A
sustentabilidade apresenta-se como uma necessidade na consolidação de uma
sociedade mais justa, igualitária, disciplinada, ética e humana. Sua
importância capital está na busca de um equilíbrio que permita comungar
interesses voltados para o desenvolvimento econômico sem desconsiderar outros
aspectos como o social, por exemplo, em diálogo com as condições ambientais. O
impacto, expressão usada para demarcar alterações bruscas no meio ambiente,
aparece, também, para denunciar ações que provocam desequilíbrio entre uma
política de desenvolvimento e as condições ambientais. A gestão do meio
ambiente, nesta circunstância relacional entre sustentabilidade e impactos,
apresenta-se como capaz de assegurar, a partir de uma administração das
questões ambientais, maior controle, vigilância e prevenção de alterações no
meio ambiente.
A
percepção mais ampla da Amazônia é algo diferente e significativo. Como região
de floresta e cortada por muitos cursos d’água que tornam a terra úmida e
colabora na sua fertilização, ela também é observada como espaço que permite os
deslocamentos e comunicações e recebe projetos de intervenção voltados para o
desenvolvimento econômico. Essa faceta regional exige um exercício de
investigação e uma perspectiva de análise que valorize as experiências vividas
nessa vasta região e as múltiplas conexões, fluxos e compulsões internas e
externas, historicamente construídas, mas que passam por um coletivo de ações
que, em muitos aspectos, impactam o ambiente. O caleidoscópio movimento das
populações, os projetos econômicos e as forças das instituições deram lugar a
projeções de dramas e experiências sociais diversas e de complexidade em
relevo, o que tem imprimido um caráter inovador a este evento, com novas,
instigantes e necessárias abordagens.