Este evento pretende reunir lideranças indígenas de distintas etnias do Brasil, que atuam no campo da educação, do meio ambiente e das artes para a explanação sobre os referidos temas na contemporaneidade brasileira. Trata-se de propiciar uma discussão no campo acadêmico e para a comunidade externa sobre as dificuldades na aceitação da alteridade, que, por sua vez, conformam preconceitos e discriminações dirigidas aos indígenas e suas respectivas culturas. Propõe-se, então, a exposição e o debate de determinadas cosmopercepções indígenas sobre as relações harmoniosas com a natureza, as formas de organização social e política, a diversidade sexual e as expressões artísticas ancestrais e contemporâneas existentes nas etnias envolvidas no evento. Estas distintas perspectivas ao afirmarem a cosmopercepção indígena contestam a pretensão de uma sociedade homogênea e desigualitária, no que se refere aos direitos constitucionais. A proposta envolve, portanto, um diálogo entre as linguagens científicas com os saberes tradicionais indígenas a fim de se buscar conhecimentos para o estabelecimento de relações éticas em sociedade.