provocação: como a escola poderá propor trabalhos voltados aos múltiplos letramentos? Entendamos letramento, segundo Soares (2010), não como sinonímia do alfabetizar, mas como a prática de ensinar a ler e escrever dentro de um contexto. Embora o letramento seja indecifrável, pois, segundo Kleiman (2005), é um processo complexo por envolver mais que uma habilidade. Justamente por isso é necessário repensar as práticas de ensino através do letramento digital que, tal como dissera Silva (2018), é um conjunto de atividades sociais muito presente no cotidiano. . Destarte, é possível compreender que “a significação da representação social é determinada pelo contexto social, ou seja, pelo contexto ideológico e pelo lugar ocupado no sistema social pelo indivíduo ou grupo representador”, Santos, (p. 45, 2011). Uma investigação na área de letramento, identidades e formação de educadores(as) a partir da perspectiva étnico-racial e classe, com foco nas políticas públicas voltadas ao acesso e à permanência de discentes de escolas públicas. Assim, proveio o objetivo de propor um letramento digital capaz de permitir que os(as) egressos(as) (principalmente os/as cotistas) se sintam na condição de sujeitos deste processo de ensino-aprendizagem. Através de uma abordagem qualitativa para se obter um conhecimento profundo no tocante às características culturais dessa comunidade.