II JORNADA DE LITERATURA, RESIDUALIDADE E TRANSDISCIPLINARIDADE

II JORNADA DE LITERATURA, RESIDUALIDADE E TRANSDISCIPLINARIDADE

presencial Instituto Federal do Ceará - Umirim - Ceará - Brasil

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Sobre o evento

Tendo em vista que os tempos, espaços e culturas estão em contínuo entrecruzamento, faz-se necessária a pesquisa acadêmica acerca dos elementos remanescentes de um tempo em outro. Para tanto, a Teoria da Residualidade, sistematizada por Roberto Pontes, em 1999, é de grande valia, uma vez que parte da premissa de que nada há de novo na cultura e na literatura, mas que, ao contrário, todo período contém em si elementos de tempos anteriores e diferentes lugares, trabalhando de forma integrada com as diversas disciplinas que envolvem Linguagens e Ciências Humanas.

Programação


 

7h30 às 9h

 

 

CREDENCIAMENTO (HALL DO AUDITÓRIO)

 

 

9h à 9h15

 

 

CERIMÔNIA DE ABERTURA (AUDITÓRIO)

 

 

9h15 às 9h30

 

APRESENTAÇÃO CULTURAL (AUDITÓRIO)

Grupo Entreversos (IFCE Umirim)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

9h30 às 11h

 

MESA REDONDA (AUDITÓRIO)

Mediação: Profª Ma. Thais Loiola (IFCE Umirim)

 

 – Idade Média residual –

 

“Carlos Magno residual no cordel e na cantoria nordestina: as Festas do Divino Espírito Santo e as cavalhadas”

Profª Drª Elizabeth Dias Martins (UFC)

 

“Resíduos medievais do corpo grotesco em Gabriela, cravo e canela, de Jorge Amado”

Profª Ma. Iêda Carvalhedo (IFCE Fortaleza)

 

“Resíduos medievais na poesia de Gilka Machado: o erotismo entre a culpa e a transgressão”

Profª Ma. Thais Loiola (IFCE Umirim)

 

11h às 13h

INTERVALO

 

 

13h às 15h

 

COMUNICAÇÕES ORAIS (AUDITÓRIO)

Mediação: Cídia Maiara Teixeira Sousa

(Bolsista PIBIC – IFCE Umirim)

 

15h às 15h30

INTERVALO

 

 

 

15h30 às 16h30

 

CONFERÊNCIA (AUDITÓRIO)

Mediação: Profª Ma. Iêda Carvalhedo (IFCE Fortaleza)

 

“Cavalhadas, manifestações residuais na cultura brasileira”

Prof. Dr. Roberto Pontes (UFC)

 

 

 

16h30 às 17h

 

 

CERIMÔNIA DE ENCERRAMENTO

SORTEIO DE LIVROS

(AUDITÓRIO)

 

 

Palestrantes

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Comunicações Orais - Resumos

RESÍDUOS DO AMOR CORTÊS EM A MORENINHA, DE JOAQUIM MANUEL DE MACEDO

 

  Francisco Henrique Oliveira Moura

 

Sabemos que o amor é uma prática que remonta de gerações e gerações. Apesar de estudiosos afirmarem que é uma criação do século XII, não significa dizer que até o século mencionado ninguém amava ou que não existia amor. Porém, a maneira como o amor foi representado na literatura, na cultura e no imaginário coletivo sofreu uma inflexão importante no século XII, inflexão esta que até os dias atuais determina a maneira como vemos o amor, a ideia do amor romântico, que remonta a uma tradição que encontramos no século XII – o amor cortês.  Com todo este ideal, analisaremos e aplicaremos os estudos da Teoria da Residualidade, formulada por Roberto Pontes (1999), em A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, buscando encontrar resíduos do amor medieval que foi criado no século XII com o Trovadorismo e todo o ideal de amor relacionado à época. O romance A Moreninha é uma obra de forte apelo popular que marca o início do Romantismo Brasileiro, que ainda estava a caminhar durante a época. O romance representa os hábitos de uma juventude burguesa e carioca, abordando a realidade da época. Nosso objeto geral é encontrar resíduos do amor medieval na obra já citada, que remonta ao sofrimento amoroso presente no Trovadorismo e representado nas cantigas de amigo e amor. O sofrimento da mulher, que é retratado em alguns capítulos do romance, nos faz voltar à época do jogo do amor, da distinção de classes, da visão dúbia sobre o amor na obra, isto é, aos tempos medievais, trazendo à tona o amor cortês.

Palavras-chave: Residualidade. Amor cortês. A Moreninha.

 

 

RESÍDUOS BARROCOS NO ROMANCE INOCÊNCIA, DE VISCONDE DE TAUNAY

 

Maria Eduarda Costa Alves

Jefferson Paiva Brito

Jéssica Thais Loiola Soares

 

No presente artigo trataremos a respeito das características do Barroco encontradas na obra do romancista Visconde de Taunay, Inocência, numa análise em que abordaremos as características do Barroco hibridizadas com as do Romantismo, considerado por muitos autores como o primeiro estilo literário que o nosso país vivenciou efetivamente e com consciência nacional. Para realizar este trabalho, usaremos a Teoria da Residualidade, sistematizada por Roberto Pontes (1999), e procuraremos mostrar os resíduos do Barroco junto a elementos do próprio estilo literário em que o livro foi escrito, fazendo uma interrelação com o Romantismo existente na obra. No decorrer deste trabalho, analisaremos o romance em questão e mostraremos os resíduos de um estilo anterior presente em outro que o sucedeu quase dois séculos depois, o que comprova que as culturas e, especificamente, as literaturas, mesclam-se umas com as outras, influenciando-se mutuamente.

Palavras-chave: Residualidade. Barroco. Romantismo.

 

 

RESÍDUOS DO NATURALISMO EM O QUINZE, DE RACHEL DE QUEIROZ

 

Ana Raquel Alves da Silva

Jéssica Thais Loiola Soares

 

O romance O Quinze, de Rachel de Queiroz, faz parte da segunda geração modernista e tem como referência a grande seca de 1915, representando a miséria e a marca da desigualdade social que se fez presente no período em questão. Na obra mencionada, é nítida a presença de elementos característicos do Naturalismo no Brasil, a saber: problemas da realidade social, descrição minuciosa da miséria e do ambiente, determinismo, representação objetiva da realidade, características essas que compõem a sociedade e as obras naturalistas no final do século XIX. Neste artigo, buscaremos encontrar tais elementos do Naturalismo em O Quinze, tomando como base a Teoria da Residualidade, formulada por Roberto Pontes (1999), segundo a qual em toda cultura há elementos remanescentes de tempos e espaços anteriores. A referida teoria trabalha com os seguintes conceitos operacionais: resíduo, mentalidade, imaginário, hibridação cultural e cristalização, a fim de apontar e explicar a relação existente entre culturas distantes no tempo e no espaço. Assim, a partir da presença de constantes resíduos do Naturalismo, veremos que os períodos literários não são completamente independentes, mas que podem possuir relações uns com os outros independentemente do tempo e do espaço.

Palavras-chave: Residualidade. Naturalismo. O Quinze.

 

 

A CRISTALIZAÇÃO DO DETERMINISMO NATURALISTA NAS REPRESENTAÇÕES CONTEMPORÂNEAS DAS “FAVELAS”

 

Andreza Pinto Pessoa

Maria Marly Cruz Gomes Pinto

Jéssica Thais Loiola Soares

 

Analisando a obra naturalista O Cortiço, de Aluísio Azevedo, percebe-se, de modo claro e evidente, que a teoria determinista de Hipollite Taine foi utilizada para embasamento do referido enredo, que demonstra a corrupção do homem pelo meio. A narrativa mostra os tipos sociais dos moradores de um cortiço e como a vivência naquele lugar afeta o caráter dos indivíduos presentes na trama, o que é existente nas representações cinematográficas e musicais contemporâneas das chamadas “favelas”, que nada mais são do que uma evolução das estalagens de pouco espaço e superlotação, como foi descrito o cortiço São Romão. Portanto, o presente estudo tem como objetivo demonstrar como as características do determinismo, presentes em O Cortiço, cristalizaram-se através dos tempos e continuam presentes nas atuais periferias brasileiras, tendo como resultado esperado comprovar os aspectos cristalizados na parcela marginalizada da sociedade que se encontra nos morros e nas comunidades, principalmente no estado do Rio de Janeiro. Para isso, serão utilizadas como referenciais teóricos a Teoria Determinista, de Taine, e a Teoria da Residualidade, de Roberto Pontes, além da análise do livro mencionado, comparado a filmes e músicas atuais que representam a realidade nas periferias.

Palavras-chave: Residualidade. Cristalização. Determinismo. Periferias.

 

 

RESÍDUOS DA MENTALIDADE CAPITALISTA DO SÉCULO XIX EM ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA, DE JOSÉ SARAMAGO

 

Maria Andreza Aleixo dos Santos

Vilmara Brito Costa

Jéssica Thais Loiola Soares

 

A obra Ensaio sobre a Cegueira, do escritor português José Saramago, faz uma crítica às pessoas que só pensam no próprio bem-estar e utilizam-se da injustiça social para permanecerem no auge. Considerando tal contexto, este artigo propõe algumas reflexões sobre os resíduos da mentalidade capitalista, fazendo um paralelo com o livro mencionado, no qual o autor representa a realidade dos centros urbanos e como as pessoas se portam após o desenvolvimento tecnológico e suas expansões. Desse modo, pretendemos caracterizar a sociedade apresentada na obra como desumana, ambiciosa e cruel. Assim, os resíduos capitalistas do século XIX perpassam por tais representações e podem ser encontrados de forma notória no enredo em questão. Para realizarmos essa pesquisa, tomaremos como base a Teoria da Residualidade (PONTES, 1999), que possibilita identificarmos e compreendermos o modo de pensar de um espaço e tempo anterior que estão presentes num texto e contexto atuais. A Teoria da Residualidade dispõe dos seguintes conceitos: resíduo, mentalidade, imaginário, endoculturação, hibridação cultural e cristalização. Tais conceitos salientam elementos que ultrapassam os tempos, permanecendo vivos na construção de novas ideias e culturas. Ao final, ilustraremos o percurso da sociedade que, ao longo do tempo, passou por diversas transformações significativas no processo da modernidade, mas, ao mesmo tempo, cooperou com o crescimento de alguns e exploração de outros. Assim, foi possível fazer um paralelo entre a mentalidade capitalista do século XIX e seus resíduos no romance Ensaio sobre a Cegueira, de Saramago.

Palavras-chave: Saramago. Capitalismo. Resíduo.

 

 

A MENTALIDADE DO HOMEM PÓS-MODERNO EM ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA, DE JOSÉ SARAMAGO

 

Gabriela Marinho de Sousa

Carlos Augusto Marinho de Sousa

Jéssica Thais Loiola Soares

 

Desde o advento da modernidade, tendo como apogeu o século XIX, o individualismo tem sido predominante na vida social. Antes mesmo desse período, as pessoas já eram individualistas, porém, não podiam seguir suas próprias vontades, pois eram guiadas primordialmente pela Igreja. Em meados do século XX isso se intensificou, pois houve a fragmentação do indivíduo, a necessidade do ser se dividir em vários “eu”, como Fernando Pessoa e seus vários heterônimos. Nesse sentido, procuraremos encontrar elementos da mentalidade pós-moderna na obra Ensaio Sobre a Cegueira (1995), de José Saramago, especialmente no que tange ao individualismo. Para tanto, tomaremos como base a Teoria da Residualidade, de Roberto Pontes, que trabalha com os seguintes conceitos: resíduo, mentalidade, imaginário, hibridação cultural e cristalização. Dentre esses, pautar-nos-emos, sobretudo, na mentalidade, que diz respeito ao modo de pensar, sentir e enxergar o mundo. Em sua obra, Saramago evidencia o individualismo extremo, em que até a própria individualidade se perde, uma vez que as personagens não são identificadas por nomes, e sim por suas características e respectivas profissões. É, então, a mentalidade individualista pós-moderna que procuraremos evidenciar em Ensaio Sobre a Cegueira.

Palavras-chave: Pós-modernidade. Mentalidade. Residualidade. 

 

 

RESÍDUOS DA ESCOLA AUTORITÁRIA PRESENTES NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO DA ATUALIDADE

 

Maria Eduarda Costa Alves

Isabel Agostinho Silva

Jéssica Thais Loiola Soares

 

No presente trabalho, trataremos sobre os resíduos do primeiro sistema educacional presentes nas escolas da atualidade. Tomaremos como base a Teoria da Residualidade (PONTES, 1999), segundo a qual nada é original. Levando essa teoria para o âmbito escolar, podemos perceber que, por mais que o ensino não seja tão tradicional e autoritário como era antes, as atuais escolas descendem desse sistema e carregam ainda um pouco dos métodos de ensino primitivos. Para tanto, fizemos uma entrevista com um diretor escolar, coletando dados que nos proporcionaram a realização deste trabalho. Em nossa pesquisa, notamos que as palavras “disciplina” e “autoritarismo”, em sala de aula, teoricamente podem transformar-se em atos distintos, mas não na prática, pois ainda existem professores que praticam punições ofensivas. Embora não haja mais agressão física como método de ensino, as punições ofensivas têm-se mantido residualmente. Baseando-se em Dermeval Saviani, Establet-Baudelot e Roberto Pontes, podemos verificar a presença desses resíduos em alguns métodos educacionais atuais.

Palavras-chave: Residualidade. Educação. Escola.

 

 

TRADIÇÃO E RUPTURA EM MEMORIAL DE MARIA MOURA: UMA ANÁLISE RESIDUAL

 

Cídia Maiara Teixeira Sousa

Jéssica Thais Loiola Soares

 

Memorial de Maria Moura, romance de Rachel de Queiroz publicado em 1992, é pertencente à segunda fase do Modernismo brasileiro. O livro tem como protagonista a enigmática Maria Moura, personagem em torno da qual a trama é desenvolvida. A obra regionalista é ambientada no sertão nordestino e apresenta elementos pertencentes à outra época, conhecida popularmente como Idade Média. Portanto, com base na Teoria da Residualidade, desenvolvida por Roberto Pontes (1999), procura-se mostrar os resíduos medievais contidos na obra. Além disso, o referido trabalho propõe-se a analisar a protagonista do romance, a fim de compreender seu caráter transgressor, o que contrasta com o comportamento feminino apresentado na época. Para tanto, por meio da análise das personagens e relações sociais e culturais predominantes no enredo, busca-se compreender de que maneira os elementos medievais se manifestam no livro. A abordagem é feita através da observação da adaptação sofrida pelo resíduo medieval e a importância dessa remanescência para a compreensão da obra. Dessa forma, com a realização de leituras teóricas acerca da Teoria da Residualidade, aliada à análise cuidadosa do livro, constata-se que Memorial de Maria Moura reflete uma sociedade com modos de pensar, sentir, agir e viver semelhantes aos mesmos encontrados em povos de épocas medievais.

Palavras-chave: Residualidade. Idade Média. Regionalismo.

 

Monitores

* 1º semestre de Letras:

João Caio Silva de Meneses

Felipe Ferreira de Sousa

Francisca Vitória Lima da Silva

Thiago Rodrigo Diniz de Sousa

Ana Carolina Sales Viana


* 2º semestre de Letras:

Josilene Gonçalves Ribeiro

Ana Lívia Sousa Cruz

Márcia Eduarda Rodrigues Magalhães

Maria Natália de Sousa Matos

Antônia Maria do Nascimento


* 3º semestre de Letras:

Ester Andrade Pires

Roseli Bastos Almeida

Maria Evelice de M. Araújo

Vilmara Brito Costa

Raul Fernandes Rodrigues


* 4º semestre de Letras:

Letícia Helen dos Santos Andrade

Amanda Moreira de Oliveira

João Carlos Braga Torres

Wesley Forte de Araújo

Antônio Wellington Sousa Braga


* Arte do evento:

Gleisson Filho - 2º semestre de Letras

Comissão Organizadora

Profª Ma. Jéssica Thais Loiola Soares

Profª Ma. Iêda Carvalhedo

Prof. Dr. Enos Feitosa

Profª Esp. Emanoela Vieira

Profª Ma. Marly Alves

Prof. Dr. Anderson Ibsen

Profª Drª Fátima Martins

Paulo Ribeiro 

Cídia Maiara Teixeira Sousa (PIBIC-IFCE)

Programação


 

7h30 às 9h

 

 

CREDENCIAMENTO (HALL DO AUDITÓRIO)

 

 

9h à 9h30

 

 

CERIMÔNIA DE ABERTURA (AUDITÓRIO)

 

 

 

 

 

 9h30 às 11h

 

CONFERÊNCIA (AUDITÓRIO)

 

Profª Drª Mary Nascimento da Silva Leitão (UECE)

 

 

11h às 13h

INTERVALO

 

 13h às 15h

 

MESA REDONDA (AUDITÓRIO)


 

15h às 15h30

INTERVALO

 

 

15h30 às 16h30

 


CONFERÊNCIA (AUDITÓRIO)


 


 

 

16h30 às 17h

 

 

CERIMÔNIA DE ENCERRAMENTO

(AUDITÓRIO)

 

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