12/05/2023 | das 14h00 às 15h30 | Via Zoom | 30 vagas
com Galciani Neves
Cruzeiro do Sul é o nome da menor constelação visível por seres humanos de que se tem registro. Suas 5 estrelas só podem ser vistas no Hemisfério Sul. Um dos mais importantes trabalhos da recente história da arte brasileira leva o nome dessa pequena constelação – um cubo de 9 mm³, feito de pinho e carvalho por Cildo Meireles e dedicado ao povo Tupi, para quem essas espécies de árvores são consideradas divindades sagradas. O trabalho foi exposto em 1970 na mostra “Information”, no MoMA, em Nova York. Nessa ocasião, Cildo escreveu um texto para o catálogo da mostra, no qual organizou sua estruturação poética e política, criticou as peripécias conceituais do sistema da arte e ainda desenhou a paisagem invisibilizada e marginalizada de “Abya Yala”, na língua do povo Kuna: ”Terra madura”, “Terra Viva” ou “Terra em florescimento” – expressão que vem sendo usada pelos povos originários do continente como sinônimo de “América”. Tanto tempo depois de sua primeira publicação, o seminal texto de Cildo segue apontando questões atuais e nos questionando: onde pisamos, onde estamos, com que terra nos relacionamos quando produzimos arte?
Público-alvo
As discussões suscitadas por esse texto podem interessar a profissionais da arte e da cultura que desejam pensar a respeito de seu terreno de ação, acerca de uma ecologia decolonial e sobre a produção artística que se desenvolve a partir de relações com o lugar.
Observações
O texto para leitura prévia será enviado aos participantes por e-mail.