Este é um evento online
Lluvia de Escritos Soy la cortina de letras sobre la playa donde siempre muero después de salvarme del naufragio . Suena rotunda una ola de críticas sobre esta nube de ideas y este párrafo se cierra porque ya es hora de travesías. |
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SIMPÓSIOS GERAIS
A- LITERATURA: O presente simpósio tem o objetivo de suscitar discussões e reflexões acerca de obras e produções literárias, seus contextos de produção, características e relações com outras obras e com outras manifestações da arte e do conhecimento.
B- LINGUÍSTICA: O presente simpósio tem o objetivo de suscitar discussões e reflexões sobre a linguagem verbal humana com base em observações e teorias que possibilitam a compreensão da evolução das línguas e desdobramentos dos diferentes idiomas. Ela é responsável também pelo estudo da estrutura das palavras, expressões e aspectos fonéticos de cada idioma assim como aspectos semânticos, funcionais e de aquisição da língua.
C- LINGUISTICA APLICADA: O presente simpósio tem o objetivo de suscitar discussões e reflexões sobre o uso da linguagem dentro ou fora do contexto escolar. Trata-se de estudos que analisam o ensino e a aprendizagem de língua materna ou de línguas estrangeiras e os elementos que deles participam.
D- LÍNGUA DE SINAIS: O presente simpósio tem o objetivo de suscitar discussões e reflexões sobre o ensino-aprendizagem da língua de sinais de surdos no Brasil e no mundo, sua estrutura, didática e luta pelos direitos das pessoas surdas.
E- TRADUÇÃO: O presente simpósio tem o objetivo de suscitar discussões e reflexões sobre os fenômenos do traduzir e das traduções na medida em que se manifestam no mundo da experiência, e discutir princípios gerais por meio dos quais esses fenômenos poderão ser explicados e previstos. Inclui contextos específicos como a tradução jurídica, comercial e literária entre outras.
F- EDUCAÇÃO: O presente simpósio tem o objetivo de suscitar discussões e reflexões sobre as competências, habilidades e atitudes do educando e do educador, entender a história das ideias pedagógicas em sua diversidade de teses e de visões, como forma de possibilitar a construção do conhecimento teórico sobre a educação.
G- HUMANIDADES: O presente simpósio tem o objetivo de suscitar discussões e reflexões sobre as ciências humanas que é um conceito epistemológico que designa a um extenso grupo de ciências e disciplinas que tem como objeto de estudo o ser humano, sua linguagem, sua arte e seu pensamento, a cultura e suas formações históricas, a ocupação do território e as formas de relacionamento dos grupos humanos.
H- 500 AÑOS DE LA TRAVESÍA DE MAGALLANES: Hace 500 años, la expedición Magallanes-Elcano completó por primera vez la circunnavegación del planeta. Cinco naves con unos 250 hombres a bordo partieron de Sanlúcar de Barrameda el 20 de septiembre de 1519. Tres años más tarde, solo un puñado de supervivientes arribaría a puerto. El propósito de este simposio consiste en presentar y discutir sobre las connotaciones históricas, culturales, sociales, económicas y religiosas, entre otras, que tal acontecimiento tiene, en la perspectiva de los estudios críticos postcoloniales". Coordenador : Prof Jaime Alberto Galgani Muñoz
SIMPÓSIOS TEMÁTICOS
I- TRADUCCIÓN DE LITERATURA INFANTIL Y JUVENIL: UN PASEO POR LATINOAMÉRICA
La traducción del
género literatura infantil y juvenil es, posiblemente, una de las actividades
más antiguas que conocemos (AZENHA JÚNIOR, 2015), pese a que tanto su temática
como sus características han evolucionado bastante con el paso del tiempo, algo
que también les ha sucedido a otros géneros literarios. El objetivo de esta
mesa es abordar las complejidades que rodean a la literatura infantil y juvenil
y su traducción, centrándonos en las producciones literarias escritas en las
lenguas española y portuguesa. Partiendo de teóricos tanto de la literatura
infantil y juvenil –Regina Zilberman, Nely Coelho, Bruno Bettelheim–, como de su
traducción –Zohar Shavit, Peter Hunt, Coillie & Verschueren–, pretendemos
abordar temas como relaciones asimétricas entre adulto y no adulto, didactismo,
paternalismo, manipulaciones ideológicas, diversas adaptaciones, entre otros
aspectos que se observan sea en la literatura o en la traducción de este
género. Nos interesa reflexionar sobre este proceso a partir de múltiples y
transdisciplinares puntos de vista, para abordar críticamente el desempeño de
los adultos que son quienes escriben, publican, traducen y se encargan de su
distribución en el mercado, actividades estas de las cuales el público lector no
participa. Por ello, esta mesa acoge trabajos que discutan las peculiaridades
de la literatura infantil y juvenil, su traducción, tanto al portugués como al
español, los desafíos y estrategias para un(a) traductor(a) consciente de su
quehacer y responsabilidad en la construcción del imaginario colectivo.
Palabras clave:
Literatura infantil y juvenil. Traducción literaria. Latinoamérica
Coordenadoras : María del Mar PÁRAMOS CEBEY
(UnB) Lucie Josephe DE LANNOY (UnB)
J- NUEVOS PARADIGMAS EN LA ENSEÑANZA DE LAS LENGUAS: ¿Qué significa enseñar una lengua en el siglo XXI? Este simposio reflexiona acerca de los nuevos paradigmas, las prácticas y experiencias que han surgido en las últimas décadas que ven el proceso de enseñanza-aprendizaje de lenguas situado en contextos de permanente transformación.
Coordenador: Prof. Pablo Corvalán
K- DESAFIOS DO ENSINO DE LITERATURA NO ENSINO BÁSICO E
SUPERIOR: A INCLUSÃO DA LITERATURA AFRODIASPÓRICA E AFRICANA Coordenadoras: Norma Diana HAMILTON (UnB)
Dayse Rayane e SILVA MUNIZ
O objetivo desta mesa é desenvolver diálogos reflexivos sobre possíveis
soluções para os desafios do ensino de literatura na educação brasileira,
pensando a inclusão das vozes literárias afro-brasileiras, afro-diaspóricas e
africanas. Há dezoito anos que foi implementada no Brasil a lei 10.639/2003,
que preconiza a inclusão da cultura afrodescendente (e indígena) nos espaços
educacionais. A inclusão verdadeira dessa perspectiva nos currículos
educacionais e nos processos de ensino-aprendizagem na área de literatura
tem sido morosa, devido a problemas que envolvem a formação de
professores, as crenças enraizadas em perspectivas eurocêntricas, dentre
outros desafios. Os trabalhos a serem apresentados neste simpósio podem
abarcar: a identificação dos desafios de ensino de literatura no ensino básico
ou superior, pensando também os desafios para a inclusão da autoria
afrodescendente e africana; a avaliação do cumprimento da lei supracitada nos
espaços educacionais desde a implementação legal em 2003 até os dias de
hoje; as possíveis soluções para os desafios no ensino de literatura em geral e
para maior inclusão das vozes mencionadas; recomendação de textos de
autoria afrodescendente e africana para leitura ao nível básico ou superior e
abordagens didáticas para o ensino desses, dentre outras questões.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino de Literatura. Desafios no Ensino. Inclusão de
Literatura Afrodescendente e Africana. Lei 10.639/2003. Literatura Afro-
Brasileira.
M- O CORPO ENCENA NA LITERATURA E OUTRAS ARTES
RESUMO: Tomando como base os diálogos sobre o corpo na literatura e nas artes (pintura, cinema e teatro), propomos neste simpósio estudos sobre a representação do corpo. Assinalado pela subversão, ruptura e denúncias em relação às forças do ordenamento e das formas de poder, textos como os literários, visuais e cênicos proporcionam novas significações ao ser, ao sujeito, de modo que é lícito pensar o corpo conforme suas subjetividades ou, ainda, a partir do princípio das relações políticas, filosóficas, sociais, antropológicas. Diante das amplas possibilidades de se estudar o sujeito e a corporeidade, caminhamos pela via que passa pelo erotismo das formas. Essa visão se sustenta na dualidade interdito e transgressão dos modos e/ou das estruturas de poder, que há muito tem sido manifestada na pintura, no teatro, no cinema e na literatura e em outros sistemas de linguagem. Acreditamos que a Literatura e outras artes são campos profícuos dessa discussão nos desdobramentos de: alteridade dos corpos e o jogo de poder, a sujeição do corpo, a violência e/ou o erotismo dos corpos, a doutrina do corpo e a ruptura, o interdito da sexualidade, entre outros.
Coordenadora: Lucélia
de Sousa Almeidda
N- MODOS DE FAZER E DE
DIZER ACADÊMICO-CIENTÍFICOS EM DIFERENTES CAMPOS DE CONHECIMENTO: CONCEPÇÕES,
PRÁTICAS, REGULAÇÕES.
Neste simpósio temático, propõe-se
discutir o desafio epistemológico da produção científica em contexto
latino-americano, levando em consideração práticas de letramentos
acadêmico-científicos na produção de artigos e/ou de outros gêneros caros ao
ensino superior, seja por principiantes, seja pelos chamados pesquisadores
experientes, em diferentes áreas de conhecimento. Busca-se discutir como essas
práticas letradas emergem numa conjuntura caracterizada pela cultura de rankings
das instituições de ensino superior e de centros de pesquisa, pela coerção
exercida por índices bibliométricos, que mensuram o impacto do pesquisador e de
periódico, pela exigência de internacionalização de publicação científica em
língua distinta da latino-americana e pela atuação de softwares
antiplágio, vistos como dispositivos de controle dos modos de dizer científicos
no que toca às relações com a palavra de outrem. Em suma, elegendo como objeto
de estudo os modos de fazer e de dizer acadêmico-científicos de diferentes
campos de conhecimento, bem como suas várias formas de regulação/coerção,
tenciona-se discutir o processo de produção acadêmico-científico, levando em
conta questões teórico-metodológicas ligadas às próprias práticas científicas
em diferentes culturas disciplinares. Propõe-se, assim, acolher trabalhos de
pesquisa que apresentem resultados sobre: (i) o funcionamento do discurso
científico em artigos científicos ou em outros gêneros do métier
acadêmico-científico de distintas áreas de conhecimento; (ii) a concepção de
ciência em distintas áreas de conhecimento; (iii) representações sobre as especificidades de
gêneros acadêmico-científicos por membros (iniciantes e experts) de
distintas comunidades discursivas; (iv) funções da escrita na formação
universitária em geral, e, particularmente, em relação à dimensão
profissionalizante da formação universitária; (v) prescrições para o fazer e o
dizer científico, seja no contexto do ensino superior, seja por parte de
agências de fomento e de avaliação, seja advindas das normas para submissão e
avaliação de periódicos.
Palavras-chave: Escrita
acadêmico-científica. Gêneros acadêmico-científicos. Letramento. Discurso
científico. Cultura disciplinar.
Coordenadores: Adriana Fischer (FURB) e Juliana Assis (PUC Minas)
O- AUTONOMIA NOS PROCESSOS CONTEMPORÂNEOS DE
ENSINO E APRENDIZAGEM DE (MULTI) LETRAMENTOS NA UNIVERSIDADE E FORA DELA
Resumo:
A questão da autonomia do aprendiz em processos de ensino e aprendizagem de
(multi) letramentos tem sido tematizada por diferentes agentes internacionais e
nacionais, preocupados com mudanças em curso no mundo contemporâneo, com
destaque para novas demandas na formação para o trabalho e ao longo da vida, e na
formação escolar, especificamente.
Se, de fato, essa é uma agenda importante no contexto brasileiro pós-pandêmico,
voltado para a busca de alternativas de aceleração e aprimoramento da aprendizagem
em todos os níveis, algumas questões se colocam para a formação acadêmica no
campo específico dos estudos da linguagem, a serem exploradas e debatidas neste
seminário. Destacamos duas delas.
A primeira diz respeito ao que, nesse campo, se está compreendendo por autonomia
do aprendiz, seja ele aluno ou professor, na escola ou fora dela, ou seja, a que tipo de
metareflexão sobre linguagem e a que procedimentos, materiais e técnicas de
observação e análise está relacionada a noção de autonomia nesse campo específico.
A segunda questão diz respeito às configurações locais dos processos
contemporâneos de ensino e aprendizagem dos (multi) letramentos acadêmicos, ou
seja, em que consistem tais processos e quais as implicações para a promoção da
autonomia.
Com relação a essas configurações, é preciso considerar algumas variáveis
constitutivas e seus desdobramentos, como a heterogeneização crescente do alunado
desde os programas afirmativos dos anos 2010 e a conseqüente intersectionalidade
dos perfis de aprendiz; as políticas de internacionalização da universidade e
conseqüente parametrização dos (multi) letramentos acadêmicos segundo modelos da
tradição anglo-americana de produção científica inspirada nas ciências naturais; a
tecnologização acelerada das relações pessoais e comunitárias, inclusive das relações
pedagógicas em ensino remoto. Como essas variáveis têm grau de impacto e alcance
muito variados, complexificam de forma significativa a discussão das duas questões
colocadas no início e deverão ser contempladas neste seminário.
Coordenadores: Inês Signorini (UNICAMP)
Luciani Tenani (UNESP) Manoel Luiz G. Correa (USP)
P- A IMPORTÂNCIA DA MEMÓRIA COMO CATEGORIA
EPISTEMOLÓGICA PARA O ESTUDO DAS CIÊNCIAS CRIMINAIS EM CONTEXTOS
LATINO-AMERICANOS
Resumo
Os contextos
históricos e legislativos dos países Latino-Americanos são marcados por
inúmeros massacres e opressões, que se iniciam no período de colonização, mas
que se mantém até os dias atuais na herança cultural desses Estados (ALMEIDA,
2019). O racismo e o machismo são algumas das referidas heranças
histórico-culturais, e os impactos derivados dessas estruturas opressivas
impactam de forma profunda a legislação criminal e o sistema penal e
penitenciário dos países (FLAUZINA, 2008). No Brasil, a título exemplificativo,
basta prestar-se a uma análise aprofundada e crítica da realidade desumana do
sistema carcerário e do perfil do encarcerado – jovem, pobre e negro (BRASIL,
2019) – para que se perceba como a opressão e a segregação racista do período
de escravidão ainda encontra longe de ser superada (VALLE, 2021). Tendo isso em
vista, para compreender-se de forma completa e devidamente contextualizada os
contextos históricos e culturais dos países Latino-americanos, bem como suas
problemáticas jurídico-penais, faz-se indispensável a aplicação da perspectiva
da memória como categoria epistemológica no estudo das ciências criminais. Isso
porque os relatos de memória complementam a perspectiva histórica, dando voz às
narrativas não apenas dos atores e grupos sociais que venceram as guerras e
jogos de poder, mas também, aqueles sujeitos que os vencedores quiseram
erradicar dos registros do passado. A aplicação da perspectiva da memória como
categoria epistemológica para o estudo das ciências criminais permite revelar a
“tradição dos oprimidos” que se amolda à realidade de tantos grupos; o “[...]
estado de exceção que, para tanta gente, constitui um modo de vida cotidiano,
no qual a carência dos mínimos necessários para uma subsistência digna
constitui uma realidade permanente” (BEIRAS, 2011, p. 43). Sua aplicação
crítica e direcionada à compreensão dos problemas criminais possibilita
desvendar as relações de poder por trás do monopólio da ciência histórica
apenas por um dos grupos sociais envolvidos na construção da lei, sendo medida
fundamental para que o estudante e o aplicador do Direito Penal possam exercer
de forma mais eficiente e humanitária suas funções, promovendo a justiça em
cada caso concreto (VALLE, 2021). É sobre isso que se pretende tratar na
pesquisa proposta. O objetivo principal é demonstrar como a perspectiva da
memória, como categoria epistemológica aplicada no âmbito das ciências
criminais, é importante para o combate aos problemas histórico-sociais e
jurídico-penais dos países Latino-Americanos, permitindo a compreensão das
especificidades do fenômeno da criminalidade em cada contexto. Tratando-se de
investigação de abordagem qualitativa e de natureza indutiva, a principal
ferramenta de pesquisa é a busca bibliográfica, sem excluir a possibilidade de
utilização de outros métodos compatíveis, como entrevistas e histórias de vida,
fundamentais para o enriquecimento da discussão. Os resultados apontam uma
contribuição significativa da análise de relatos de memória na compreensão
contextualizada e democrática da sociedade e do fenômeno da criminalidade,
revelando algumas características próprias de cada entorno social e tornando,
assim, mais eficiente a criação e execução de políticas públicas que combatam o
crime e possibilitem a construção de uma democracia verdadeiramente plural e
igualitária.
COORDENADORA: Julia
Abrantes Valle
Palavras-Chave : Memória, História, Ciências Criminais,
América Latina, Direitos Humanos
Q- PERSONA FICTUS:
BRASILIDADES NA LITERATURA E NO CINEMA
Resumo
O simpósio aqui
proposto enseja reunir trabalhos que se debrucem sobre as formas e os processos
de construção da personagem ficcional, quer seja no tecido literário, quer seja
na dinâmica cinematográfica. Nesse particular, consideramos personagem como um
signo actante em torno do qual gira o eixo de ação e o teor dinâmico da
narrativa (REIS, 2000); isto é, o sentido do termo está voltado para a
consideração da personagem como habitante da realidade ficcional, num universo
espaciotemporal distinto daquele dos seres humanos, conservando, todavia, seus
níveis de correspondência (BRAIT, 2017). Na instância do dispositivo
cinematográfico (XAVIER, 2003), por seu turno, a realização da personagem,
ainda que mantenha densas afinidades com a realidade ou com o universo
ficcional pré-existente, se dá numa enformação antropomórfica, quer dizer,
encarnada na pessoa do ator (GOMES, 2014). Considerando que a construção de
personagens está alinhada a condicionantes subjacentes ao texto ficcional, é
intenção deste simpósio reunir análises, no âmbito da teoria e da crítica,
tanto literárias como cinematográficas, que investiguem a matéria que constitui
a persona fictus, na literatura brasileira e no cinema nacional,
interconectando caminhos que partam de perspectivas metodológicas
comparativistas, intertextuais, temáticas, transcriativas etc. Para além disso,
são bem-vindas contribuições que tematizem o processo e/ou produto de adaptação
de personagens literárias brasileiras para o cinema nacional (STAM, 2008;
HUTCHEON, 2013), as leituras e releituras do literário e do cinematográfico que
ressignifiquem olhares e experiências acerca da personagem de ficção (CANDIDO,
2014), o diálogo interartístico entre textos literários e obras fílmicas
(CLÜVER, 1997 e 2006). Assim, por meio desta proposta, busca-se oportunizar um
espaço de discussão fértil que contemple o estudo da personagem ficcional, a
partir da experiência artística brasileira. Referências BRAIT, Beth. A
personagem. 9. ed. São Paulo: Contexto, 2017. CANDIDO, Antonio et al. A
personagem de ficção. 13. ed. São Paulo: Perspectiva, 2014. CLÜVER, Claus.
Estudos interartes: conceitos, termos, objetivos. In: Literatura e sociedade:
revista de teoria literária e literatura comparada. São Paulo: FFLCH/USP, v. 2,
n. 2, dez. 1997. CLÜVER, Claus. Inter textos/Inter artes/Inter media. In:
Aletria: revista de estudos de literatura. Belo Horizonte: Editora UFMG, n. 14,
jul./dez. 2006. Disponível em:
<http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/aletria/article/view/1357/1454>.
GOMES, Paulo Emílio Salles. A personagem cinematográfica. In: CANDIDO, Antonio
et al. A personagem de ficção. 13. ed. São Paulo: Perspectiva, 2014. HUTCHEON,
Linda. Uma teoria da adaptação. Tradução de Andé Cechinel. Florianópolis, SC:
Ed. da UFSC, 2013. REIS, Carlos. Dicionário de narratologia. 7. ed. Coimbra:
Almedina, 2000. STAM, Robert. A literatura través do cinema: realismo, magia e
a arte da adaptação. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008. XAVIER, Ismail. Do
texto ao filme: a trama, a cena e a construção do olhar no cinema. In:
PELEGRINI, Tânia et al. Literatura, cinema e televisão. São Paulo: Editora
Senac São Paulo: Instituto Itaú Cultural, 2003.
Palavras-Chave
Personagem de ficção,
Literatura brasileira, Cinema nacional, Narratologia.
Coordenadores
Saulo Lopes de Sousa,
Deivanira Vasconcelos Soares, Marlus Regis Alvarenga
R- PRODUÇÕES
LITERÁRIAS DE PESSOAS GÊNERO-DISSIDENTES NA LITERATURA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA
Resumo
Conforme demonstra Regina
Dalcastagnè (2012), o sistema literário brasileiro, como dispositivo de poder,
também é produtor e reprodutor do status quo. Ou seja, confirma pelo modo
artístico-discursivo um ordenamento social mantido por múltiplos supremacismos.
Isso se revela por exemplo quando, constata-se que mais de 72,7% dos romances
publicados pelas três maiores editoras entre 1990-2004 foram escritos por
homens; sendo que 93,9% são brancos; 78,8% com escolaridade superior; 60%
moradores do eixo Rio-São Paulo, um grupo que em grande medida já está presente
em outros espaços privilegiados de produção de discurso, de poder e que de
forma não coincidente encena, em sua maioria, narradores e personagens
relevantes como fortalecedores da matriz colonial: à imagem e semelhança de si
mesmos. Salienta-se que embora o “censo” não tenha se voltado para a questão da
identidade de gênero – cisgeneridade e transgeneridade –, como demonstra a
pesquisadora, essa produção se efetiva sob um mapa de violências de grupos
subalternizados, seja pela sua ausência – como autores e autoras –, seja em
representações estigmatizadoras – não homem, não branco, não heterossexual, não
rico, não urbano, não qualificado – como ocorre, por exemplo, com a
representação de personagens negras e dissidentes sexuais (homossexual,
bissexual e assexuado). Em “acréscimo” a este censo, Luiz Henrique Moreira
Soares e Rosiney Aparecida Lopes (2017) verticalizam a indagação para a
representação de travestis em romances entre os anos de 2000-2016. Dentre as
constatações, confirmam que a maioria desses romances foi escrita por homens –
provavelmente cis –, que por sua vez monopolizam – por meio de seus narradores
– os lugares de fala no interior das narrativas. Em contraparte, o sistema
literário brasileiro ainda tem dificuldade para se posicionar frente a outras
variáveis que confrontam sua face hegemônica, como aquela que provém de autoras
e autores gênero-dissidentes que buscam expressar modos, processos e
experiências de subjetivação e representação coerentes e alusivas a suas
identidades. Abalos que começam a se fazer visíveis, ainda que de forma tímida,
no final dos anos 1970 e ao longo dos 80 com produções literárias de caráter
autobiográfico e/ou memorialístico (CHAVES, 2021). Um aumento em escala
geométrica dessa produção a partir dos anos 90 expôs autores/as, leitores/as,
críticos e historiadores em contato mais direto com noções como
performatividade de gênero, abjeção, deslocamento de discursos binários, ordem
heterocentrada, modelo heteronormativo, abordagens queer (SOARES, 2020). Dentro
desse contexto, pelo menos dois grandes afluentes se estabeleceram: os de
autores/autoras gênero-dissidentes com um olhar autobiográfico; os de
autores/autoras gênero-dissidentes que constroem a reflexão sobre o gênero e o
estar no mundo por meio especialmente de narrativas que encenam personagens
outros e seus dramas cotidianos no espaço onde convivem. Assim, a proposição
deste simpósio temático vem da compreensão da necessidade de se garantir a
ocupação deste importante espaço de poder de nosso sistema literário para que
essa produção e a sua crítica irrompam de forma fraturadora do status quo,
portanto, resistindo, rebelando, revoltando contra as produções e modelagens
hegemônicas de existir (es) e saber (es).
Palavras-Chave
Literatura
Contemporânea, Autoria gênero-dissidente, Rebeldia literária, Crítica
literária.
Coordenadores : Leocádia
Chaves
S- GRUPO
DE ESTUDOS AVANÇADOS EM SOCIOLINGUÍSTICA – GEAS
Resumo
O foco do Grupo de
Estudos Avançados em Sociolinguística é oferecer aos seus integrantes uma
verticalização teórica e metodológica na área da Sociolinguística
Variacionista, nos moldes de Weinreich, Labov e Herzog (2006) e Labov (2018),
além da congregação entre os estudos de linguagem, sociedade, teoria gramatical
e ensino de língua portuguesa. O GEAS nasceu da necessidade de continuidade dos
estudos sociolinguísticos, por alunos, ex-alunos e professores do Departamento
de Linguística, Português e Línguas Clássicas -LIP da UnB, em torno dos avanços
da área, com encontros mensais, eventos, discussão e produção científica. A
grande inspiração para a criação do grupo foi a professora Marta Scherre na
ocasião de sua mudança da Universidade de Brasília para a Universidade Federal
do Espírito Santo. Foram realizados cinco encontros nacionais, entre 2008 e
2013, com a participação de representantes de diversas abordagens
sociolinguísticas desenvolvidas na UnB e de pesquisadores de diversas regiões e
instituições brasileiras. Em 2021 o grupo foi (re)inaugurado sob a coordenação
das professoras Cíntia da Silva Pacheco (UnB) e Carolina Queiroz Andrade (UnB e
Projeção). Nesse ano vigente, a primeira roda de discussão foi realizada por
Maria Marta Pereira Scherre (UFES, UnB e Cnpq) sobre “Variação, mudança e
variáveis sociais”, com base em Scherre e Naro (2014), e a segunda roda de
discussão foi realizada por Ana Maria Carvalho (University of Arizona) sobre “A
Sociolinguística Variacionista e os estudos de línguas em contato”, com base em
Carvalho (2016). Esse simpósio, portanto, tem o objetivo de registrar e
socializar os trabalhos que vêm sendo desenvolvidos por integrantes do GEAS e
da disciplina “Variação e Mudança Linguística” do Programa de Pós-Graduação em
Linguística-PPGL da UnB. Referências bibliográficas:
CARVALHO, Ana Maria. The analysis of languages in contact: a case study through
a variationist lens. Cadernos de
Estudos Linguísticos – (58.3), Campinas, p. 401-424, set./dez. 2016. LABOV,
William. O estudo da língua em seu contexto social. In. Padrões
Sociolinguísticos. Tradução Marcos Bagno, Maria Marta Pereira Scherre, Caroline
Rodrigues Cardoso. São Paulo: Parábola, 2008 [1972], p. 215-299. SCHERRE, Maria
Marta Pereira; NARO, Anthony Julius. Sociolinguistic correlates
of negative evaluation: Variable concord in Rio de Janeiro. Language Variation
and Change, 26, p. 331-357, 2014. WEINREICH, Uriel; LABOV, William; HERZOG,
Marvin. A língua como um sistema
diferenciado. In. Fundamentos empíricos para uma teoria da mudança linguística.
(Trad. Marcos Bagno). São Paulo: Parábola Editorial, 2006 [1968], p. 87-126.
Palavras-Chave
GEAS, Sociolinguística
Variacionista, Variação e Mudança Linguística.
Coordenadores
Cintia da Silva
Pacheco
T- GÊNERO E RAÇA
Resumo
O presente simpósio
tem como proposta principal a discussão de trabalhos (finalizados ou em
andamento) que versam sobre os conceitos de gênero e raça. Visamos a construção
de um debate que tenha como fio norteador o feminismo negro ou experiências de
gênero, que ultrapassem as demandas políticas e sociais das mulheres brancas,
ou seja, movimento feminista eurocentrado. Destacamos aqui as múltiplas formas
de atuação política realizadas por diferentes coletividades. Nesse sentido,
iremos refletir questões que abarquem: as relações de gênero, afetos,
sexualidades, processo de racialização, corpos, modos de ser e estar no mundo
que são oprimidos pela identidade hegemônica dominante. O tema da
interseccionalidade é aqui compreendido enquanto ferramenta analítica conforme
indicam Patricia Hill Collins e Sirma Bilge (2021). Quando colocamos foco na
interseccionalidade podemos destacar as diversas relações de poder e como elas
influenciam as relações sociais em contextos reconhecidos como diversos e
desiguais, assim como as experiências dos sujeitos no cotidiano. A
interseccionalidade como ferramenta analítica coloca que as categorias de raça,
classe, gênero, orientação sexual, nacionalidade, etnia, entre outras, são
inter-relacionadas e ajustam-se mutuamente. Ela é uma maneira de compreender e
de explicar o mundo na sua principal característica, a complexidade, não apenas
dele mas das pessoas e as experiências dos indivíduos em interação. Colocaremos
em discussão experiências que abarcam, pelo menos parcialmente, alguns dos
pontos a seguir: relações de poder, sociabilidades, justiça social, equidade,
desigualdade social, movimento social, diversidade, inclusão, ciberespaço,
corporeidades, crenças, masculinidades, empoderamento entre outros. Nesse
sentido, iremos problematizar os processos de construção de movimentos contra
hegemônicos tanto micro quanto macros, sobretudo a partir do racismo e do
sexismo, duas opressões que as mulheres negras sofrem em seus cotidianos. Mas
também abordaremos os processos em que outras formas de opressão são formuladas
e apresentadas na vida dos sujeitos. Certos pares servem para pensarmos como:
nós e os outros, colonizado e colonizador, sujeito branco e sujeito negro para
isso recorro as formulações de Grada Kilomba (2020) para lançar luz às
narrativas e diversas linguagens construídas no movimento de formação dos
sujeitos na colonialidade.
Referências
Bibliográficas
COLLINS, Patricia
Hill; BILGE, Sirma. Interseccionalidade. Trad. Rane Souza. São Paulo: Boitempo,
2021.
KILOMBA, Grada.
Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Trad. Jess Oliveira. Rio
de Janeiro: Cobogó, 2020.
Palavras-Chave
Gênero, raça e
interseccionalidade
Coordenadores
Debora Simões de Souza
Mendel
U- SANKOFA:
VISÕES DA EDUCAÇÃO CONTRA-COLONIAL PARA O FUTURO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE
LÍNGUAS
Resumo
Os estudos
tradicionais sobre ensino de línguas, internacionalização e difusão da língua
portuguesa ainda estão pouco relacionados com as questões interseccionais de
raça, gênero e classe. Faz-se, portanto, necessário compreender a reflexão
crítico-social existente nas diversas representações sociais nos âmbitos de
ensino e aprendizagem de língua e as políticas públicas de línguas. Em sua
dissertação de mestrado, Thânisia Cruz (2020) propõe “a interseccionalidade
enquanto metodologia para uma prática decolonial”. Ao aprofundar os estudos e
ter experiências profissionais no percurso educacional em contextos
internacionais, a referida autora notou que a interseccionalidade deveria ser
proposta enquanto metodologia para uma prática decolonial, assinalando o quão
relevante esse conceito é para a américa latina. Todavia, a partir de um olhar
crítico, apontou que no Brasil deve-se também trabalhar a perspectiva
contra-colonial. Orientado pelos princípios epistémicos do Mestre Antônio
Bispo, das professoras Angela Davis, Kimberlé Crenshaw, Patricia Hill Collins e
do psiquiatra e filósofo Frantz Fanon, este simpósio temático visa oportunizar
diálogos e produção científica no âmbito da linguística aplicada e da educação
enquanto pilares da constituição da política de línguas. Nesse sentido,
buscam-se avaliações sobre o estado do ensino-aprendizagem de línguas
estrangeiras como ferramentas acionadas no processo de internacionalização da
educação brasileira e da cooperação internacional, especialmente, Sul-Sul. Ao
longo dos anos, com políticas públicas e programas operacionalizados pelo
Estado Brasileiro e organismos internacionais como os Centro Interescolares de
Línguas do Distrito Federal (CILs), os Centros de Estudos de Línguas (CELs), o
Leitorado, o Assistente de Língua Portuguesa na França e o Programa de
Desenvolvimento Acadêmico Abdias Nascimento, as universidades brasileiras têm
exercido papel fundamental na formação e envio de profissionais para
representação do país para o ensino de língua portuguesa ou para atuação em
empresas e outros órgãos governamentais. Importa compreender como as gerações
mais recentes participantes ou interessadas nesses programas percebem os
avanços dessas ações para o contexto das políticas públicas brasileiras e em
quais circunstâncias a educação brasileira se compromete com as vivências
formativas, interseccionais, emancipatórias, que façam uso do conhecimento
situado, valorizando as experiências anteriores de estudantes e profissionais,
bem como observando como a linguagem aciona esses elementos. Além disso, se faz
necessário escurecer e problematizar sobre o acesso de pessoas negras às
políticas públicas em exercício. Para citarmos um exemplo, línguas
estrangeiras, e notadamente o inglês, ainda se constituem como barreira para a
população negra brasileira, inclusive a presente nos cursos de Letras e,
obviamente, nas aulas da educação pública. Tendo isso em vista, como propomos o
ensino-aprendizagem para internacionalização a partir de uma visão
contra-colonial? De que forma a interseccionalidade pode contribuir para esse
giro epistêmico contra-colonial? Que mecanismos, abordagens e técnicas as
instituições de ensino podem utilizar para alcançarmos esses caminhos?
Palavras-Chave
Ensino de línguas.
Interseccionalidade. Contra-colonialidade. Internacionalização.
Coordenadores
Ana Carolina de Souza
Silva, Jakeline Pereira Nunes, Thânisia Marcella Alves Cruz
V- NETNOGRAFIA
EM ESTUDOS DE (IM)POLIDEZ: METAPRAGMÁTICAS DE UM NOVO FAZER CIENTÍFICO
Resumo
O modo como as pessoas
interagem em distintas modalidades (on-line, por escrito, face a face) tem sido
afetado diante do cenário de crise sanitária pelo qual passamos nos últimos
tempos. Alguns debates no meio on-line, os quais se ancoram às ideologias de
seus interlocutores, têm, por vezes, se tornado bastante hostis, o que tem
aberto espaço para um novo fazer científico, especialmente na proposta que aqui
aventamos: estudos netnográficos (KOZINETS, 2014) que se dedicam a investigações
no âmbito da (im)polidez (BROWN; LEVINSON, 1987; CULPEPER, 1996) e das
metapragmáticas (SILVERSTEIN, 1979, 1993; POVINELLI, 2006; SIGNORINI, 2008),
com vistas tanto a mapear estratégias linguístico-discursivas (im)polidas
quanto a propor encaminhamentos sociais, mesmo que mínimos, de mudança
discursiva. Em outras palavras, este simpósio temático visa a congregar estudos
realizados no ambiente on-line que, ao mesmo tempo, versem sobre (im)polidez e
metapragmática, e se inscrevam, de algum modo, em um viés netnográfico. Com
relação a essa convergência, frisamos que a netnografia não é considerada,
nesta proposta, uma alternativa para a impossibilidade decorrente da atual
necessidade de isolamento físico de se realizarem pesquisas empíricas face a
face, mas sim um enquadre epistêmico qualitativo que se dedica às
particularidades intersemióticas das culturas e comunidades on-line, assim
como, por essa razão, a esse estatuto interacional em intensa expansão – as
interações mediadas on-line (THOMPSON, 2018). As particularidades
intersemióticas desse estatuto interacional demandam, em nossa visão, toda uma
reconfiguração nas interações no que tange a quatro características:
constituição espaço-temporal (estendida no tempo e no espaço); gama de pistas
simbólicas (limitada); grau de interatividade (dialógica); e orientação da ação
(muitos para muitos) (THOMPSON, 2018). As interações on-line, sob o amparo das
orientações netnográficas, são potencialmente lesivas às faces (GOFFMAN, 1967)
dos interagentes, devido à intensa exposição dos internautas (ação orientada de
muitos para muitos) e, paralelamente, à reduzida gama de pistas simbólicas (e
seus possíveis desalinhamentos de sentidos – mal entendidos, pseudo mal
entendidos e não entendidos). São bem-vindos a este simpósio trabalhos – mesmo
com resultados parciais – que, de algum modo, articulem o fazer netnográfico,
as interações mediadas on-line, os cenários distintos de violência
linguístico-discursivas, os quais podem evocar lutas metadiscursivas em
discursos misóginos, homofóbicos, gordofóbicos, LBGTQIA+fóbicos, entre outros,
em distintos contextos sócio/interculturais. Esperamos que as contribuições das
pesquisas transcendam o nível identificacional de violências desencadeadas nas
redes, de modo a, concomitantemente, trazer um olhar crítico e interventivo
para as práticas sociais e enxergar a netnografia como ferramenta qualitativa
que promova tanto a ressignificação das ações intersubjetivas quanto a denúncia
de atos violentos no nível linguístico, discursivo e/ou simbólico.
Palavras-Chave
netnografia, pesquisa
qualitativa, interações mediadas on-line, (im)polidez, metapragmáticas
Coordenadores
Rodrigo Albuquerque
W- VIOLÊNCIA
LINGUÍSTICO-DISCURSIVA: METAPRAGMÁTICAS EMERGENTES DE ESTRATÉGIAS DE
(IM)POLIDEZ NO AMBIENTE ON-LINE
Resumo
A crise sanitária pela
qual o mundo atravessa tem gerado repercussões em diversas instâncias: desde as
necessidades consideradas mais materiais e imediatas, como saúde e economia,
até aquelas que, talvez, não integrem tão fortemente as demandas societais,
como o uso de linguagem nas interações. Embora não inscrita em preocupações
materiais mais imediatas, é inegável a recorrência de relações intersubjetivas
na modalidade on-line permeadas por violência linguístico-discursiva, explícita
ou implicitamente, nos mais diversos gêneros discursivos digitais que integram
as possibilidades de uso no campo da internet. Neste simpósio, almejamos
contemplar investigações dedicadas ao ambiente on-line, o qual instiga um
estatuto interacional em constante expansão – as interações mediadas on-line
(THOMPSON, 2018) –, que focalizem distintos contextos de violência
linguístico-discursiva, tais como homofobia, lesbofobia, misoginia, machismo,
gordofobia, xenofobia entre outros. Esperamos que tais contextos, de algum
modo, sejam analisados à luz de estudos pragmático-discursivos que se ancorem
ao debate da (im)polidez (BROWN; LEVINSON, 1987; CULPEPER, 1996), da imagem
social (ou face) dos interagentes (GOFFMAN, 1967) e das metapragmáticas
(SILVERSTEIN, 1979, 1993; POVINELLI, 2006; SIGNORINI, 2008). Justifica-se,
assim, a pertinência deste simpósio, no que diz respeito aos dois primeiros
conjuntos teórico, pela associação clara dos conceitos de face e de (im)polidez
com a violência linguístico-discursiva potencialmente presente em interações em
tempos de pandemia. As interações mediadas on-line (THOMPSON, 2018), em função
do estatuto interacional que convoca, põem em risco a face (GOFFMAN, 1967) dos
interagentes, ao prever uma constituição espaço-temporal estendida no tempo e
no espaço; ao valer-se de uma gama de pistas simbólicas limitadas; ao
apresentar um grau de interatividade dialógico; e ao orientar sua ação de
muitos para muitos (THOMPSON, 2018). No que tange ao segundo conjunto teórico,
destacamos que, ao evocarem domínios linguístico-discursivos e político-ideológicos
(SIGNORINI, 2008), as metapragmáticas geram disputas metadiscursivas entre os
sujeitos sociais, por meio de diversas estratégias indexicais que podem
promover maior/menor polidez e, por essa razão, maior/menor cenário de
violência linguístico-discursiva. Nesse sentido, pressupomos, ancorados em
Thompson (2018), que o estatuto das interações mediadas on-line ampliam o tempo
de interlocução e a quantidade de interlocutores, e limitam as pistas
simbólicas utilizadas, colaborando, assim, para um cenário de intensificação da
violência linguística, discursiva e simbólica, haja vista que os sujeitos, ao
mesmo tempo, estão mais expostos e se compreendem (ou querem se compreender)
menos. Nosso interesse, portanto, se volta para pesquisas que se dediquem a
interações mediadas on-line conflituosas, com o intuito de, para além da
identificação das estratégias mobilizadas pelos internautas, contribuir para a
promoção de interações on-line menos violentas, de modo que um convívio mais
harmônico entre os usuários possa minimizar desgastes peri/pós pandemia.
Palavras-Chave
(im)polidez,
metapragmáticas, interações mediadas on-line, violência linguístico-discursiva.
Coordenadores : Rodrigo Albuquerque
X- FENÔMENOS
DE VARIAÇÃO LINGUÍSTICA EM CONFLUÊNCIA COM ÁREAS AFINS: PAINEL 2 DA DISCIPLINA
VARIAÇÃO E MUDANÇA LINGUÍSTICA LECIONADA NA PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUÍSTICA NO
ÂMBITO DO PPGL/UNB
Resumo
No contexto da
disciplina Variação e Mudança Linguística ministrada na pós graduação em
linguística, no 1º semestre de 2021, na Universidade de Brasília, estudar-se-á
as bases epistemológicas da área, o contexto do seu surgimento, seus
fundamentos e principais postulados, configurando-se, portanto, como uma
abordagem bastante teórica. A área em tela surgiu em observância a algumas
lacunas deixadas pelos estudos de linguística formal (estruturalismo e
gerativismo), como a fala e/ou a variação linguística, que até a década de 50
do séc XX eram sumariamente marginalizadas do escopo dos estudos linguísticos.
A sociolinguística emerge neste momento (mas não de maneira solitária, pois
desde o círculo de praga, na década de 30, muitos linguistas já discutiam tais
lacunas) e postula que todas as línguas variam no espaço e no tempo, e essas
variações são ordenadas, portanto, sistematizadas, passíveis de análise e
projeção. Voltando à disciplina apresentada, imaginamos que uma possível forma
avaliativa dos discentes poderia ocorrer em um contexto científico mais amplo,
como a participação em um congresso, suscitando aos cientistas uma oportunidade
excepcional de discussão teórica e metodológica em intersecção com a sua área
de projeto. Assim, o Congresso de Humanidades, em seu atual tema “Travessias
Escritas e Desafios Epistemológicos em Contextos Latino Americanos”, de
diversas formas se configura como um ambiente propício para a realização de
nossas atividades, com a vantagem de ser tradicionalmente sediado na UnB, e por
ser bastante amplo em termos de teorias e interdisciplinaridade. Os temas já
delineados como propostas de pesquisas são: 1) Formas de uso do infinitivo em
Revista Jurídica da Presidência; 2) Estruturas causativas em TUPI-GUARANI; 3)
voz ativa e voz passiva em reportagens sobre feminicídio; 4) Marcadores
dialetais no Galês Médio; 5) Variação lexical do item mãe na Língua Brasileira
de Sinais em perspectiva diatópica; 6) Variação em sincronias distintas da
retomada anafórica “o mesmo” em leis brasileiras. Vale dizer que tais temas
estão ainda em fase de ampliação e suas abordagens consideram a
sociolinguística variacionista em intersecção com demais áreas, como: Línguas
de Sinais; Línguas Indígenas; Gerativa; Análise do Discurso; Sociolinguística
Interacional; Dialetologia; Linguística Histórica, entre outros. Assim, nosso
simpósio, além de ser um meio avaliativo dinâmico e ambivalente ao currículo,
tem por intuito construir pontes da sociolinguística variacionista (que no momento
se revigora dentro da Universidade de Brasília) com as demais áreas dentro da
comunidade científica.
Palavras-Chave
Variação, Mudança Linguística,
Áreas afins
Coordenadores
Carolina Queiroz
Andrade, Cíntia da Silva Pacheco
Y- PAINEL
2: CONTINUIDADE DE ANÁLISES SOCIOLINGUÍSTICAS EM INTERSECÇÃO COM ÁREAS AFINS
Resumo
No contexto da
disciplina Variação e Mudança Linguística ministrada na pós graduação em
linguística, no 1º semestre de 2021, na Universidade de Brasília, estudar-se-á
as bases epistemológicas da área, o contexto do seu surgimento, seus
fundamentos e principais postulados, se configurando, portanto, como uma
abordagem bastante teórica. A área em tela surgiu em observância a algumas
lacunas deixadas pelos estudos de linguística formal (estruturalismo e
gerativismo), como a fala e/ou a variação linguística, que até a década de 50
do séc XX eram sumariamente marginalizadas do escopo dos estudos linguísticos.
A sociolinguística emerge neste momento (mas não de maneira solitária, pois
desde o círculo de praga na década de 30, muitos linguistas já discutiam tais lacunas)
e postula que todas as línguas variam no espaço e no tempo, e essas variações
são ordenadas, portanto sistematizadas, passíveis de análise e projeção.
Voltando à disciplina apresentada, imaginamos que uma possível forma avaliativa
dos discentes poderia ocorrer em um contexto científico mais amplo, como a
participação efetiva em um congresso, suscitando aos cientistas uma
oportunidade excepcional de discussão teórica e metodológica em intersecção com
a sua área de projeto. Assim, o Congresso de Humanidades, em seu atual tema
“Travessias Escritas e Desafios Epistemológicos em Contextos Latino
Americanos”, de diversas formas se configura como um ambiente propício para a
realização de nossas atividades, com a vantagem de ser tradicionalmente sediado
na UnB, e por ser bastante amplo em termos de teorias e interdisciplinaridade.
Os temas já delineados como propostas de pesquisas são: 1) Formas de uso do
infinitivo em Revista Jurídica da Presidência; 2) Estruturas causativas em
TUPI-GUARANI; 3) voz ativa e voz passiva em reportagens sobre feminicídio; 4)
Marcadores dialetais no Galês Médio; 5) Variação lexical do item mãe na Língua
Brasileira de Sinais em perspectiva diatópica; 6) Variação em sincronias
distintas da retomada anafórica “o mesmo” em leis brasileiras. Vale dizer que
os temas estão ainda em fase de ampliação, e suas abordagens consideram a
sociolinguística variacionista em intersecção com as demais áreas, como:
Línguas de Sinais; Línguas Indígenas; Gerativa; Análise do Discurso;
Sociolinguística Interacional; Dialetologia; Linguística Histórica, entre
outras. Assim, nosso simpósio, além de ser um meio avaliativo dinâmico e
ambivalente ao currículo, tem por intuito construir pontes da sociolinguística
variacionista (que no momento se revigora dentro da Universidade de Brasília)
com as demais áreas dentro da comunidade científica.
Referências
KERSWILL, Paul; TRUDGILL, Peter. The birth
of new dialects. Dialect Change: Convergence and Divergence in European
Languages, 2005, p. 196-220. Disponível em:https://www.researchgate.net/publication/265012509_7_The_birth_of_new_dialects.
Acesso em: 11 jun. 2021.
LABOV, Willian.
Padrões sociolinguísticos. Tradução de Marcos Bagno, Maria Marta Pereira
Scherre e Caroline Rodrigues Cardoso. São Paulo:
Parábola Editorial, 2008.
MEYERHOFF, Miriam. Introducing
Sociolinguistics. London/New York: Routledge, 2006.
Palavras-Chave
Variação, Mudança
Linguística, Áreas afins
Coordenadores
Carolina Queiroz
Andrade, Cíntia da Silva Pacheco
Z- A
INTERDISCIPLINARIDADE NO ENSINO DE FÍSICA: PROPOSTAS, ESTUDOS DE CASO E
POSSIBILIDADES
Resumo
O ensino de física é
um desafio escolar no contexto do ensino brasileiro e mundial, apresentando uma
miríade de dificuldades, indo desde a percepção fortemente negativa por parte
dos alunos quando entram em contato com a disciplina, indo até às dificuldades apresentadas
pelos estudantes em relacionar conteúdos vistos em outras disciplinas, em
particular a matemática, com conteúdos de física (ANGELL et al, 2004). Diversas
ações propõem atenuar as barreiras existentes ao aprendizado de física, ao
mesmo tempo em que estimulem o interesse por parte dos alunos. Uma das
propostas mais empregadas consiste na utilização de experimentos em sala de
aula, que inclui experimentos de bancada, simulações computacionais de
fenômenos físicos e aplicativos (BORGES, 2002; JAAKKOLA E NURMI, 2008). A
principal motivação em utilizar experimentos é proporcionar aos alunos uma
abordagem mais acessível, permitindo a construção dos conceitos e sua conexão
com o formalismo matemático inerente ao conteúdo de física, de forma a deixar
explícito que as equações e leis físicas não se resumem apenas à resolver
equações, mas também evidenciar que estas mesmas leis e equações podem ser
empregadas para descrever e estudar fenômenos físicos, ocasionando não apenas
uma compreensão mais aprofundada do universo, mas também como a partir deste
entendimento se propõem novas aplicações tecnológicas. Ainda, o uso da
experimentação facilita a transposição didática. Outra abordagem reside em
explorar questões interdisciplinares e interseccionais em aulas de física,
desconstruindo a limitante compartimentação do conhecimento, ao mesmo tempo em
que se promove um ensino baseado no pensamento crítico e na inclusão de
minorias, como gênero, raça, classe socioeconômica como descritores das
características dos diversos agentes de construção do conhecimento científico
na área. Assim, a interdisciplinaridade se apresenta como uma ferramenta
fundamental no ensino de ciências, e em particular, no ensino de física. Neste
trabalho são apresentados exemplos da interdisciplinaridade aplicada ao ensino
de física: o caso do projeto “Atraindo meninas e jovens mulheres do DF para a
carreira em Física”, uma proposta interdisciplinar que alia física, sociologia
e questões de gênero, e o caso da utilização de experimentos em aulas de
física.
ANGELL, C.; GUTTERSRUD, Ø.; HENRIKSEN, E.
K.; ISNES, A., 2004, Science Education, v. 88, p. 683–706.
BORGES, T. Caderno
Brasileiro de ensino de Física, 2002, v. 19, n. 3, p. 291 – 313.
JAAKKOLA, T., NURMI, S. Journal of Computer
assisted learning, 2008, v.24, n. 4, p. 271-283.
Palavras-Chave
ensino de física;
física, interdisciplinaridade; gênero; quadrinhos; mulheres na física
Coordenadores :Adriana Pereira Ibaldo, Antonio do Rego
Barros Neto, Cíntia Schwantes, Ademir Eugenio de Santana
ZA- ESTUDO EPISTEMOLÓGICOS DO ROMANCE: TRÂNSITO E
COMPLEXIDADE COMO ELEMENTOS TEÓRICOS DOS ESTUDOS ESTÉTICOS.
Resumo
Dra. Ana Paula
Aparecida Caixeta(UnB) Dra. Maria Veralice Barroso ( SEE-DF) Resumo: Apresentada
em 2003 pelo pesquisador Wilton Barroso Filho(1954-2019), nos seus quase vinte
anos de existência, a Epistemologia do Romance vem se consolidando nos espaços
de discussão acadêmica como uma teoria cujo interesse se volta para estudos
que, a partir da análise do objeto esteticamente criado, opta por um movimento
assegurado pela interdisciplinaridade. Assim, a trajetória dos estudos
desenvolvido até aqui apontam no sentido de mostrar que, embora comumente o
romance tenha sido objeto de explorações teóricas, cada vez mais a ER
reivindica a necessidade de não se perder de vista seu lugar de nascimento, ou
seja, o de trânsito que acentua ainda mais a noção de complexidade que lhe
ampara o exercício do pensamento tal como defende Edgar Morin(2015) quando
reitera seguidas vezes a necessidade de se pensar a partir da compreensão de
ser o próprio pensamento um lugar da complexidade. Desse modo, ainda que o
romance literário tenha sido, direta ou indiretamente, objetos de análises mais
frequentes, para a Epistemologia do Romance, a transdisciplinaridade, que a
caracteriza desde as origens, permite que pesquisas relevantes sejam
desenvolvidas, entre outros, nos espaços acadêmicos da Filosofia, da Metafísica
e das Artes. Esse movimento de trânsito, cada vez mais, ampara a ER no sentido
de receber, ou mesmo e, principalmente, estabelecer contatos dialogais com
outras possibilidades de investigações estéticas que não somente o romance
literário. Neste sentido, observa-se que, o campo das transversalidades associadas
aos movimentos comparatistas são, no âmbito dos estudos literários, o que
melhor acolhe as possibilidades teóricas da ER. Aquilo que se observa quanto à
transversalidade na ER, enquanto teoria, é semelhante ao que Eduardo Coutinho
identifica na Literatura Comparada enquanto disciplina acadêmica. Para ele, a
transversalidade opera “seja em relação às fronteiras entre nações ou idiomas,
seja no que concerne aos limites entre as áreas do conhecimento.” (2011, p. 7).
A inadequação às compartimentações sobre a qual discorre Coutinho mais adiante,
talvez seja um dos pontos mais cruciais e caros à Epistemologia do Romance
enquanto campo de estudos do artisticamente criado. Nesse sentido, o presente
simpósio abre espaço para comunicações que se interessem por pensar, de um
ponto de vista teórico e crítico, elementos da criação e da recepção do objeto
estético, levando em conta a complexidade que permeia os estudos literários
cujo olhar não negligencia pontos de interação com as diversas áreas do
pensamento.
Palavras-Chave
Palavras-chave:
Epistemologia do Romance, literatura, trânsito, estética, complexidade
Coordenadores
Maria Veralice
Barroso, Ana Paula Aparecida Caixeta
ZB- ESCRITA CRIATIVA: PERCURSOS CRIATIVOS DA
FICÇÃO CONTEMPORÂNEA
Resumo
O campo da Escrita
Criativa tem crescido no Brasil e no mundo. O surgimento dessa área data dos
anos de 1930 nos Estados Unidos, tendo sua expansão para outros países como
Canadá, França, Espanha, entre outros. No Brasil, a mais antiga oficina de Escrita
Criativa completou 35 anos em 2020 e tem sido desenvolvida de forma
ininterrupta pelo professor Luiz Antônio de Assis Brasil na Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). O percurso de
desenvolvimento da Escrita Criativa, não só no Brasil como em outros países,
apresenta algumas características em comum, porque não se deu de forma linear.
Podemos dizer que ainda está em crescente expansão e que tem buscado cada vez
mais se consolidar como área de pesquisa nas universidades, tanto em nível de
graduação, como de pós-graduação – lato e estricto sensu. O Congresso
Internacional da Associação Brasileira de Literatura Comparada (Abralic) de
2020, trouxe em dois de seus simpósios temáticos a reflexão sobre a Escrita
Criativa nas universidades, abrindo o espaço para as discussões acerca das
experiências das oficinas ministradas, bem como de perspectivas de estudos para
o século XXI, como o diálogo desse campo com outras áreas do conhecimento e das
Artes. O avanço da tecnologia propiciou um novo lugar para a Escrita Criativa:
o ciberespaço, que também se tornou local de acontecimento de oficinas de
escrita. A facilidade de acesso às novas mídias, permitiu que se expandissem a
quantidade de cursos de Escrita Criativa, principalmente pela facilidade de
acesso não só pelo computador, como por mídias móveis. Sobre esse novo espaço,
Santaella (2008, p.97) faz a seguinte consideração: “Uma nova espacialidade de
acesso, presença e interação se anuncia: espacialidades alternativas em que as
extensões, as fronteiras, as capacidades do espaço se tornam legíveis,
compreensíveis, práticas e navegáveis, possibilitando, sobretudo, práticas
coletivas”. Este simpósio temático pretende discutir os percursos criativos da
ficção contemporânea, considerando não só os processos de criação literária,
mas estabelecendo diálogo entre a escrita criativa e outras narrativas, tais
como as do cinema, histórias em quadrinhos, entre outras. Essas aproximações
são possíveis porque, como afirma Assis Brasil (2019, p.18), existe uma atitude
que é própria do ficcionista que é a “invenção”, este cria “situações
imaginárias, vividas por pessoas imaginárias”. Assim, cabem neste simpósio
discussões que envolvam a criação de personagens, enredo, conflito,
focalização, tempo, espaço, bem como abordagens sobre as transformações formais
pelas quais tem passado a ficção contemporânea. É fundamental que se observem
as inovações a que as narrativas no século XXI têm aderido, como explica Wood
(2017) “Todos nós lemos romances em que o maquinário da convenção está tão
enferrujado que nada se move.”. Nessa perspectiva, ganham destaques novas
formas de se contar histórias.
ASSIS BRASIL, Luiz
Antonio. Escrever ficção: Um manual de criação literária. São Paulo: Cia das
Letras, 2019.
SANTAELLA, Lúcia.
Mídias locativas: a internet móvel de lugares e coisas. Revista FAMECOS • Porto
Alegre • nº 35 • abril de 2008.
WOOD, James. Como
funciona a ficção. Trad. Denise Bottmann. São Paulo: SESI-SP Editora, 2017.
Palavras-Chave
Escrita criativa,
ficção, narrativa contemporânea
Coordenador
Sandra Araújo de Lima
da Silva
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XXIV CONGRESSO INTERNACIONAL DE HUMANIDADES XIII ENCONTRO DO GRUPO DE PESQUISA Textualidades contemporâneas: processos de hibridação |
O Congresso realizar-se-á na Universidade de Brasília na modalidade ON LINE, no site www.even3.com.br/humanidades2021, entre os dias 18 a 21 de outubro de 2021, e contemplará trabalhos nas seguintes áreas: Letras, Ciências Humanas, Ciências Sociais, Educação e Artes.
Esta edição estará organizada nas seguintes modalidades:
INSCRIÇÕES : CRONOGRAMA
SIMPÓSIOS GERAIS
Foram definidos 8 (oito) Simpósios Gerais (Ver os resumos mais embaixo na aba SIMPÓSIOS GERAIS)
1- Literatura 2- Linguística 3-Linguistica Aplicada 4-Língua de Sinais 5-Tradução 6-Educação 7- Humanidades (Geografia , História, Ciencias Sociais) 8- 500 Años de la Travesía de Magallanes
PARA PROPOR SIMPÓSIOS TEMÁTICOS
Para propor um Simpósio Temático, os Coordenadores deverão colocar o resumo na aba SUBMISSÕES na página do evento Congresso: https://www.even3.com.br/humanidades2021/Submissões/Resumo de Simposios Tematicos
O resumo dos simpósios deverá conter um texto entre 400 e 500 palavras e deve ser enviado conforme a Modalidade Resumo de Simpósio Temático.
A lista definitiva dos Simpósios Temáticos estará disponível na página do Congresso a partir do dia 14/08/2021.
PARA PROPOR COMUNICAÇÕES NOS SIMPÓSIOS
Para enviar um resumo de Comunicação Oral para os Simpósios Gerais, entre na página do Congresso na aba SUBMISSÕES (https://www.even3.com.br/humanidades2021/Submissões/ Resumo de Comunições orais ) e preencha a Modalide : RESUMO DE COMUNICAÇÕES ORAIS indicando o Simpósio para o qual o resumo está sendo enviado. A lista e resumos dos Simpósios Gerais e Temáticos se se encontra embaixo na página do Congresso.
E-mail do Congresso : humanidadesbrasilia@gmail.com
Prof. Dr. Juan Pedro Rojas
Coordenador Geral
Instituto de Letras -Campus Universitário Darcy Ribeiro- ICC centro B1 - 451 - Asa Norte CEP 70910-900 – Brasília-DF
EDITAL SIMPLIFICADO DE PROCESSO DE SELEÇÃO DE MONITORES
O processo
seletivo ficará a cargo da Comissão Organizadora do XXIV Congresso Intenacional de Humanidades
As
inscrições dos candidatos deverão ser feitas por meio do Formulário Eletrônico ::
Formulario de inscrição para monitoria
que estará disponível na página na página do facebook do Congresso : https://www.facebook.com/XXIV-Congresso-Internacional-de-Humanidades-104049547639840
E na página do Congresso : https://www.even3.com.br/humanidades2021/
O
período de inscrições vai de 30/09/2021 a 02/10/2021. O resultado final será divulgado
pela Comissão de Monitoria na data provável de 04/10/2021.
1. As vagas remuneradas para monitoria estão distribuidas da seguinte forma :
2 Vagas colaborar na tradução e interpretação em Libras.
3 Vagas para colaborar na logística do evento que será on line.
2. A distribuição das bolsas remuneradas obedecerá aos seguintes
critérios:
a) Ter participado como monitor voluntário em outros Congressos de Humanidades na UnB;
b) Experiência em monitoria na área de Letras em eventos da UnB;
c) Experiência em monitoria na área de Tradução e Interpretação de Libras
em eventos da UnB;
d) Possuir maior habilidade (proficiente) em meios digitais;
e) Ter disponibilidade em auxiliar na organização do Congresso no período
de 18 de outubro de 2021 a
22 de outubro de 2021.
2.1 Serão
destinadas 5 vagas para monitoria remuneradas, como prioritário o critério de vulnerabilidade social, a ser
comprovado pelo(a) estudante por meio do registro junto à Diretoria
de Desenvolvimento Social do Decanato
de Assuntos Comunitários
- DDS/DAC.
3. Os
resultados finais serão divulgados na https://www.facebook.com/XXIV-Congresso-Internacional-de-Humanidades-104049547639840
E na página
do Congresso :
https://www.even3.com.br/humanidades2021/
4. . O estudante selecionado tem total responsabilidade em acompanhar o processo de seleção.
5. Serão
selecionados monitores VOLUNTÁRIOS para
cubrir as necesidades
operacionais do evento
Obs.: Qualquer
dúvida enviar e-mail
para o contato: juanperojas@hotmail.com
Brasília, 30 de setembro de 2021
Comissão Organizadora XXIV
Congresso Humanidades