II Seminário de Corpo, Cultura e Consumo

II Seminário de Corpo, Cultura e Consumo

online Faculdade de Informação e Comunicação - Goiânia - Goiás - Brasil
presencial Com transmissão online

O evento já encerrou

finalizado

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II Seminário de Corpo, Cultura e Consumo

“Revisitando Damas de Paus"

O segundo seminário do Grupo de Pesquisa “Corpo, Cultura e Consumo” já tem data marcada, em sua primeira fase irá ocorrer entre os dias 22 e 23 de Janeiro e posteriormente nos dias 01 e 02 em fevereiro. O evento tem por objetivo trazer à luz discussões sobre o universo das travestis para a Universidade, promovendo palestras, mesas redondas e apresentação de trabalhos científicos. A realização do evento é do grupo de pesquisa cadastrado no CNPq: Corpo, Cultura e Consumo, além de contar com o apoio da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC/UFG) e do Programa de Pós-Graduação em Arte e Cultura Visual (PPGACV) da Faculdade de Artes Visuais (FAV/UFG).

O tema escolhido desta edição foi “Revisitando Damas de Paus”, baseado na obra inaugural sobre o assunto nos anos de 1990 “Damas de Paus: o Jogo Aberto dos Travestis no Espelho da Mulher”, da autora Neuza Maria de Oliveira. O evento irá ocorrer de forma híbrida em sua abertura e encerramento nos dias 22 e 02, na (FIC/UFG). Já as palestras e apresentações dos Grupos de Trabalhos, serão realizadas por formato online em videoconferência.

As inscrições para apresentação de trabalhos nos (GTs) se iniciam no próximo dia 01 de Dezembro.  Segundo o Coordenador do Seminário, João Dantas, o evento busca “avançar na compreensão da necessidade de construir uma autoridade acadêmica em que os campos de estudo não se estabeleçam como delimitações de poder. Vivemos um momento em que as travestis não mais servem como meras pontes entre elas e a academia; é chegado o momento mesmo que precarizado onde elas podem refletir sobre seu lugar de fala a partir de diversas perspectivas, sendo acolhidas como uma polifonia, um caleidoscópio que se regula sem a necessidade de um eixo ideal”. 


COORDENAÇÃO GERAL


  • João Dantas dos Anjos Netos (Professor da Faculdade de Informação e Comunicação, FIC/UFG e do Programa de Pós-Graduação em Arte e Cultural Visual PPGACV/UFG. E-mail: joaodantas@ufg.br)
  • Samuel José Gilbert de Jesus (Professor e Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Arte e Cultural Visual, FAV/UFG. E-mail: Samuel.dejesus@ufg.br).
  • Debendra Biswal (Universidade Central de Jharkhand · Centro de Direito Tribal e Consuetudinário Ph.D. Antropologia Universidade de Nova Deli. E-mail: dkbiswal@rediffmail.com).



Inscrições para Ouvinte

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Atividades

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Participantes

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Submissões

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Grupos de Trabalho (GT)

Identificação e Resumo

  • GT – 1: Ser humano é verbo: corporiedades do universo travesti

Coordenação:
João Dantas (FIC/UFG e PPGACV/UFG); Thiago Manieri (FIC/UFG); Gustavo Guedes (UFRN)

Resumo: Um dos principais atributos no campo da pesquisa que o enfoque sobre transexualidade proporcionou aos estudos de gênero - e, mais amplamente, à leitura do humano -, refere-se à evidenciação da natureza processual e situada que marca os corpos e subjetividades transgênero ao longo de ser habitar no mundo. Ou seja, visto que facilita a demonstração do contínuo e permanente construir performático de si (Butler, 1993), o enfoque figura como um locus privilegiado para reflexões acerca da própria condição humana. Uma muito vantajosa consequência deste aspecto, doravante, consiste no inevitável colapso de qualquer essencialismo identitário, sexual etc.  Atravessados e compostos por emaranhados de linhas diferenciais - molares, moleculares e de fuga (Deleuze & Guattari, 1987) - que do poder ao desejo, envolvendo recursiva e dialogicamente dispositivos e agências (Foucault, 2001), os corpos travestis conformam um dilema categórico: emergem no entremeio da dicotomia homem/mulher sem se deixar capturar. Como chega-se a argumentar, a travestilidade trata-se de uma verdadeira insurgência contra a heteronormatividade falocêntrica, colapsando seus fundamentos primeiros (Fernández, 2004). Considerando que todo sistema – biológico e/ou social - é auto-eco-organizador (Morin, 2007), pode-se dizer que, se valendo dos materiais do binarismo, os agenciamentos travestis exploram criativamente a baliza desta auto-(re)construção permanente (da Silva, 2006). 
Na pioneira obra “Damas de Paus” (1994), Neuza Oliveira corretamente enfatiza o caráter processual e ambivalente das travestis em suas transições, contra esquemas binários – em especial masculinidade/feminilidade. Contudo, apesar do louvável esforço e ganhos analíticos, existem lacunas inevitáveis em sua obra. Além de Oliveira utilizar o artigo “o” para se referir às travestis, o que mantém de certo modo um esquema de relação “essência-aparência”, Maria Cutuli (2012) salienta uma inadequação ainda mais crucial: a ambição de desvelar a lógica “sexo-genérica” do Brasil e generalizá-la para países de porte e diversidade semelhantes. Sob uma perspectiva antiessencialista e imanente, tal universalização simplesmente não é possível. Trata-se, portanto, de pensar com e contra a obra. Ou seja, trata-se de atualizar criticamente seus debates sob outras luzes.    
A partir do enfoque aqui defendido, o corpo pode ser apreciado à luz de sua ontogênese, enquanto contínuo processo imanente de individuação (Simodon, 2020). Desde uma perspectiva atenta aos devires que atravessam e constituem os corpos, torna-se evidente que toda forma não é senão uma cristalização provisória de um processo (re)generativo. Operar essa (des)inversão é refinar as atenções às sutilezas dos processos de mistura e crescimento dos corpos imersos e ativos na matriz de movimentos que gera o ambiente habitado. É notar que, longe de figurarem como entidades autocontidas, fechadas atomisticamente sobre si mesmas, os organismos, como nos ensina a fenomenologia de inspiração ecológica, são abertos ao ambiente e seu vir-a-ser é parte e parcela do vir-a-ser do mundo (Casanova, 2017). É conceber as pessoas como bricolleurs que, sob  inspiração artesã, pensam através do fazer (processo) e não o inverso. Mais fundamentalmente, é se dar conta de que, para usar a célebre declaração de Ingold (2015, p. 115), longe de ser um nome, “humano é um verbo”.
Apesar do incremento na circulação de informações e a ampliação de vozes na sociedade midiatizada, prevalecem ainda os estereótipos construídos na mídia. A mídia tradicional, revestida de seu poder de emissora, dificulta o diálogo e impede as vozes da periferia, os corpos marginalizados e estereotipados. Braga (2006) enfatiza a dimensão conversacional da sociedade em uma perspectiva ampla do comunicacional, sem restringi-la aos processos midiáticos. Contudo, interessa-nos em especial a lógica conversacional viabilizada pelas estruturas midiáticas. O processo de midiatização da sociedade se complexifica com a circulação e recirculação de sentidos. Nos interessa debater e refletir os múltiplos sentidos dos corpos e subjetividades transgêneros postos em circulação na sociedade midiatizada.
Com isso, no presente GT, são bem-vindas contribuições que enfoquem as imanências do vir-a-ser travesti em sua corporeidade fractal e multíplice.  



  • GT – 2: 'Posso falar com você?': narrativas imagéticas, afetos, feminismos e racialidades"

Coordenação:
Juara Castro (FIC/UFG); Gabriela Marques (FIC/UFG)

Resumo: O grupo de trabalho (GT) sinaliza uma provocação a partir da pergunta: "Posso falar com você?" - e reflexão sobre a sociabilidade e vivência de corpos dissidentes em espaços de poder que não eram (são) acessados e presentificados por imagens e imaginários não-hegemônicos. O GT recebe trabalhos em uma perspectiva decolonial para a compreensão de como mulheres negras, indígenas, ciganas e outras racialidades elaboram produção de saberes e comunicação que subvertem a ordem hegemônica. Debate-se também como narrativas imagéticas e afetividades atuam em uma perspectiva interseccional na produção de sentido, a partir de possibilidades de comunicação e vínculo. 

  • GT – 3: Transversais: Corpo, Cultura e Migrações

Coordenação:
Juliana Cardoso Ribeiro (UP); Leandro Silva (EHESS); Luis Arthur da Costa Silva (PUCRS)

Resumo: As migrações internacionais se caracterizam, primordialmente, pela mudança de residência do indivíduo de um país a outro e podem ser motivadas por diversos fatores, seja de ordem econômica, ambiental, política, ou simplesmente pelo desejo de mudar de estilo de vida.
Todo imigrante atravessa um processo de “desparametrização” do seu cotidiano ao longo da busca pela integração na sociedade receptora (Pires, 2003, p. 74), durante o qual viverá novas experiências e transformações na sua identidade. Na sociedade de destino, é provável que o imigrante sempre seja visto como o “outro”, o “estranho”, e “não membro do grupo” (Simmel, 2005, p. 270). Esta situação se agrava quando o sujeito imigrante vivencia experiências de violências e discriminações diversas, como as de cunho étnico-racial, de orientação sexual e/ou identidade de gênero, intolerância religiosa, entre outras.
Diante do exposto, este GT se propõe a discutir, em perspectiva interseccional, interdisciplinar e decolonial, as trajetórias e estratégias de sobrevivência, integração e/ou resistência de corpos e identidades migrantes, englobando nomeadamente, mas não de forma restrita, pesquisas que relacionem o tema das migrações internacionais com problemáticas concernentes aos estudos de gênero e sexualidade.

No presente GT serão aceitos trabalhos de campos disciplinares diversos, como Antropologia, Artes, História, Relações Internacionais, Sociologia, Turismo e áreas afins.

Palavras-chaves: Corpo. Identidade. Interseccionalidade. Decolonialidade. Migrações Internacionais.

  • GT – 4: O meu corpo te assusta?

Coordenação:
Jocy Junior (PPGACV/UFG); Marcus Turíbio (PPGACV/UFG)

Resumo: Como os corpos que divergem da cisheteronormatividade são vistos? Como afrontas? Como ameaças? Habitar um corpo LGBTQIA+ passa, muitas vezes, pela compreensão que há um peso, por vezes insuportável, resultante de certos olhares. Olhares que rotulam, julgam e marginalizam nossas existências. Olhares que, queiramos nós ou não, nos formam e nos deformam. Olhares que nos ensinam a olharmos para nós de formas nocivas, as quais precisamos nos esforçar para contornar no decurso da vida. Mas de onde vêm esses olhares? O que legitima esses modos de ver deturpados e violentos? 
Uma linha possível de investigação está relacionada à qualificação daqueles corpos insubordinados às normas como errados, “fora do lugar”, e, por isso, amedrontadores. É colocada em cena a noção de que nossos corpos são inaceitáveis por se manifestarem, se comportarem e se relacionarem fora das linhas coercitivas da cisgeneridade e da heterossexualidade compulsórias. Ou seja, a percepção (sobretudo visual) do desvio com relação às expectativas do que determinados corpos supostamente podem ser e fazer se torna fundamento para o temor diante deles.
Esse medo diante dos corpos que desestabilizam as normas de gênero e sexualidade pode ser atribuído à demonstração que eles fazem na prática de que as identidades que se supõe “verdadeiras” e “corretas” são, na verdade, frágeis, e podem ser subvertidas. A pretensa legitimidade da cisheteronormatividade, então, sustenta o medo e o ódio à diferença, ao mesmo tempo em que é por eles sustentada. Esses sentimentos são manifestados claramente em determinados olhares, lançados sobre nossos corpos por pessoas que aprenderam a perceber a diversidade como uma inadequação, uma perversão, um problema. O olhar, entretanto, é apenas o primeiro contato hostil nesses encontros. Muitas vezes, ele é seguido por outros atos cruéis, como o uso de palavras e gestos que agridem, ferem, matam.
Aprendemos, por isso, a temer. Se, por um lado, nossos corpos assustam, devido aos significados atribuídos a eles dentro de uma sistematização perversa dos gêneros e sexualidades, nós também tememos os corpos alheios, por não sabermos de quais deles podem partir ameaças às nossas vidas. Nossas caminhadas são marcadas pelo medo de que nossa mera existência nos torne alvos de violências. Diante desse temor, algumas pessoas acabam por se camuflar, para evitar atrair olhares. Outras decidem enfrentar o medo, ainda que isso signifique conviver com certa insegurança, uma vez que basta um olhar que nos detecte como ameaça a ser eliminada para que estejamos em perigo. 
A importância do olhar, posta em questão até aqui, revela que este não se trata apenas do processo fisiológico de captação do mundo que nos cerca a partir de nossos olhos, mas, sobretudo, de uma construção sociocultural. O olhar daqueles que se assustam conosco e que nos assustam não é algo nato. Esse modo de ver é aprendido e ensinado, e pode ser desaprendido. O estímulo ao medo e ao ódio diante de nós fazem parte de um projeto cisheteronormativo de sociedade, com o qual não compactuamos, e que buscamos transcender. Para alcançar esse objetivo, é preciso um diálogo amplo, que alcance pessoas diversas, expondo e denunciando a compulsoriedade das normativas estreitas de gênero e sexualidade como uma farsa que não prejudica apenas a nós, mas a todas as pessoas.
A proposta neste Grupo de Trabalho é construir uma roda de conversa, na qual a pluralidade de olhares permita reconhecer e imaginar formas de desafiar as normativas binárias e coercitivas de gênero e sexualidade, uma vez que a ruptura com sua autoridade ilegítima livra a todas as pessoas do fardo do medo e torna possível um bom convívio na diversidade. No encontro dessas vozes, propomos acessar caminhos possíveis para o enfrentamento dos temores resultantes dos processos de confiscação do olhar para dominação e normatização dos corpos e das mentes. Para isso, propomos a construção de um espaço de partilha e escuta de trabalhos de pessoas que experimentam com a ruptura da cisheteronormatividade nas interseções entre vida, ativismo, pesquisa, educação e cultura visual, em diálogo com trabalhos científicos e artísticos como os de Letícia Carolina Nascimento, Jaqueline Gomes de Jesus, Sara Wagner York, viviane v., Megg Rayara de Oliveira, Helena Vieira, João W. Nery, Hailey Kaas, Leonardo Peçanha, Maria Clara Araújo dos Passos, Lua Lamberti de Abreu, Jota Mombaça, Dodi Leal, Castiel Vitorino Brasileiro, Ian Habib, Laerte, Lino Arruda, Vi Grunvald, Brune Ribeiro da Silva, abigail Campos Leal, Amara Moira, Ventura Profana, Lina Pereira, Liniker, Majur e Urias.

  • GT – 5: Corpos, Sexualidade e Saúde Mental

Coordenação:
Karlene Bianca de Oliveira (UFPA); Fabiano Gontijo (UFPA)

Resumo: Corpos, sexualidades e saúde mental são temas que estão interligados, pois as pessoas com corpos diferenciados muitas vezes enfrentam desafios adicionais em relação à sua sexualidade, identidade de gênero e aceitação social. Além disso, a falta de educação e conscientização sobre a diversidade sexual e de gênero pode contribuir para a discriminação e o estigma enfrentados por muitas pessoas afetando a saúde mental dessas pessoas. É essencial promover a educação, a aceitação e a inclusão em relação a esses temas, bem como garantir que todas as pessoas tenham acesso a cuidados de saúde mental adequados e apoio para viver vidas saudáveis e felizes, independentemente de sua orientação sexual, identidade de gênero ou características físicas.
A conscientização em relação aos corpos diferenciados e às diversas sexualidades desempenha um papel fundamental na melhoria da saúde mental das pessoas. Algumas maneiras pelas quais a conscientização contribui para a saúde mental são através da redução do estigma; aceitação de si mesmo e do outro; inclusão social; acesso a recursos e apoio; educação e empatia e promoção de políticas inclusivas.

Palavras-chaves: Sexualidade; Saúde mental; Diversidade Sexual e de Gênero; Corpos Diferenciados.



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