Este é um evento online
A I Jornada de Saúde e Inclusão, evento online realizado pelo Projeto Cais, surgiu diante da percepção do despreparo de muitos estudantes e profissionais da área da saúde no atendimento e tratamento de pacientes integrantes de grupos minoritários. A exclusão desses grupos no âmbito da saúde é algo recorrente e, muitas vezes, suas necessidades e hábitos específicos são pouco explorados nos cursos de graduação da área da saúde.
Para além de disseminar informações sobre a saúde e inclusão desses grupos negligenciados, nosso evento tem como objetivos arrecadar fundos que serão revertidos em doações para diversas famílias do Vale do Jequitinhonha, uma das regiões mais empobrecidas do Brasil, localizada no nordeste de Minas Gerais. Dessa forma, os participantes poderão realizar suas doações no momento de realização da inscrição na I Jornada de Inclusão e Saúde, ou através de nossa vaquinha online.
A programação completa das atividades de nosso evento será postada em nosso Instagram e nessa página oficial do evento. O evento ocorrerá às quintas-feiras, a partir das 18h, iniciando-se no dia 24 de setembro de 2020 até finalizando-se no dia 15 de outubro de 2020. Você já pode conferir como será a divisão dos temas abordados por dia:
Jornal, PodCast e a Filantropia
O Projeto Cais é um projeto idealizado e realizado pelo Centro Acadêmico Livre de Medicina Dr. Juscelino Kubitschek (CALMED-JK), da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, na cidade de Diamantina/MG.
Tal iniciativa, hoje realizada por 16 discentes de Medicina, tem como objetivos a disseminação de informações de qualidade, em combate as fake news, para o meio acadêmico e a mitigação de vulnerabilidades sociais do Vale do Jequitinhonha, região marcada pela pobreza e desigualdade social.
Assim, disseminamos informações através do Jornal Invento o Cais, com textos e posts no Instagram de conteúdos interessantes e pertinentes a acadêmicos, fomentando o senso crítico. Além disso, o projeto possui um PodCast, também denominado Invento o Cais. A cada semana convidamos um especialista para debater diversos assuntos, como, por exemplo, o Manejo de COVID-19 nas favelas do Rio de Janeiro, a Saúde LGBTQIA+, os Desafios do Ensino Superior, o Cárcere no Brasil e os desafios atuais do Movimento Estudantil.
Para diminuirmos as vulnerabilidades sociais do Vale do Jequitinhonha, o Projeto Cais realiza eventos para arrecadar fundos destinados a compras de cestas básicas, produtos de higiene e demandas locais para diversas famílias em vulnerabilidades sociais. Como sua primeira ação, foi realizado o I Congresso Acadêmico de Medicina Online do Vale, com o tema "Educação, Ciência e Transformação", que ocorreu nos dias 08, 09 e 10 de julho de 2020. Os resultados do evento e suas doações, você pode conferir no vídeo abaixo:
Você pode realizar sua doação do valor que quiser e puder no momento da inscrição na I Jornada de Saúde e Inclusão, ou através de nossa vaquinha online. O Vale do Jequitinhonha conta com sua ajuda para mitigar os desafios a mais durante a pandemia de COVID-19.
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Jequitinhonha. Palavra de etimologia indígena, quer dizer rio largo e cheio de peixe. É essa origem que nomeia e diz muito sobre o Vale. Situado no nordeste de Minas Gerais e no sul da Bahia, o Vale do Jequitinhonha é dividido entre as regiões do alto, do médio e do baixo Jequitinhonha, acompanhando o curso do rio que nasce na Serra do Espinhaço, na cidade de Serro, e tem sua foz na cidade de Belmonte, Bahia. O rio assume importante protagonismo na localidade, pois além de associar-se ao desenvolvimento de importantes atividades, fortifica o distinto elo social, cultural e econômico compartilhado pelos moradores do Vale.
Anísia Lima de Souza, Poço D’água, Turmalina, setembro de 2017. Fotografia tirada e cedida por Lori Figueiró.
A pesca e a agricultura familiar, legados ancestrais, são a fonte de renda de diversas famílias e fomentam a organização de feiras livres em muitos municípios. Pescar, plantar e colher são hábitos antigos que movimentam a economia do Vale. Além disso, o artesanato é uma importante tradição da região, sendo a confecção de cerâmicas, por exemplo, reconhecida como patrimônio imaterial de Minas Gerais pelo IPHAN. O turismo e o ecoturismo apresentam-se como grandes potencialidades. A monocultura de eucalipto, o garimpo, a mineração e as carvoarias também são atividades praticadas nessa região, o que contribui para o aumento das disparidades sociais
Nessa perspectiva, o vale do Jequitinhonha porta-se como um mosaico: apesar da existência de ricos municípios, há também marginalização, pois grande parte da população convive com baixos indicadores sociais, como de saúde e de educação, denotando um baixo IDH, segundo o IBGE. Por esse motivo, essa região é considerada uma das mais empobrecidas do Brasil e a força para vencer esse desafio está no olhar de muita gente que mora no Vale, basta observar por entre as janelas das casas de pau a pique que quase sempre te chamam para "entrar e tomar um cafezin".
É buscando adentrar nesse universo e aprender sobre a pluralidade sociocultural endêmica do Vale, que o Projeto Cais criará pontes entre a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e o povo local, a fim de, juntos, propor transformação e emancipação social, econômica e cultural. Travessia.
?José Acácio de Souza e Julio Pereira da Silva, Alto Caititu, Berilo, março de 2016. Fotografia tirada e cedida por Lori Figueiró.
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