Na contemporaneidade tem-se percebido cada vez mais a fluidez nas relações humanas, bem como a dificuldade dos indivíduos em se perceberem enquanto seres únicos, com vontades e estilos pessoais de ser e de viver. O universo moderno traz consigo uma novidade: viver o encontro pelo ambiente virtual, produzir personalidades, desenvolver traços e características de acordo com o interesse dos perfis. Há uma diluição do ser, do existir e do sentir, gerando identidades frágeis, passageiras e vínculos cada vez mais efêmeros.
“Que seja eterno enquanto dure” é o lema atual. Contudo, o eterno pode durar horas ou mesmo minutos...
Em um átimo de segundo tudo pode se modificar, um vírus pode nos assolar, o distanciamento dos nossos corpos pode se tornar o novo imperativo para nossa sobrevivência. Como a realidade ecoa em nossa subjetividade? O que ficou e ainda reverbera em nossa identidade?
Esperamos que nossa Jornada seja um espaço para que possamos refletir sobre a possibilidade de novos sentidos para esses sons difusos que tanto ecoam em nós.