Em sua quarta edição o Colóquio objetiva apresentar e discutir projetos de pesquisa, pesquisas em andamentos,
produções teóricas que tangenciem o tema Cultura
de Rua e Saberes descentrados – 50 anos de Hip Hop, objetivando o estudo do racismo, do antirracismo e/ou a
mobilização de marcos teóricos e metodológicos de pensadores e pensadoras
negros e negras contemporâneos.
O Colóquio será realizado de forma remota, nos 27 de novembro e será coordenado pelxs professorxs Maria do Carmo Rebouças (UFSB), Lidyane Ferreira (UFSB), Richard Santos (UFSB) e Daniele Almeida (GP-PNC/PeXJNN), e também do pesquisador Pedro Monteiro (GP-PNC).
PRAZO PARA SUBMISSÕES: 26 DE SETEMBRO À 16 DE NOVEMBRO 2023
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DESCRIÇÃO DOS GRUPOS DE TRABALHO
GT 1 - RACISMO EPISTÊMICO, EPISTEMOLOGIAS DO SUL E AFROCENTRADAS
O racismo epistêmico durante longo período operou invisibilizando as produções intelectuais da população negra, das mulheres, das populações indígenas e de outras minorias. Assim, o GT visa o debate sobre as epistemologias que foram e são produzidas pelas(os) autoras(es) do Sul, em especial, as epistemologias elaboradas a partir da diáspora, da ancestralidade negra, e, portanto, afrocentradas, como por exemplo a pedagogia de terreiros.
Coordenação: Profa. Joceneide Cunha dos Santos (joceneidecunha@gmail.com) e Doutoranda Sarah Carime Braga Santana (sarah.braga@live.com).
GT 2 - EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA: ABORDAGENS TEÓRICAS E PRÁTICAS INSURGENTES
A construção de uma sociedade mais igual perpassa pelo respeito as diversidades que a compõem. A educação antirracista, aqui ampliada para outras possibilidades como antissexista e anti-homofóbica, possibilita o debate sobre o racismo, seus efeitos e possibilidades de superação. Nessa seara é importante também as discussões trazidas pelas Lei n° 10.639/03 e Lei n° 11.645/08, bem como, as abordagens teóricas e práticas delas decorrente realizadas por professoras(es) em espaços formais e não formais.
Coordenação: Profa. Eliana Povoas (elianapovoas.ppger@gmail.com) e Prof. Serinaldo Araujo (odlanires1@gmail.com).
GT 3 - FEMINISMOS NEGROS E CORPOS DISSIDENTES
A sociedade brasileira, a partir de um sistema de colonialidade de poder, foi estruturalmente fundamentada, em uma ideologia patriarcal, racista e heteronormativa. Nesse contexto, os marcadores sociais de raça, gênero e sexualidade, foram utilizados para reificar, desumanizar e construir sistemas de opressões aos corpos dissidentes. A luta, frente a essas violências, porém, sempre aconteceu, das mais variadas formas e ações, nesse escopo, é imprescindível a efetivação de diálogos e compartilhamento de pesquisas sobre essas trajetórias de luta e construções de epistemologias de resistência. A Academia precisa ser um espaço a mais, na efetivação do espírito de agência, insurgências e re(existências), através dos estudos dos feminismos negros e sexualidades dissidentes.
Coordenação: Profa. Lidyane Ferreira (lidyane.ferreira@csc.ufsb.edu.br) e Doutoranda
Maíra Honorato Marques de Santana (mairahms@yahoo.com.br)
GT 4 - CULTURA DE RUA E SABERES DESCENTRADOS: 50 ANOS DE HIP HOP
Propõe reflexão analítica sobre educação descolonial e os saberes descentrados associados a insurgência Hip Hop. Com a ascensão da cultura Hip Hop no Brasil vimos a renovação política do movimento negro organizado, pedagogos como Paulo Freire a frente de projetos educacionais como o “Rap...ensando a educação em SP”, e uma série de atrizes e atores sociais emergindo das periferias, “Campos da Maioria Minorizada – Territórios Negros”, no dizer de Richard Santos, e acessando a sala de aula. Como isso tem se refletido na produção oposta a Colonialidade? Quais fundamentos da cultura de rua têm sido articulados para a identidade, reconhecimento, entrada e saída das pessoas negras, periféricas, não brancas, concluírem o trânsito entre a entrada e saída da universidade é o que buscamos neste GT.
Coordenação: Prof. Richard Santos (richardsantos@ufsb.edu.br) e Profa. Verônica Souza (veronicasouza@ifba.edu.br).