III Seminário Interno do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas em Saúde

III Seminário Interno do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas em Saúde

online Avenida L3 Norte, s/n, Campus Universitário Darcy Ribeiro, Gleba A, CEP: 70.904-130 - Brasília - DF. - Brasília - Distrito Federal - Brasil
presencial Com transmissão online

Apresentação

O ano de 2025 tem como marco a celebração dos 10 anos do Mestrado Profissional em Políticas Públicas em Saúde, bem como os 125 anos da Fiocruz. A Escola de Governo Fiocruz-Brasília (EGF) promoverá uma série de atividades acadêmicas para celebrar esta importante conquista para o SUS.  

 O III Seminário Interno do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas em Saúde (PPGPPS) da EGF promove ambiente favorável ao compartilhamento de pesquisas, ao debate de questões teóricas e práticas, ao estabelecimento de redes e à aprendizagem de habilidades de apresentação, argumentação e colaboração, as quais contribuem para o avanço do conhecimento em determinada área e para a formação e atualização dos participantes. 

Casando tradição e atualidade, o tema do evento é Inteligência Artificial e Políticas Públicas de Saúde, com enfoque especial para o processo de ensino, pesquisa e atuação no campo, como é próprio de um mestrado profissional. 

Em seu terceiro ano, o evento avança na organicidade com a Escola de Governo onde o PPG acontece: os eixos temáticos em torno dos quais os trabalhos serão discutidos refletem os grupos e programas de pesquisa e atuação da casa. Segue sendo um momento especialmente desenhado para ser um ponto crítico da formação de nossas(os) mestrandas(os).  

  • O evento contribui para o aprimoramento das pesquisas discentes em desenvolvimento de modo a:  

    • Refletir sobre temas e aspectos conjunturais relevantes para a política pública de saúde; 
    • Contribuir para a construção de habilidades de comunicação e colaboração científicas na comunidade acadêmica do PPGPPS; 
    • Compartilhar as pesquisas em andamento no Programa. 

 

Todos os alunos do Mestrado Profissional em Políticas Públicas são convocados a participar junto com seus orientadores, submetendo resumos sobre sua pesquisa em andamento.  

Submissão de Trabalhos

A participação de estudantes do Mestrado em Políticas Públicas em Saúde acontecerá mediante a submissão de um Resumo Simples referente a seu projeto de pesquisa em andamento ou já finalizado. 

Os textos devem ser revisados pelos(as) orientador(as) e coorientador(as), antes da submissão, haja vista que estes(as) serão coautores(as) do trabalho a ser publicado nos Anais do evento.  

Todos os Resumos submetidos comporão as sessões do III Seminário, organizadas por eixos temáticos. No entanto, aqueles resumos que forem avaliados para fins de publicação em anais do evento receberão por e-mail a notificação de “aprovados para publicação” ou “necessário ajustes para publicação”. Neste último caso, o estudante deverá realizar os ajustes recomendados para que seu resumo figure entre os publicados nos Anais. 

É possível que a Comissão Organizadora proponha a mudança de eixo, visando garantir um bom número e adequação a todos os eixos temáticos. 


SUBMISSÃO ATÉ 13/06

Tipo de Resumo

Ao inscrever seu resumo, você indicará o estágio em que seu projeto/pesquisa se encontra. Escolha um dos 4 (quatro) estágios que mais represente o estado atual de seu trabalho de dissertação, conforme quadro a seguir: 

 

Estágio 1 

| Fase inicial da pergunta 

Estágio 2 

| Fase de definição metodológica 

Estágio 3 

| Pós-qualificação 

Estágio 4 

| Fase de defesa ou trabalho concluído de egressos 

Introdução 

(Problema, Lacunas, Pergunta de pesquisa e Justificativa) 

Introdução 

(Problema, Lacunas, Pergunta de pesquisa e Justificativa) 

 

Introdução 

(Problema, Lacunas, Pergunta de pesquisa e Justificativa) 

 

Introdução 

(Problema, Lacunas, Pergunta de pesquisa e Justificativa) 

Objetivo 

Objetivo 

Objetivo 

Objetivo 

- 

Métodos 

Métodos 

Métodos 

- 

Resultados Esperados ou Produto Técnico previsto 

Resultado Preliminar (achados parciais do seu trabalho) 

Resultados & Recomendações 

 

O resumo deve seguir o modelo estruturado, explicitando as respectivas seções que o compõem, conforme modelo disponibilizado pela organização neste link.  

Eixos Temáticos

A partir de cada ementa dos eixos temáticos, o aluno, em conjunto com seu orientador, avaliará a pertinência do seu trabalho e escolherá algum dos eixos para inscrevê-lo. Portanto, parte do processo da inscrição é observar os 12 eixos e escolher aquele em que seu trabalho é mais pertinente, observando tanto o tema quanto o método de seu projeto/pesquisa/estudo. 

01

AVALIAÇÃO E EVIDÊNCIAS PARA POLÍTICAS E TECNOLOGIAS EM SAÚDE

Coordenação:

 

Erica Tatiane, Jorge Barreto & Flávia Elias

O eixo temático de Avaliação e evidências para políticas e tecnologias em saúde aborda o uso de evidências como um fator-chave para o aprimoramento das políticas públicas em saúde. Nesse contexto, as Políticas Informadas por Evidências (PIE) constituem uma abordagem para a institucionalização de processos de tomada de decisão amparados por mecanismos e ferramentas de tradução do conhecimento.

A  Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) é utilizada como análise de políticas para apoiar decisões que considerem a sustentabilidade dos sistemas de saúde, e as dimensões de eficácia, segurança, efetividade, eficiência, aceitabilidade e impactos organizativos e sociais das tecnologias em saúde, inclusive para fazer frente aos processos de incorporação e monitoramento destas tecnologias (produtos, processos, procedimentos) no Sistema Único de Saúde.

Estudos sobre PIE e ATS são cada vez mais necessários, a fim de promover a disseminação e a interação de conhecimentos em todos os níveis e no ecossistema de atores do sistema de saúde brasileiro. Trabalha com diversas formas de sínteses de evidências, análises de dados e em especial, com diálogos deliberativos e de políticas envolvendo os atores-chaves da política de saúde e intersetorial, visando apoiar contextos de práticas e de decisão.

02

BIOÉTICA E DIPLOMACIA EM SAÚDE

Coordenação:

 

Roberta Freitas, José Paranaguá, Felix Rígoli & Gerson Penna

A desigualdade multidimensional — marcada por disparidades em riqueza, bem-estar e acesso a sistemas de saúde — é um dos desafios mais urgentes do século XXI. Enquanto o desenvolvimento impulsiona avanços em ciência, tecnologia e inovação, incluindo ferramentas digitais transformadoras, a cooperação internacional permanece essencial para enfrentar questões econômicas, sociais e culturais, garantindo o respeito aos direitos humanos sem discriminação. Neste contexto, temas como saúde internacional, regulação internacional em saúde, abordagens baseadas em direitos humanos e uso da saúde digital emergem como pilares críticos para a equidade. 

 

A correlação entre desenvolvimento e desigualdade gera paradoxos. Avanços em saúde digital (IA, telemedicina, big data) coexistem com exclusão de populações sem conectividade ou infraestrutura. O Regulamento Sanitário Internacional (RSI) da OMS, revela lacunas: soberania nacional versus responsabilidade global, falta de mecanismos de compliance e assimetrias na governança. A tensão entre a solidariedade internacional, defendida pela ONU, e os interesses nacionais em áreas estratégicas (tecnologia, patentes farmacêuticas, controle de dados de saúde) expõe conflitos entre lucro, segurança e equidade. 

 

Uma abordagem baseada em direitos humanos exige que políticas de saúde combatam discriminações (étnicas, de gênero, socioeconômicas) e garantam acesso universal a cuidados. Exemplos incluem a marginalização de refugiados em sistemas de saúde e a estigmatização de doenças negligenciadas. A saúde digital, se não regulada, pode aprofundar exclusões, como algoritmos enviesados ou vigilância massiva. 

 

Objetivos da Sessão: Debater como desigualdades estruturais, regulação internacional e inovações em saúde moldam o futuro da saúde no mundo, propondo estratégias para conciliar desenvolvimento tecnológico, justiça social e direitos humanos em um cenário de crises interconectadas. 

 

Esta ementa integra dimensões críticas da saúde internacional, convidando à reflexão sobre ética, poder e inovação em um mundo fragmentado.

03

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO PARA O BEM COMUM  

Coordenação:

 

Wagner Martins & Gabriel Maia Veloso

As profundas transformações desencadeadas pela revolução tecnológica do século XXI estão alterando de maneira significativa o papel da ciência na sociedade. Observa-se uma transição do modelo tradicional, centrado na ciência como uma janela de oportunidades isoladas, para uma abordagem integrada, colaborativa e orientada para o bem comum. Nesse novo contexto, a ciência é concebida como um esforço coletivo e territorializado, ancorado na inteligência cooperativa, capaz de articular diferentes atores, saberes e tecnologias em torno de problemas reais.

 

Esse novo paradigma valoriza a interseção entre produção científica, desenvolvimento tecnológico e inovação social, promovendo redes de colaboração entre instituições públicas, universidades, serviços de saúde, movimentos sociais e comunidades. A ciência deixa de ser apenas explicativa e passa a ser interventiva, contribuindo para processos de transformação social por meio de tecnologias apropriadas, práticas sustentáveis e políticas públicas orientadas à equidade. Nesse sentido, ganha destaque a abordagem de Uma Só Saúde, que compreende de forma integrada a saúde humana, animal, ambiental e dos ecossistemas, reconhecendo sua interdependência no enfrentamento das múltiplas crises contemporâneas.

 

A geração de conhecimento ganha maior valor quando está associada à sua capacidade de incidir sobre a realidade, transformando-se em políticas, práticas e soluções tecnológicas que qualifiquem a gestão pública e a governança dos sistemas de saúde e de proteção social. A inteligência cooperativa e territorial emerge como uma estratégia metodológica para ativar redes locais de conhecimento, fomentar a participação social qualificada e ampliar a capacidade institucional de resposta a problemas complexos, especialmente nos territórios mais vulnerabilizados.

 

Dessa forma, torna-se essencial reconhecer e fomentar iniciativas que impulsionem essa dinâmica transformadora, assegurando que o avanço científico e tecnológico contribua efetivamente para o desenvolvimento humano sustentável. O eixo propõe refletir sobre estratégias, experiências e desafios na construção de uma ciência comprometida com a melhoria das condições de vida, capaz de integrar epistemologias plurais, promover justiça cognitiva e fortalecer um sistema público de saúde resiliente, participativo e orientado ao cuidado com a vida em todas as suas formas.

04

DIREITO SANITÁRIO

Coordenação:

 

Sandra Mara Campos Alves & Rafael Cutrim Costa

Com a promulgação da CF /88 e o reconhecimento da saúde como direito de todos e dever do Estado, emerge uma discussão em torno de um novo direito, o Direito Sanitário – com interface no campo da saúde coletiva e afins, que exige novas concepções e práticas jurídicas, nova lógica e novas formas de lidar com os elementos jurídico-políticos. Essa nova ordem jurídica fez resultar inúmeros desafios jurídico-legais que persistem até hoje como a completação do arco normativo infraconstitucional requerido, identificação de meios processuais para a efetividade do direito à saúde, garantia dos meios legais de reconstituí-lo, estabelecimento de competências para as ações de saúde, conferência de legalidade às medidas sanitárias, atribuição de responsabilidades em caso de dano e desenvolvimento de soluções jurídicas que visem aprimorar a proteção e promoção da saúde pública em âmbito nacional e internacional.

 

Assim, diante da compreensão do Direito Sanitário como uma área multi e transdisciplinar, que engloba um conjunto de normas, princípios e instituições que visam garantir o direito fundamental de todas as pessoas à saúde, bem como a proteção da coletividade contra riscos à saúde, esse eixo temático acolherá trabalhos que abordem questões sobre:

 

·                    Legislação em Saúde;

·                    Judicialização das Políticas Públicas de Saúde;

·                    Erro Médico e Segurança do Paciente;

·                    Poder Legislativo e Saúde;

·                    Informação em Saúde e Proteção de Dados;

·                    Formas democráticas de construção normativa em Saúde;

·                    Saúde Única e a construção de um novo Direito;

·                    Legislação de Plano e Seguros de Saúde;

·                    A ética na produção normativa em saúde;

·                    Produção do Direito da Saúde em âmbito internacional;

·                    Regulação orientada a inovação em saúde;

·                    Legislação internacional e nacional para a proteção do direito à saúde em contextos de pandemia e emergências de saúde global;

·                    Direito à saúde de populações deslocadas;

·                    Garantia do direito à saúde em contextos de vulnerabilidade.

05

EDUCAÇÃO, COMUNICAÇÃO E DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA EM SAÚDE

Coordenação:

 

Kellen Cristina da Silva Gasque & Maria Fernanda Marques Fernandes

Este eixo propõe uma análise interdisciplinar sobre as práticas de educação em saúde, educação permanente, educação popular, comunicação e divulgação científica no contexto das políticas públicas em saúde. Serão abordadas as estratégias e metodologias utilizadas na produção e disseminação de conhecimentos científicos, visando o fortalecimento do SUS e o engajamento da comunidade.

 

O eixo inclui temas como a construção de narrativas acessíveis e eficazes, o papel das mídias tradicionais e digitais na divulgação científica, a formação de profissionais da saúde como agentes multiplicadores de informação e a importância da participação cidadã na formulação e implementação de políticas de saúde. Além disso, serão contemplados o uso de tecnologias leves e aquelas digitais para a educação em saúde, na saúde e permanente. Contemplará também reflexões sobre os desafios éticos, culturais e sociais envolvidos na comunicação e divulgação científica em saúde, bem como a promoção da equidade e da inclusão nos processos formativos no contexto do SUS. Nesse sentido, busca investigar a construção sócio-histórica, cultural e política das práticas educacionais e comunicacionais voltadas para a prevenção de agravos, promoção da saúde, governança e gestão pública, e para a divulgação e popularização da ciência.

 

O eixo proporcionará espaço para o compartilhamento de experiências e boas práticas, estimulando a construção colaborativa de conhecimento e a reflexão crítica sobre a formação de profissionais como agentes de transformação social. Ao final, visamos fortalecer a capacidade dos participantes para atuarem como facilitadores da educação em saúde e da comunicação científica, contribuindo assim para a melhoria da qualidade das políticas públicas em saúde no contexto brasileiro. 

 

06

EPIDEMIOLOGIA, VIGILÂNCIA EM SAÚDE E EMERGÊNCIAS SANITÁRIAS

Coordenação:

 

Noely Moura & Jakeline Ribeiro

A epidemiologia, a vigilância em saúde e a gestão de risco das emergências em saúde pública desempenham papéis importantes na promoção da saúde pública, na prevenção e no controle de doenças transmissíveis, não-transmissíveis e agravos para tomada de decisões. A epidemiologia, como área de estudo, e a vigilância em saúde, como campo de práticas, formam a base para detecção precoce de surtos, análise de tendências e adoção de medidas de prevenção e controle. As emergências sanitárias exigem respostas rápidas e coordenadas para proteger a saúde pública. Isso pode incluir surtos de doenças infecciosas, desastres naturais, tecnológicos, sociais, bioterrorismo ou outras ameaças agudas à saúde da população. Integrar as diversas disciplinas e práticas é essencial para enfrentar importantes desafios em saúde pública, como resistência a antimicrobianos, mudanças climáticas e pandemias. Avanços tecnológicos, como inteligência artificial, integração de dados, análise de “big data” e vigilância genômica, incorporam-se a este conjunto e podem melhorar a capacidade de resposta a emergências. A integração e cooperação entre diferentes campos da saúde coletiva é essencial para enfrentar os desafios complexos e emergentes que afetam a saúde das populações em todo o mundo.

07

PROMOÇÃO DA SAÚDE COM INTEGRALIDADE, EQUIDADE, INTERSECCIONALIDADE E INCLUSÃO

Coordenação:

 

Maria do Socorro de Souza & Luciana Sepúlveda & Rafael Petersen

A Promoção da Saúde se apresenta como um paradigma de compreensão dos processos de saúde e doença, que considera as determinações sociais e indica como diretrizes e princípios a participação social, a intersetorialidade e a territorialidade. 

 

Nessa perspectiva, a saúde é direito constitucional e o princípio de equidade, articulado à universalidade e à integralidade deve ser compreendido como promoção e proteção de direitos, respeito e valorização da diversidade e garantia de tratamento diferenciado e/ou específico a sujeitos e coletivos com histórico de opressão, dominação e exclusão. Incorpora ainda o sentido das lutas sociais de enfrentamento a todas as formas de discriminação, preconceito e violação de direitos decorrentes das estratégias do colonialismo, patriarcado e racismo enquanto sistemas estruturantes das relações sociais e desigualdades sociais. O acesso e a acessibilidade de todas as pessoas são fatores de proteção e promoção de saúde.   

 

O eixo aborda investigações e análises sobre o papel do Estado na implementação de políticas públicas como caminho democrático para fazer justiça cognitiva e justiça socioambiental voltadas para populações específicas, como pessoas com deficiência, população transgêneros, população negra, população em situação de rua, população do campo, floresta e água e suas interseccionalidades e condicionalidades. Acolhe, também, estudos voltados para a promoção da saúde com foco na análise e na avaliação de políticas ou ações intersetoriais, territorialidades e com participação social. 

 

08

PLANEJAMENTO E GESTÃO EM SAÚDE

Coordenação:

 

Armando Raggio & José Agenor

O Sistema Único de Saúde – SUS, tem um compromisso histórico com a população brasileira. Esse compromisso transcende os limites de uma simples declaração formal, de assumir a saúde como direito de cidadania, para caminhar firmemente no sentido de diminuir as desigualdades sociais e econômicas que colocavam barreiras políticas para o acesso igualitário de toda população brasileira aos serviços públicos de saúde. 

 

O SUS, portanto, não se resume a mero sistema de prestação de serviços de natureza assistencial. Não bastam serviços que assegurem o acesso às ações e serviços de saúde, mas também são necessárias ações que previnam riscos à saúde, por meio de políticas públicas adequadas que envolva a saúde e seus determinantes.  

 

 A sociedade brasileira vive momentos de tensões e embates capazes de afetar importantes políticas públicas de grande alcance social. O sistema Único de Saúde é uma que pode ser afetada devido a fragilidade de seu financiamento, agravado por uma inconsistência e descontinuidade de seus sistemas internos de planejamento e gestão na condução e provimento das ações demandadas pela população, seja na atenção médica individual seja nas ações de alcance coletivo. 

 

 O eixo estratégico de planejamento e gestão assume papel preponderante neste período pós pandêmico ao instrumentalizar seus alunos com abordagens que propicia reflexões estratégicas sobre a saúde, como fator fundamental na consolidação de instrumentos de gestão capazes de suportar e orientar quanto as mudanças e transformações tecnológicas em curso no segmento da saúde.

 

09

PROMOÇÃO E VIGILÂNCIA EM SAÚDE, AMBIENTE E TRABALHO 

Coordenação:

 

Jorge Machado & André Fenner

A relação entre Saúde, Ambiente e Trabalho ao adotar o conceito de saúde de Georges Canguilhem (1943) como modo de andar a vida no cotidiano, nos espaços e suas relações históricas e sociais, em que o trabalho organiza o processo de territorialização em conexão com os modos de produção e de reprodução social, configura-se assim um metabolismo socioambiental promotor de territórios saudáveis, sustentáveis e solidários. Em uma perspectiva preventiva de ação relacionada a determinação social da saúde em processos de vigilância em saúde de base territorial, interseccionais, participativos e populares. Sendo as temáticas que emergem da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e das Águas (PNSIPCFA) se configuram como necessidades e potencialidades da ação de promoção da saúde. 

10

SAÚDE MENTAL, ATENÇÃO PSICOSSOCIAL E DIREITOS HUMANOS

Coordenação:

 

Fernanda Severo & Argus Tenório

O eixo temático explora a intersecção entre Atenção Psicossocial e Direitos Humanos, investigando a complexidade e os desafios enfrentados no contexto das políticas públicas em saúde, em específico, no campo da saúde mental. Propõe-se discutir tais questões em perspectiva intersetorial e territorial, abordando referenciais e modelos de intervenção que visam integrar os princípios dos Direitos Humanos no cuidado em saúde mental, em diferentes contextos institucionais, com foco na promoção da saúde e na redução do estigma associado ao sofrimento psíquico. São objetos de estudo a análise crítica de abordagens e práticas, assim como questões afeitas à integralidade e à organização das Redes de Atenção em Saúde, à identificação de lacunas nas Políticas Sociais e à formação permanente dos profissionais envolvidos no cuidado. O eixo organiza-se em três principais campos temáticos: 

 

  • Desinstitucionalização, direcionada aos processos de transição de cuidados de saúde mental de instituições totais para a comunidade, visando a garantia dos direitos humanos, da reintegração social e da promoção da autonomia; 
  • Atenção Psicossocial e o uso de álcool e outras drogas, na perspectiva das práticas clínicas e políticas de saúde mental que contribuam para o enfrentamento dos desafios associados ao uso problemático de substâncias.  
  • Promoção de saúde mental nos territórios, que abarca possibilidades de atuação clínica em perspectiva social, as relações sociais e as dinâmicas espaço-territoriais que incidem na saúde mental, considerando a democratização do acesso aos recursos territoriais, fortalecimento de redes sociais e comunitárias na promoção de saúde mental.

 

11

ALIMENTAÇÃO, NUTRIÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE

Coordenação:

 

Denise Oliveira & Érica Ell 

Este eixo está voltado para estudos e pesquisas interdisciplinares visando estimular a compreensão sinérgica de fatores macroestruturais, históricos, sociais, políticos e econômicos, e suas consequências nas escolhas, comportamentos, hábitos, crenças, tabus e práticas alimentares para povos e sociedades humanas. Como também, o desenvolvimento autossustentável e qualidade de vida; as relações intersubjetivas nos processos de produção de cuidados e investigações sobre os aspectos históricos, sociais e culturais ligados a concepções de saberes e práticas científicas e intelectuais sobre a natureza e ambiente; saúde, escravidão e relações raciais; memória e patrimônios, cultura em ciência e saúde. Além disso, busca contribuir com a análise da práxis de ações das políticas públicas de respeito às interseccionalidades, diversidades coletivas e intersubjetivas e particularidades sociais e simbólico-culturais da alimentação da sociedade brasileira. Bem como, dialogar sobre conceitos e estratégias para o desenvolvimento de Territórios Saudáveis e Sustentáveis e de Bem Viver. Tem o Sistema Único de Saúde como principal direcionador de ações para a produção científica e popular, a Soberania e a Segurança Alimentar no desenvolvimento de sistemas alimentares agroecológicos sustentáveis e de valorização de patrimônios alimentares das populações originárias e afrodescendentes em conexão com os ciclos na natureza para o bem-estar da vida humana e planetária. Está alinhado com as áreas de pesquisa da Fiocruz como a Sociologia, Antropologia, Filosofia de Saúde, Cultura e Sociedade; História, Saúde e Ciências; Promoção a Saúde; Informação, Comunicação e Ciências da Saúde; Gênero, Saúde do Idoso; Políticas Públicas, Planejamento e Gestão em Saúde, Ambiente Ecologia e Saúde; e Epidemiologia Métodos estatísticos e quantitativos.

12

PRÁTICAS DE CUIDADO EM SAÚDE

Coordenação:

 

André Fenner & Gislei Knierim

Este eixo temático propõe refletir e aprofundar o debate sobre as múltiplas racionalidades que constituem as práticas de cuidado em saúde, valorizando os saberes e experiências das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), das Medicinas Tradicionais, Complementares e Integrativas (MTCI), bem como das Medicinas Tradicionais Africanas, Indígenas e das medicinas dos povos, populações e comunidades tradicionais, incluindo os povos de terreiro, de umbanda, ciganos, ribeirinhos e demais expressões religiosas e culturais que estruturam formas próprias de cuidado, cura e bem-viver. 

 

Busca-se reconhecer o papel das práticas de cuidado produzidas no interior dos movimentos sociais e populares que atuam junto às populações do campo, da floresta, das águas, população negra, cigana, entre outras, como formas de resistência à precarização da vida e à medicalização excessiva. Nessas experiências, o cuidado é muitas vezes coletivo, territorializado, ancestral e atravessado por dimensões espirituais e políticas. São práticas que ressignificam o cuidado em saúde a partir do vínculo, da solidariedade e da autogestão, muitas vezes articuladas com experiências agroecológicas, com a defesa de territórios e com as lutas por direitos e justiça socioambiental e sanitária. 

 

As discussões buscarão evidenciar a relevância dessas práticas no fortalecimento da promoção da saúde, na integralidade do cuidado e no reconhecimento do direito à saúde, conforme as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), que incentiva os Estados a integrarem os sistemas tradicionais e complementares aos seus sistemas nacionais de saúde, respeitando os contextos culturais e os saberes ancestrais (OMS, 2014). 

Serão acolhidas contribuições que abordem experiências práticas, pesquisa acadêmica e reflexões teóricas que envolvam: 

  • Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) no SUS: desafios e possibilidades; 
  • Medicinas Tradicionais Africanas e as cosmopercepções dos povos de matriz africana; 
  • Medicinas Tradicionais Indígenas e a centralidade da espiritualidade, da natureza e da coletividade no cuidado; 
  • Medicinas dos povos do campo, da floresta, das águas, das periferias urbanas e dos povos de terreiro e de umbanda; 
  • Práticas de cuidado comunitário desenvolvidas nos territórios e nos movimentos sociais populares; 
  • O cuidado em saúde como prática política, ancestral e comunitária; 
  • Epistemologias insurgentes e o cuidado como resistência e reexistência; 
  • A MTCI na agenda global da saúde segundo a OMS: políticas, diretrizes e controvérsias; e 
  • A colonialidade do saber e os processos de invisibilização das medicinas tradicionais e populares. 

 

Formatação

É papel do orientador revisar o  resumo ANTES da submissão.

Um resumo simples  é entendido como uma apresentação dos principais pontos de interesse na comunicação de uma pesquisa. Limita-se a uma breve descrição dos principais aspectos do estudo, que comumente incluem o contexto e a problemática a que a pesquisa visa responder, seu objetivo formulado, o(s) métodos adotados, os resultados esperados ou os resultados encontrados, as conclusões e recomendações da pesquisa.  

Deverá cumprir as normas:

  • 200 a 350 palavras (sem referências, citações, gráficos ou figuras – esses elementos podem constar da apresentação oral);
  • Título em negrito e CAIXA ALTA, tamanho 12, centralizado, fonte do corpo do texto;
  • Corpo: Fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12, espaçamento 1,5, justificado.
  • 3 a 5 palavras-chave que melhor indexem o trabalho, utilizando os Descritores da Saúde – Decs/BVS. Consultas podem ser realizadas pelo link: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/decs-locator/?lang=pt
  • Utilizar o documento word fornecido pela Comissão Organizadora do Seminário, com o timbrado do evento [link para o modelo padrão] e enviar em Word, para melhor viabilizar possível sugestão de alteração pelas(os) avaliadoras(es) e editoração dos Anais.

 


Acesse o template

Avaliação dos resumos

Todos os Resumos submetidos comporão as sessões  científicas III Seminário, que têm objetivos formativos (além da publicação) e são organizadas por eixos temáticos. Todos os resumos serão apresentados e discutidos, mas apenas aqueles aprovados serão publicados nos Anais do evento. A aprovação, portanto, é condição para a publicação.

Para a finalidade de composição do trabalho e de publicação dos Anais do evento, os estudantes receberão a notificação de “aprovados para publicação” ou “necessário proceder ajustes para publicação”.  Caso indicado pela avaliação, o estudante deverá realizar os ajustes recomendados para que seu resumo figure entre os publicados nos anais. Aqueles que receberem a notificação de ajustes, devem responder o e-mail com as alterações editadas na cor vermelha no texto, no prazo de até uma semana após o recebimento do e-mail, para serem incluídos nos anais do evento.

No quadro a seguir, estão os critérios de avaliação dos resumos considerando os estágios de desenvolvimento dos trabalhos submetidos. 

Estágios/ Quesito & Pontuação Máxima

A

 

B

 

C

 

D

 

E

 

F

 

G

 

H

 

 Estágio 1

4,00

3,00

2,00

Não se aplica

Não se aplica

 

Não se aplica

 

Não se aplica

 

 1,0

 Estágio 2 

2,0

2,0

1,0

3,0

1,0

Não se aplica

 

Não se aplica

 

1,0

 

 Estágio 3 

 

1,0

2,0

1,0

4,0

1,0

Não se aplica

 

Não se aplica

 

 1,0

Estágio 4 

1,5

1,0

0,5

2,0

Não se aplica

 

3,0

1,0

1,0



 

Critérios:

A - Introdução contendo problema, lacuna sobre o tema e justificativa.

B - Introdução com a pergunta da pesquisa coerente com o problema apresentado

C - Objetivo

D - Métodos explícitos e coerentes com o objetivo

E - Resultados esperados ou preliminares presentes no texto

F - Resultados redigidos com domínio e coerência com os métodos

G - Capacidade analítica na conclusão e se tal conclusão responde ao objetivo

H - Recomendações explícitas

Parâmetros:

De 10,0 a 9,0 – excelente – publicar

De 8,9 a 7,5 – bom – publicar

De 7,4 a 5,0 – regular – necessita de ajustes menores para publicar

Abaixo de 4,9 – insuficiente – necessita de ajustes maiores para publicar

Apresentação de Trabalhos

Todos os resumos submetidos serão apresentados em sessões que ocorrerão nos dias 11 e 12 de agosto de 2025, nas salas da EGF. A proposta é que cada discente apresente seu trabalho numa sessão e participe de outras como ouvinte, conhecendo outras pesquisas e colaborando com os demais participantes do Seminário.

Cada sessão terá duração de 1h45min e ocorrerá em uma das salas da EGF previamente designada. Ela reunirá trabalhos de um mesmo eixo temático e será mediada por professor(a), egresso(a) e/ou convidado(a) da coordenação do eixo temático. O tempo de cada apresentação será organizado pela mediação, visando garantir tempo para todos.

A fim de garantir um ambiente colaborativo, propõe-se que a mediação e a participação nas sessões de trabalho ocorram com referência à três regras complementares:

  1. Atitude construtiva, orientada pela preocupação de que o trabalho saia mais forte do que entrou na sessão;
  2. Comunicação empática, baseada no cuidado recíproco para que as colocações sejam feitas, mas de maneira a contribuir e não a desqualificar;
  3. Disponibilidade para a colaboração: ter seu trabalho lido, discutido e comentado é um exercício atitudinal importante e necessário ao desenvolvimento da pesquisa e do(a) pesquisador(a).

 

A distribuição das salas será divulgada em julho.

 

Em caso de dúvidas, faça contato pelo e-mail seminario.ppgpps@fiocruz.br

Inscrições

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Expediente

Diretoria Executiva da Fiocruz-Brasília

Maria Fabiana Damásio Passos


Diretoria da EGF

Luciana Sepúlveda Köptcke

Gisele de Jesus Silva


Comissão Coordenadora do Programa

Noely Fabiana Oliveira de Moura (Coordenadora)

Flávia Tavares Silva Elias (Vice-coordenadora)

Agda Nayara Josino Sampaio

Elaine Almeida do Carmo

Erica Ell

Erika Barbosa Camargo

Fabiana Silva dos Santos Lino

Francini Lube Guizardi

Luciana Sepúlveda Köptcke

Mariella Silva de Oliveira-Costa

Wagner de Jesus Martins


Comissão Organizadora

Aline Guio Cavaca

Mariella Silva de Oliveira-Costa

Argus Tenório Pinto de Oliveira

Julia Vilela Garcia

Ruhan Ramono Lacerda


Comissão Científica

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Mediação

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Palestrantes

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Secretaria Acadêmica

Agda Nayara Josino Sampaio (Coordenadora)

Julia Vilela Garcia

Leandro Mendes Nascimento

Ruhan Ramono Silva Lacerda


Assessoria de Comunicação

Isabel de Freitas Aoki

Sergio Velho Junior


Núcleo de Eventos

Savia Silva Soares Pueyo


Transmissão

Núcleo de Educação à Distância (NEAD/EGF) 


Editoração dos Anais

Comissão Organizadora

Comissão Coordenadora do Programa


Biblioteca

Lívia Rodrigues Batista


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