IFCE - Instituto Federal Ceará | Campus Fortaleza - Fortaleza - Ceará - Brasil
América Latina e Revolução são duas expressões indissociáveis. Eric Hobsbawm costumava dizer que nenhum intelectual de esquerda resistia ao feitiço dessa região, local onde “borbulhava a lava das revoluções sociais”. Não à toa, podemos dizer que o século XX, na América Latina, começou com a Revolução Mexicana. Nos anos 50, no momento em que parte da esquerda europeia saía de cena, a primeira revolução de caráter operário explodia na Bolívia. Mas foi com a Revolução Cubana em 1959 que se inauguraria uma era de agitação social e esperança transformadora. Interrompida por uma série de golpes militares e uma forte intervenção dos EUA, o século XX terminava com a lava da revolução esfriando e fornecendo solo rígido à via única do neoliberalismo.
Os primeiros anos do século XXI na América Latina pareciam querer trazer de volta a chama do velho vulcão. Após anos de dominância do modelo neoliberal, diversos países tiveram a oportunidade de serem governados por partidos identificados com a esquerda, no que se convencionou chamar de “onda progressista”. A tônica desse modelo não era outra senão superar a tragédia neoliberal que assolou os países da região. No entanto, passada duas décadas da primeira experiência, o que vimos foi o retorno de governos conservadores e neoliberais, ainda mais radicalizados, ao plano político. Compreender esse movimento, os motivos que interligam esses fenômenos em diversos países, perpassa pela realização de um diálogo crítico entre o passado e o presente da América Latina.
É nesse sentido que iniciamos a construção e ampliação desse diálogo que, de forma colaborativa e envolvendo troca de experiências, reflexões críticas e um olhar ampliado, propomos a construção do projeto de extensão: “América Latina e o fim da onda progressista - Crise e desafios”. Acreditamos que a realização dessa proposta possa contribuir para a compreensão do momento político atual, além de semear a importância dos estudos sobre nossa região, suas características e desafios na construção de uma alternativa ao capitalismo.
Dessa forma, esperamos colaborar na construção e renovação do pensamento crítico do campo da esquerda, através da discussão coletiva e plural, na busca por caminhos que apontem para o fortalecimento do campo popular e das maiorias sociais, para maior robustez e viabilidade de um projeto alternativo de sociedade bem como fortalecimento da resistência contra todo e qualquer retrocesso político, econômico e social que nos dias de hoje ameaçam fortemente a nossa sociedade.
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