IV JORNADA PSICANALITICA PSICANALISE, CULTURA E SOCIEDADE – POR UMA PSICANALISE APLICADA.

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IV JORNADA PSICANALITICA

PSICANALISE, CULTURA E SOCIEDADE – POR UMA PSICANALISE APLICADA.

"Deve renunciar à prática da psicanálise todo analista que não conseguir alcançar em seu horizonte a subjetividade de sua época" (Lacan, 1998, p. 321)[1].

A psicanálise aplicada tem sido objeto de debate dentro de alguns círculos psicanalíticos, onde alguns psicanalistas questionam se o diálogo com outros campos do saber estaria desviando a prática da psicanálise de seu rigor teórico. No entanto, Freud não se limitou apenas à prática clínica; ele buscava entender como o inconsciente influencia e se manifesta em diversos aspectos da cultura e das relações humanas.

Na dissidência com Adler, sobre a crítica de que a psicanálise dava pouca importância aos fatores culturais na formação psíquica do homem e no surgimento das neuroses, Freud responde com o texto Totem e Tabu, inaugurando com este gesto um novo olhar – a Psicanálise Aplicada. Ele se engajava em discussões animadas sobre psicanálise aplicada e sua interseção com outros campos do conhecimento na Sociedade das Quartas-Feiras.

A proposta da IV Jornada Psicanalítica, que explora o político-social e cultural na atualidade, reflete esse espírito de aplicação da psicanálise em diversos contextos. Essa incursão é uma oportunidade para compreender como os conceitos psicanalíticos podem contribuir para a análise e compreensão das dinâmicas sociais e culturais que afetam o indivíduo e a sociedade como um todo.

O diálogo entre a psicanálise e outros campos do saber pode enriquecer a compreensão humana e contribuir para uma prática clínica mais contextualizada e sensível às complexidades da vida moderna. É importante que a psicanálise continue a se renovar, refletindo sobre suas bases teóricas e explorando novos territórios para, assim, manter-se relevante na compreensão do sujeito e suas relações com o mundo.

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