IV Seminário Internacional: diferentes olhares do trabalho socioeducativo

IV Seminário Internacional: diferentes olhares do trabalho socioeducativo

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Sobre o evento


Tema: Resistir e avançar na luta pela socioeducação.



Apresentamos o ‘IV Seminário Internacional: diferentes olhares do trabalho socioeducativo’, com a temática: Resistir e avançar na luta pela socioeducação. O evento ocorrerá dias 6 e 7 de novembro, no formato online. Esta é mais uma iniciativa do Laboratório de Proteção e Inclusão Social (LabProSocial) do Programa de Pós-graduação em Promoção da Saúde, da Universidade de Franca (PPGPS/UNIFRAN).


Quando nos referimos à resistência e a luta estamos nos reportando às ameaças que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a socioeducação vem sofrendo. Desde o ano de 1993 tramitam no Congresso Nacional, propostas de emenda constitucional, para a redução da maioridade penal. 


A última tentativa tramitava desde 2015 e foi mais uma vez arquivada. Infelizmente, os últimos anos têm sido marcados pela retomada perigosa de pautas conservadoras vinculadas à lógica punitiva, desvelando uma ideologia conservadora, autoritária e higienista.


De acordo com o Instituo Terra e Cidadania (2024) não existe nenhum estudo que estabeleça uma relação direta entre o recrudescimento das políticas penais e a diminuição da criminalidade. Há que se ressaltar que há um grande engodo sobre a impunidade dos adolescentes que cometeram ato infracional. A prática do ato infracional não está imune à responsabilização, pois as medidas socioeducativas são aplicadas conforme a natureza e gravidade do ato infracional.


Por outro lado, dados do último levantamento do SINASE (2023) demonstram que houve uma redução no número de adolescentes cumprindo medidas de privação de liberdade, correspondendo a aproximadamente, 11.556, ao passo de que em 2017, eram 24.803 adolescentes. A maior incidência é de ato infracional tipificado como tráfico de drogas, seguido de roubo e furto.  Porém, o Sistema Socioeducativo, continua sendo predominantemente de adolescentes que se declaram de cor parda ou preta, sendo estes 63,8% do total de ingressos, contra 22,3% daqueles que se declaram brancos. 


Dados do Comitê Paulista pela Prevenção de Homicídios na Adolescência (2024) entre adolescentes vítimas de violência letal e identificados nas bases de dados das secretarias estaduais de SP, 90% viviam em situação de pobreza, dois terços tinham abandonado a escola e metade morreu em menos de um ano após saída da Fundação Casa.


O racismo estrutural impacta no atendimento socioeducativo no país e, principalmente a respeito da seletividade penal, punitivismo e criminalização das classes mais pobres, pois 19,1% dos adolescentes, estão inseridos em famílias com renda de até 1 salário-mínimo, e 58,9% de famílias que sobrevivem de atividades informais ou sem qualquer renda.


O adolescente deve ser compreendido como um sujeito em processo peculiar de desenvolvimento. O ato infracional é uma forma de mediação e de respostas aos impasses e tensões vivenciadas, compreendido no contexto das histórias de vida, dos fatores de risco: elevada vulnerabilidade; tendência à exclusão social; situações de negligência e abandono; pobreza; criminalidade e violência na família, na escola, na comunidade e na sociedade em geral; e abuso de substâncias psicoativas.  


Entretanto, os adolescentes inseridos na socio educação permanecem em situação de invisibilidade no âmbito das políticas públicas, identificada por meio do não acesso a elas ou na sua desqualificação quanto ao reconhecimento das reais necessidades do sujeito e produção de respostas adequadas. Estão imersos em processos de exclusão e de negação dos direitos, de desigualdade social e de ausência de oportunidades, de falta de expectativas sociais e a desestruturação das instituições públicas (COSTA, 2005).


A insensibilidade diante dos processos de desigualdade e pobreza, a falta de conhecimento dos fatores objetivos e subjetivos presentes no ato infracional, são gritantes por parte da classe política, das elites e da sociedade em geral. A quem realmente interessa a redução da idade penal e a culpabilização das classes subalternizadas? 


Por aqui continuarmos a resistir e lutar pelo reconhecimento dos direitos de cidadania dos adolescentes, por uma socioeducação mais digna e ampliada, na perspectiva da cultura da paz e de melhores condições de vida para toda a população!

 

Prof. Dra. Regina Celia de Souza Beretta

Coordenadora do IV Seminário Internacional: diferentes olhares do trabalho socioeducativo




                                                                                                                        


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Comissão Organizadora

Profa. Dra. Regina Célia de Souza Beretta (UNIFRAN)

Prof. Dr. Luciano Aparecido Pereira Junior (Calafiori)

Prof. Me. Rangel de Andrade Silva (UNIFRAN)

Mestranda Tamires Mota de Oliveira (UNIFRAN)

Mestrando Talisson Roberto Bergamim (UNIFRAN)

Raquel Camargo (UNIFRAN)

Comissão Científica

Profa. Dra. Regina Célia de Souza Beretta (UNIFRAN)

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Prof. Me. Rangel de Andrade Silva (UNIFRAN)

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Profa. Ma. Tatiane Ferreira Souza Machado (UNIFRAN)

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