Vivemos em uma sociedade extremamente capacitista, nada
inclusiva e com problemas de acessibilidade, o que dificulta a vivência de
pessoas com deficiência na mesma. Na Universidade Federal do Oeste do Pará
(UFOPA), embora haja acessibilidade e políticas públicas voltadas a estudantes
com deficiência, temos ainda um longo caminho para percorrer. Segundo Sousa
(2021), o capacitismo se constitui como uma prática discriminatória contra
pessoas com deficiência, o que causa grandes dificuldades para essas pessoas,
que em muitos casos, permanecem excluídas na escola, em casa e em casa
sociedade como um todo. O capacitismo pode-se manifestar de diversas formas,
como oral, por meio de ofensas e palavreados de baixo calão, através dos
sentimentos ou atitudes que revelam pena/inferioridade ou mesmo superproteção
agravada. O termo capacitismo é relativamente novo e começou a ganhar
notoriedade nos Estados Unidos na década de 1980, durante os movimentos e
passeatas sobre os direitos das pessoas com
deficiência, e o termo, conforme a autora citou, é o preconceito ou a
discriminação contra pessoas com deficiência, preconceito esse que se baseia na
crença de que as pessoas com deficiência não
são capazes de viver como as pessoas sem deficiências, ou seja, de que
as pessoas com deficiências são
inferiores e não possui capacidades de ter uma rotina comum, e portanto, o uso
da expressão "capacitismo" denota esse tipo de preconceito. Conforme
dito, o capacitismo está enraizado em nossa sociedade e nas falas de vários
estudantes, incluindo os de licenciatura do Instituto de Ciências da Educação.
E devido a isto, houve-se a necessidade da criação deste seminário, pois os
estudantes deste instituto estão se graduando para atuar em sala de aula ou em
ambiente escolar, e devido à falta de inclusão que ainda persiste na educação,
é necessário que eles conheçam o que é inclusão, capacitismo e acessibilidade e
como eles podem lutar contra o capacitismo e a favor de uma escola mais
acessiva e inclusiva. É necessário a criação de uma cultura Anticapacitista
dentro da nossa universidade.