PROGRAMAÇÃO
19 de novembro
8:00h às 12:00h: Apresentação de Simpósios Temáticos
13:00h às 15:00h: Mesa Redonda: Histórias dos povos indígenas no Brasil
13:00h às 15:00h: Mesa Redonda: Nova direita global e no Brasil
15:00h às 17:00h: Mesa Redonda: História dos povos indígena na Bahia: Uma história em
construção
15:00h às 17:00h: Mesa Redonda: A Bahia no cenário político atual
18:00h-19:30h: Palestra de abertura O Brasil Miscigenado – Antônio Risério
Lançamento de livros
20 de novembro
Atividades culturais do dia da consciência negra
21 de novembro
8:00h às 12:00h: Apresentação de Simpósios Temáticos
13:00h às 15:00h: Mesa Redonda: Segurança Pública na Bahia – Desafios e limites
13:00h às 15:00h: Mesa Redonda: Artes e cultura durante a Ditadura Militar – Resistência e
rebeldia
15:00h às 17:00h: Mesa Redonda: Os protestantes e a política:
15:00h às 17:00h: Mesa Redonda: A Igreja Católica e a Ditadura
18:00h-19:30h Palestra Histórias da Ditadura Militar na Bahia
Lançamento de livros
22 de novembro
8:00h às 12:00h: Apresentação de Simpósios Temáticos
13:00h às 15:00h: Mesa Redonda: Arte e Política na Bahia do século XX
13:00h às 15:00h: Mesa Redonda: Escolas públicas: o que nos ensina
15:00h às 17:00h: Mesa Redonda: Os evangélicos durante a ditadura
15:00h às 17:00h: Mesa Redonda: Arquivos e Ditadura Militar – Desvendar uma história ainda
oculta
18:00h-19:30h: Palestra: As mulheres na luta armada
Lançamento de livros
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SIMPÓSIOS TEMÁTICOS:
ST 1 - GOLPES, DITADURAS E RESISTÊNCIAS
Coordenação: Dra. Maria Inês Caetano (UFRB),.Dr. Maurício F. Silva (UFRB), Dr. Silvio Benevides (UFRB)
Ementa: Ao longo da sua história republicana, o Brasil sofreu inúmeros golpes e tentativas de golpe de Estado. Por outro lado, porém, variadas foram as formas como a sociedade brasileira se organizou para resistir a esses golpes e tentativas de golpe. A organização política da sociedade brasileira nos ajudou a forjar nossa democracia, assim como, a construir uma cultura democrática cada vez mais norteadora das práticas cotidianas de nossas instituições sociais e políticas. O presente ST visa discutir trabalhos voltados para a compreensão dos golpes, tentativas de golpes e as formas de resistências aos não raros atentados contra a democracia brasileira, tomando como ponto de partida analítico a ditadura civil-militar instituída em 1964, chegando até os dias atuais, no contexto do governo Lula, cujo início do seu terceiro mandato foi marcado por mais uma tentativa de golpe de Estado na nossa história democrática.
ST 2 – ARTE E CULTURA NA DITADURA MILITAR
Coordenação: Drª Hanayana Brandão Guimarães Fontes Lima (UFBA)
Ementa: Entendendo que o campo cultural ocupou um lugar fundamental de disputas durante os vinte e um anos da ditadura militar brasileira, este GT acolhe pesquisas que se debruçam sobre as complexidades e contradições envolvendo diferentes setores da produção artístico-cultural realizadas durante o período. Estimula-se análises que levam em consideração os diferentes mecanismos de repressão aos intelectuais e artistas, as relações com a censura, a expansão da indústria cultural e a criação de um mercado cultural à bens simbólicos, além das diferentes estratégias de resistência cultural.
ST 3- HISTÓRIA DAS RELIGIÕES E DAS RELIGIOSIDADES
Coordenação: Dr. Grimaldo Carneiro Zachariadhes
Ementa: O objetivo deste ST é proporcionar uma discussão acerca dos estudos das religiões e religiosidades, entre os séculos XIX e XXI. Pensar as religiões a partir das suas práticas sociais, econômicas e políticas o que permite compreendê-las como parte integrante de culturas específicas, com atuação na construção e desconstrução de visões de mundo. Sendo assim, buscamos reunir trabalhos que analisem, tanto questões teóricas, como pesquisas sobre os temas seguintes: 1. História religiosa e das religiosidades, 2) história de instituições e confissões religiosas; 3. Religião e gênero; 4. Os intelectuais orgânicos e instituições laicas; 5. Ecumenismo, intolerâncias e estado laico; 6. Práticas religiosas no tempo presente; 7. Identidades, devoções e discursos religiosos nas sociedades modernas; 8. A interconexão entre as religiões com a política; 9) Os protestantes na realidade brasileira; 10) As religiões de matriz africana na construção da nacionalidade.
ST 4 - HISTÓRIA SOCIAL, PÓS-ABOLIÇÃO, MUNDOS DO TRABALHO E OUTRAS PERSPECTIVAS
Coordenação: Dr. Edinaldo Antônio Oliveira Souza (UNEB) e Drª Edinelia Maria Oliveira Souza (UNEB)
Ementa: A História Social reconheceu o protagonismo histórico de sujeitos sociais cujas trajetórias e experiências foram, por muito tempo, negligenciadas (ou excluídas) pela historiografia: escravos, trabalhadores, mulheres, negros, indígenas e diversos outros grupos e indivíduos. Nessa perspectiva, desde os anos 1990, a História do Trabalho tem experimentado um importante processo de renovação teórica e metodológica. A ampliação do universo cronológico e geográfico, bem como, do leque de fontes têm permitido o surgimento de pesquisas inovadoras, diversificando e redimensionando temáticas, enfoques e perspectivas de abordagem. Os limites cronológicos tanto recuaram para o século XIX quanto avançaram para a segunda metade do século XX. O universo geográfico transcendeu os limites do Sudeste e expandiu-se para vários outros estados e regiões, além de incorporar a perspectiva transnacional. Aos poucos, a história do trabalho deixou de ser exclusivamente a história de uma classe operária branca, masculina, urbana e fabril e das suas organizações para incorporar as múltiplas experiências dos trabalhadores, suas diversidades e identidades, práticas de associativismo, sistemas gerenciais, hierarquias funcionais, mediações legais e institucionais, estratégias de lutas por direitos nas instâncias públicas e privadas, em diferentes tempos e espaços, as intersecção entre classe, gênero e raça, biografias, etc. Esse simpósio temático pretende ser um espaço de interlocução e intercâmbio dessas novas pesquisas.
ST 5- POVOS INDÍGENAS NA HISTÓRIA DA BAHIA: HISTORIOGRAFIA, FONTES E DISPUTAS DE NARRATIVAS
Coordenação: Dr. André de Almeida Rego (UFRB) e Dr. Fabricio Lyrio Santos (UFRB)
Ementa: Este Simpósio Temático visa reunir trabalhos em diferentes estágios de amadurecimento que estejam voltados para a temática dos Povos Indígenas na Bahia, com ênfase para aqueles que dialogam com as recentes tendências historiográficas no âmbito da História Social, da História Cultural e do Ensino de História, incluindo também outras vertentes dentro e fora do campo da Historiografia. Sendo assim, serão acolhidos trabalhos de outras áreas de conhecimento, tais como da Antropologia, Linguagens e Educação, além de pesquisas interdisciplinares. O objetivo central é oferecer um amplo panorama investigativo, propiciando debates em torno de temas específicos, mas também de questões mais amplas de caráter teórico-metodológico, com destaque para os processos de identificação, catalogação e análise de fontes, sejam elas escritas, orais, iconográficas ou de qualquer outra tipologia. Tendo em vista o tema geral do evento, pretende-se também problematizar as disputas de narrativas que perpassam os conflitos e as lutas em torno da cidadania indígena e dos direitos assegurados pela Constituição Federal de 1988, após a reabertura democrática do país.
ST 6 - PENSANDO GÊNERO E SUAS INTERSECCIONALIDADES: DESAFIOS HISTORIOGRÁFICOS, POLÍTICOS E ECONÔMICOS DA CONTEMPORANEIDADE
Coordenação: Dra. Maria Aparecida Prazeres Sanches (UEFS) e Dra. Nancy Rita Sento Sé de Assis (UNEB)
Ementa: Naturalizar as desigualdades de gênero e raça, enquanto discursos e práticas recorrentes, tem se consolidado como dispositivo fundamental de uma política de reprodução das desigualdades sociais, políticas e econômicas de vários países, entre os quais destacam-se, no ocidente, aqueles que viveram a experiência histórica da colonização de base escravista, a exemplo do Brasil. O simpósio temático aqui proposto, inspirado na reflexão de Cristiano Rodrigues – segundo a qual “a interseccionalidade estimula o pensamento complexo, a criatividade e evita a produção de novos essencialismos” –, objetiva agregar estudos de história do gênero em seus mais variados campos de interesse, temáticos e/ou teóricos, para promoção de debates em torno de questões de gênero que evocam o nosso passado-presente e muito têm dizer sobre os múltiplos desafios e lutas envolvidas nas relações de gênero e entre gêneros. Serão bem-vindos temas como: gênero, escravidão e pós-abolição; gênero e racismo; gênero e sexualidades; gênero, feminismos e masculinidades; gênero, raça e referências epistemológicas; gênero, violência e poder econômico; gênero, violência e poder político e gênero, interseccionalidades e políticas públicas, entre outros. Temas e questões da maior relevância para o entendimento e enfrentamento dos “processos de diferenciação e autoafirmação necessários para que seja possível sobreviver à pulsão de morte que parece reger todo e qualquer movimento de emancipação de uma sociabilidade em crise”, conforme adverte Alessandra Devulsky. Por fim, a ideia é acolher estudos comprometidos com a crítica e a desconstrução das naturalizações envolvidas nas diferentes e complexas experiências sociais, políticas, culturais e econômicas vividas por homens e mulheres ao longo da história.