UFPB Campus IV - Rio Tinto - Rio Tinto - Paraíba - Brasil
O I Seminário de Pesquisa do ICMBio Mamanguape: Unidades de
conservação atendendo a necessidades e desejos da sociedade será realizado entre os dias 06 e 08 de novembro de 2024 no Campus
IV da Universidade Federal da Paraíba, Rio Tinto/PB. O evento ocorrerá de forma
presencial, com diversas palestras, rodas de conversas e outras atividades,
como exposições e apresentações de pôsteres. O objetivo é promover o
intercâmbio de conhecimentos e o diálogo entre pesquisadores, gestores
ambientais e as comunidades que vivem dentro e no entorno da Área de Proteção
Ambiental (APA) da Barra do Rio Mamanguape, Área de Relevante Interesse
Ecológico (ARIE) Manguezais da Foz do Rio Mamanguape e Reserva Biológica
(REBIO) Guaribas, que integram o Núcleo de Gestão Integrada ICMBio Mamanguape.
O tema do evento foi inspirado no livro “Economia do desejo: A
farsa da tese neoliberal”, de Eduardo Moreira, que critica o modelo
econômico predominante. O sistema econômico moderno estimula os indivíduos a
uma busca desenfreada por consumo de bens e acumulação de riquezas muito além
de suas necessidades básicas, criando a falsa sensação de insuficiência
constante, o que movimenta a economia, mas gera a ansiedade, frustração das
pessoas e sobre-exploração da Natureza. Em contrapartida, o livro oferece
alguns exemplos de projetos sociais em que às necessidades materiais básicas
das pessoas são supridas e, pelo menos, uma parte dos desejos também, afinal os
desejos humanos podem ser infinitos.
Problemas resultantes do desejo excessivo não são uma novidade.
Tradições filosóficas milenares, como o Budismo e o Taoísmo trazem o
entendimento de que a infelicidade surge quando os desejos não correspondem à
realidade. De forma simplificada, uma receita do Budismo para ser mais feliz é
meditar para nos distanciarmos das nossas emoções e assim suavizarmos nossos
desejos. O Taoísmo acrescenta à essa fórmula o princípio chamado Wu Wei, ou
“ação pela não-ação”. Isso significa que podemos desejar, mas não devemos nos
esforçar de forma excessiva para realizar esses desejos. Se for para eles se
realizarem, seremos conduzidos naturalmente a eles; se não for, os desejos se
dissolvem e nos sentimos realizados, sem condicionarmos nossa mente a buscar
cada vez mais.
As áreas protegidas, no Brasil chamadas de unidades de conservação,
conservam atributos naturais que fornecem recursos materiais e imateriais para
a sociedade. Dentre esses recursos estão a água para irrigação e consumo
humano, fertilidade do solo, frutas, peixes, mariscos e outros produtos de
coleta direta, além de belas paisagens para a contemplação, paz de espírito e
informação científica. Nas unidades de conservação de uso sustentável e
habitadas, essa relação de fornecimento de recursos à sociedade é evidente,
devendo-se buscar o ordenamento de seu uso para garantir a sustentabilidade.
Nas unidades de proteção integral, essa relação se evidencia, principalmente,
pela visitação e a pesquisa científica, mas recursos naturais essenciais à vida
humana também transbordam transcendem os limites dessas áreas.
Por meio de um conhecimento empírico, podemos perceber que há um grande volume de pesquisas sobre os atributos naturais protegidos pela REBIO Guaribas. No entanto, são escassos os estudos que analisam sua relação com o entorno. Pouco ou nada sabe, pelo menos formalmente, sobre como ela é importante para fornecer recursos para as comunidades do entorno e como eles poderiam ser mais bem aproveitados. Já sobre a APA e a ARIE do Rio Mamanguape, existe um certo volume de conhecimento produzido com pesquisas socioambientais que oferecem recomendações de manejo voltadas à melhoria da vida das pessoas e do estado de conservação dos ecossistemas. Mas como fazer essas recomendações se tornarem ações de fato? Como incentivar a produção de novos conhecimentos em áreas que atualmente são pouco exploradas? A geração e aplicação do conhecimento científico em prol da sociedade e da Natureza é um desafio contínuo. Dar um passo para superar, ou pelo menos, reduzir ou mitigar esse desafio é um propósito do I Seminário de Pesquisa do ICMBio Mamanguape.
O período de submissão de resumos foi prorrogado para o dia 11 de outubro de 2024 (sexta-feira)!
Mas se precisar do fim de semana para terminar seu resumo, aceitaremos até dia 13/11 (domingo)!
Os resumos devem ser de pesquisas realizadas com dados na APA da Barra do Rio Mamanguape, ARIE Manguezais da Foz do Rio Mamanguape ou Reserva Biológica Guaribas, conforme modelo disponível neste site.
As submissões deverão ser realizadas via formulário próprio, disponível no link:
A) Resumo: https://forms.gle/cVArPMYMnYm91pZM8
Segue abaixo, o link do modelo do resumo a ser utilizado para envio das submissões:
B) Modelo de Resumo: https://encurtador.com.br/evDl4
Segue abaixo, os links dos modelos dos formatos de apresentações:
C) Modelo de Apresentação de Palestra: https://encurtador.com.br/CHyzV
D) Modelo de Poster: https://encurtador.com.br/APfc9
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