III Seminário Nacional 2019: avanços e desafios das profissionais do sexo

Desde meados do século XX no Brasil, as prostitutas têm se organizado para reivindicar seus direitos e lutar contra a violência e discriminação que permeia a atividade da prostituição. Marco importante nesta luta foi o surgimento da Rede Brasileira de Prostitutas (RBP), que realiza o 1.º Encontro Nacional de Prostitutas em 1987. Desde então, as prostitutas tem se organizado em seus Estados para realizar ações de promoção da cidadania, saúde integral e a prevenção às IST’s, HIV/AIDS e hepatites virais.

No início de 2010, surge a segunda rede do movimento que se intitulou Articulação Regional Norte e Nordeste de Profissionais do Sexo. Mais tarde, essa rede se divide em dois novos movimentos: a CUTS (Central Única de Trabalhadoras e Trabalhadores Sexuais) e a Articulação Nacional de Profissionais do Sexo (ANPS), juntando outras organizações de prostitutas no Brasil, reforçando a necessidade do reconhecimento da prostituição como profissão, e incluindo as questões relacionadas a travestis e transexuais que também vivem da prostituição.

Com o apoio do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis - Ministério da Saúde, do Governo do Estado do Maranhão e da Prefeirura de São Luís, esses três grupos realizam o III Seminário Nacional 2019: avanços e desafios das profissionais do sexo, entre os dias 30 de outubro e 01 de novembro, na cidade de São Luís, Maranhão. 

O III Seminário Nacional 2019 é um espaço político e preparatório para articular as políticas de saúde, violência, dignidade e trabalho, que possibilitará ampliar o acesso às ações de prevenção, diagnóstico e tratamento para populações chave na compreensão da importância de enfrentamento das questões estruturais que afetam estas populações.

O seminário também será uma oportunidade ímpar para a articulação política do segmento e a formação de estratégias para o Encontro Nacional de Prostitutas, a ser realizado em 2021.