O I Encontro de Africanidades do CESTB visa discutir questões referentes à educação, história e cultura africana e afrobrasileira, numa perspectiva decolonial, visando ampliar nosso repertório para uma educação antirracista e afrocentrada. Vamos também discutir e reforçar a importância da lei 10.639, que há mais de 20 anos tornou obrigatório o ensino da História e Cultura Afro- Brasileira na educação básica, e inevitavelmente, modificou as licenciaturas, mas ainda encontra resistência e dificuldades para ser colocada em prática.
De acordo com o Censo 2022, a população do Amazonas é formada por mais de 66% de pardos e 3% de pretos e 4% de indígenas. No entanto, pouco tem se discutido a questão racial - especialmente voltada para a afrodescendência - nas nossas escolas e Universidade. A necessidade de uma Educação Antirracista pode ser pensada em duas perspectivas: A primeira num olhar de representatividade e de reconhecimento de nossa história e a segunda pensando na escola enquanto espaço social onde nossas primeiras relações são estabelecidas.
O I Encontro de Africanidades do CESTB surge da necessidade de pensarmos nossos currículos de Licenciatura e nossas práticas docentes e com o desejo de provocar professores e estudantes para as questões raciais. É uma oportunidade, também, de celebrar o Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, e que pela primeira vez será feriado nacional.
O encontro é uma realização conjunta do Laboratório de Infâncias, Arte e Formação de Professores (LABINFAP), Núcleo de Estudos Socioambientais da Amazônia (NESAM), Mini Laboratório da Nova Cartografia Social da Amazônia e do Centro de Estudos Superiores de Tabatinga (CESTB), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).