XXIV Congresso Internacional Humanidades

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LLUVIA DE ESCRITOS - CARMEN FULLE



Lluvia de Escritos 
Soy la cortina de letras sobre la playa donde siempre muero después de salvarme del naufragio .
Suena rotunda una ola de críticas sobre esta nube de ideas y este párrafo  se cierra porque ya es hora de travesías.
 


AVISO IMPORTANTE

 


O CONGRESSO USARÁ A  PLATAFORMA TEAMS

 TODOS DEVERÃO TER ESTA PLATAFORMA INSTALADA NO SEU COMPUTADOR !!!!

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PESSOAS EXTERNAS À UnB DEVERÃO INGRESSAR COMO CONVIDADO NO TEAMS 

HAVERÁ FLEXIBILIDADE NA ÓRDEM DAS  APRESENTAÇÕES DEVIDO EVENTUAIS PROBLEMAS DE ÓRDEM TÉCNICA QUE PODEM ATRASSAR OU INTERROMPER AS APRESENTAÇÕES.

PROGRAMA


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XIII Encontro do Grupo de Pesquisa Textualidades Contemporâneas Processos de Hibridação


GRUPO SIGNOS


SIMPÓSIOS GERAIS E TEMÁTICOS

SIMPÓSIOS GERAIS

A- LITERATURA: O presente simpósio tem o objetivo de suscitar discussões e reflexões acerca de obras e produções literárias, seus contextos de produção, características e relações com outras obras e com outras manifestações da arte e do conhecimento.

B- LINGUÍSTICA: O presente simpósio tem o objetivo de suscitar discussões e reflexões sobre a linguagem verbal humana com base em observações e teorias que possibilitam a compreensão da evolução das línguas e desdobramentos dos diferentes idiomas. Ela é responsável também pelo estudo da estrutura das palavras, expressões e aspectos fonéticos de cada idioma assim como aspectos semânticos, funcionais e de aquisição da língua.

C- LINGUISTICA APLICADA:  O presente simpósio tem o objetivo de suscitar discussões e reflexões sobre o uso da linguagem dentro ou fora do contexto escolar. Trata-se de estudos que analisam o ensino e a aprendizagem de língua materna ou de línguas estrangeiras e os elementos que deles participam.

D- LÍNGUA DE SINAIS: O presente simpósio tem o objetivo de suscitar discussões e reflexões sobre o ensino-aprendizagem da língua de sinais de surdos no Brasil e no mundo, sua estrutura, didática e luta pelos direitos das pessoas surdas.


E- TRADUÇÃO: O presente simpósio tem o objetivo de suscitar discussões e reflexões sobre os fenômenos do traduzir e das traduções na medida em que se manifestam no mundo da experiência, e discutir princípios gerais por meio dos quais esses fenômenos poderão ser explicados e previstos. Inclui contextos específicos como a tradução jurídica, comercial e literária entre outras.

F- EDUCAÇÃO: O presente simpósio tem o objetivo de suscitar discussões e reflexões sobre as competências, habilidades e atitudes do educando e do educador, entender a história das ideias pedagógicas em sua diversidade de teses e de visões, como forma de possibilitar a construção do conhecimento teórico sobre a educação.

G- HUMANIDADES: O presente simpósio tem o objetivo de suscitar discussões e reflexões sobre as ciências humanas que é um conceito epistemológico que designa a um extenso grupo de ciências e disciplinas que tem como objeto de estudo o ser humano, sua linguagem, sua arte e seu pensamento, a cultura e suas formações  históricas, a ocupação do território e as formas de relacionamento dos grupos humanos.

H- 500 AÑOS DE LA TRAVESÍA DE MAGALLANES: Hace 500 años, la expedición Magallanes-Elcano completó por primera vez la circunnavegación del planeta. Cinco naves con unos 250 hombres a bordo partieron de Sanlúcar de Barrameda el 20 de septiembre de 1519. Tres años más tarde, solo un puñado de supervivientes arribaría a puerto. El propósito de este simposio consiste en presentar y discutir sobre las connotaciones históricas, culturales, sociales, económicas y religiosas, entre otras, que tal acontecimiento tiene, en la perspectiva de los estudios críticos postcoloniales". Coordenador : Prof Jaime Alberto Galgani Muñoz



SIMPÓSIOS TEMÁTICOS 

I- TRADUCCIÓN DE LITERATURA INFANTIL Y JUVENIL: UN PASEO POR LATINOAMÉRICA


La traducción del género literatura infantil y juvenil es, posiblemente, una de las actividades más antiguas que conocemos (AZENHA JÚNIOR, 2015), pese a que tanto su temática como sus características han evolucionado bastante con el paso del tiempo, algo que también les ha sucedido a otros géneros literarios. El objetivo de esta mesa es abordar las complejidades que rodean a la literatura infantil y juvenil y su traducción, centrándonos en las producciones literarias escritas en las lenguas española y portuguesa. Partiendo de teóricos tanto de la literatura infantil y juvenil –Regina Zilberman, Nely Coelho, Bruno Bettelheim–, como de su traducción –Zohar Shavit, Peter Hunt, Coillie & Verschueren–, pretendemos abordar temas como relaciones asimétricas entre adulto y no adulto, didactismo, paternalismo, manipulaciones ideológicas, diversas adaptaciones, entre otros aspectos que se observan sea en la literatura o en la traducción de este género. Nos interesa reflexionar sobre este proceso a partir de múltiples y transdisciplinares puntos de vista, para abordar críticamente el desempeño de los adultos que son quienes escriben, publican, traducen y se encargan de su distribución en el mercado, actividades estas de las cuales el público lector no participa. Por ello, esta mesa acoge trabajos que discutan las peculiaridades de la literatura infantil y juvenil, su traducción, tanto al portugués como al español, los desafíos y estrategias para un(a) traductor(a) consciente de su quehacer y responsabilidad en la construcción del imaginario colectivo.

 

Palabras clave: Literatura infantil y juvenil. Traducción literaria. Latinoamérica

 Coordenadoras : María del Mar PÁRAMOS CEBEY (UnB) Lucie Josephe DE LANNOY (UnB)


J- NUEVOS PARADIGMAS EN LA ENSEÑANZA DE LAS LENGUAS: ¿Qué significa enseñar una lengua en el siglo XXI? Este simposio reflexiona acerca de los nuevos paradigmas, las prácticas y experiencias que han surgido en las últimas décadas que ven el proceso de enseñanza-aprendizaje de lenguas situado en contextos de permanente transformación.   

Coordenador: Prof. Pablo Corvalán


K- DESAFIOS DO ENSINO DE LITERATURA NO ENSINO BÁSICO E SUPERIOR: A INCLUSÃO DA LITERATURA AFRODIASPÓRICA E AFRICANA  Coordenadoras: Norma Diana HAMILTON (UnB) Dayse Rayane e SILVA MUNIZ

O objetivo desta mesa é desenvolver diálogos reflexivos sobre possíveis

soluções para os desafios do ensino de literatura na educação brasileira,

pensando a inclusão das vozes literárias afro-brasileiras, afro-diaspóricas e

africanas. Há dezoito anos que foi implementada no Brasil a lei 10.639/2003,

que preconiza a inclusão da cultura afrodescendente (e indígena) nos espaços

educacionais. A inclusão verdadeira dessa perspectiva nos currículos

educacionais e nos processos de ensino-aprendizagem na área de literatura

tem sido morosa, devido a problemas que envolvem a formação de

professores, as crenças enraizadas em perspectivas eurocêntricas, dentre

outros desafios. Os trabalhos a serem apresentados neste simpósio podem

abarcar: a identificação dos desafios de ensino de literatura no ensino básico

ou superior, pensando também os desafios para a inclusão da autoria

afrodescendente e africana; a avaliação do cumprimento da lei supracitada nos

espaços educacionais desde a implementação legal em 2003 até os dias de

hoje; as possíveis soluções para os desafios no ensino de literatura em geral e

para maior inclusão das vozes mencionadas; recomendação de textos de

autoria afrodescendente e africana para leitura ao nível básico ou superior e

abordagens didáticas para o ensino desses, dentre outras questões.


PALAVRAS-CHAVE: Ensino de Literatura. Desafios no Ensino. Inclusão de

Literatura Afrodescendente e Africana. Lei 10.639/2003. Literatura Afro-

Brasileira.

 

M- O CORPO  ENCENA NA LITERATURA E OUTRAS ARTES

RESUMO: Tomando como base os diálogos sobre o corpo na literatura e nas artes (pintura, cinema e teatro), propomos neste simpósio estudos sobre a representação do corpo. Assinalado pela subversão, ruptura e denúncias em relação às forças do ordenamento e das formas de poder, textos como os literários, visuais e cênicos proporcionam novas significações ao ser, ao sujeito, de modo que é lícito pensar o corpo conforme suas subjetividades ou, ainda, a partir do princípio das relações políticas, filosóficas, sociais, antropológicas. Diante das amplas possibilidades de se estudar o sujeito e a corporeidade, caminhamos pela via que passa pelo erotismo das formas. Essa visão se sustenta na dualidade interdito e transgressão dos modos e/ou das estruturas de poder, que há muito tem sido manifestada na pintura, no teatro, no cinema e na literatura e em outros sistemas de linguagem. Acreditamos que a Literatura e outras artes são campos profícuos dessa discussão nos desdobramentos de: alteridade dos corpos e o jogo de poder, a sujeição do corpo, a violência e/ou o erotismo dos corpos, a doutrina do corpo e a ruptura, o interdito da sexualidade, entre outros. 

Coordenadora: Lucélia de Sousa Almeidda

N- MODOS DE FAZER E DE DIZER ACADÊMICO-CIENTÍFICOS EM DIFERENTES CAMPOS DE CONHECIMENTO: CONCEPÇÕES, PRÁTICAS, REGULAÇÕES. 

Neste simpósio temático, propõe-se discutir o desafio epistemológico da produção científica em contexto latino-americano, levando em consideração práticas de letramentos acadêmico-científicos na produção de artigos e/ou de outros gêneros caros ao ensino superior, seja por principiantes, seja pelos chamados pesquisadores experientes, em diferentes áreas de conhecimento. Busca-se discutir como essas práticas letradas emergem numa conjuntura caracterizada pela cultura de rankings das instituições de ensino superior e de centros de pesquisa, pela coerção exercida por índices bibliométricos, que mensuram o impacto do pesquisador e de periódico, pela exigência de internacionalização de publicação científica em língua distinta da latino-americana e pela atuação de softwares antiplágio, vistos como dispositivos de controle dos modos de dizer científicos no que toca às relações com a palavra de outrem. Em suma, elegendo como objeto de estudo os modos de fazer e de dizer acadêmico-científicos de diferentes campos de conhecimento, bem como suas várias formas de regulação/coerção, tenciona-se discutir o processo de produção acadêmico-científico, levando em conta questões teórico-metodológicas ligadas às próprias práticas científicas em diferentes culturas disciplinares. Propõe-se, assim, acolher trabalhos de pesquisa que apresentem resultados sobre: (i) o funcionamento do discurso científico em artigos científicos ou em outros gêneros do métier acadêmico-científico de distintas áreas de conhecimento; (ii) a concepção de ciência em distintas áreas de conhecimento; (iii)  representações sobre as especificidades de gêneros acadêmico-científicos por membros (iniciantes e experts) de distintas comunidades discursivas; (iv) funções da escrita na formação universitária em geral, e, particularmente, em relação à dimensão profissionalizante da formação universitária; (v) prescrições para o fazer e o dizer científico, seja no contexto do ensino superior, seja por parte de agências de fomento e de avaliação, seja advindas das normas para submissão e avaliação de periódicos.

Palavras-chave: Escrita acadêmico-científica. Gêneros acadêmico-científicos. Letramento. Discurso científico. Cultura disciplinar.

Coordenadores: Adriana Fischer (FURB) e Juliana Assis (PUC Minas)


O- AUTONOMIA NOS PROCESSOS CONTEMPORÂNEOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE (MULTI) LETRAMENTOS NA UNIVERSIDADE E FORA DELA

Resumo: 

A questão da autonomia do aprendiz em processos de ensino e aprendizagem de

(multi) letramentos tem sido tematizada por diferentes agentes internacionais e

nacionais, preocupados com mudanças em curso no mundo contemporâneo, com

destaque para novas demandas na formação para o trabalho e ao longo da vida, e na

formação escolar, especificamente.

Se, de fato, essa é uma agenda importante no contexto brasileiro pós-pandêmico,

voltado para a busca de alternativas de aceleração e aprimoramento da aprendizagem

em todos os níveis, algumas questões se colocam para a formação acadêmica no

campo específico dos estudos da linguagem, a serem exploradas e debatidas neste

seminário. Destacamos duas delas.

A primeira diz respeito ao que, nesse campo, se está compreendendo por autonomia

do aprendiz, seja ele aluno ou professor, na escola ou fora dela, ou seja, a que tipo de

metareflexão sobre linguagem e a que procedimentos, materiais e técnicas de

observação e análise está relacionada a noção de autonomia nesse campo específico.

A segunda questão diz respeito às configurações locais dos processos

contemporâneos de ensino e aprendizagem dos (multi) letramentos acadêmicos, ou

seja, em que consistem tais processos e quais as implicações para a promoção da

autonomia.

Com relação a essas configurações, é preciso considerar algumas variáveis

constitutivas e seus desdobramentos, como a heterogeneização crescente do alunado

desde os programas afirmativos dos anos 2010 e a conseqüente intersectionalidade

dos perfis de aprendiz; as políticas de internacionalização da universidade e

conseqüente parametrização dos (multi) letramentos acadêmicos segundo modelos da

tradição anglo-americana de produção científica inspirada nas ciências naturais; a

tecnologização acelerada das relações pessoais e comunitárias, inclusive das relações

pedagógicas em ensino remoto. Como essas variáveis têm grau de impacto e alcance

muito variados, complexificam de forma significativa a discussão das duas questões

colocadas no início e deverão ser contempladas neste seminário.

  Coordenadores: Inês Signorini (UNICAMP) Luciani Tenani (UNESP) Manoel Luiz G. Correa (USP)


P- A IMPORTÂNCIA DA MEMÓRIA COMO CATEGORIA EPISTEMOLÓGICA PARA O ESTUDO DAS CIÊNCIAS CRIMINAIS EM CONTEXTOS LATINO-AMERICANOS

Resumo

Os contextos históricos e legislativos dos países Latino-Americanos são marcados por inúmeros massacres e opressões, que se iniciam no período de colonização, mas que se mantém até os dias atuais na herança cultural desses Estados (ALMEIDA, 2019). O racismo e o machismo são algumas das referidas heranças histórico-culturais, e os impactos derivados dessas estruturas opressivas impactam de forma profunda a legislação criminal e o sistema penal e penitenciário dos países (FLAUZINA, 2008). No Brasil, a título exemplificativo, basta prestar-se a uma análise aprofundada e crítica da realidade desumana do sistema carcerário e do perfil do encarcerado – jovem, pobre e negro (BRASIL, 2019) – para que se perceba como a opressão e a segregação racista do período de escravidão ainda encontra longe de ser superada (VALLE, 2021). Tendo isso em vista, para compreender-se de forma completa e devidamente contextualizada os contextos históricos e culturais dos países Latino-americanos, bem como suas problemáticas jurídico-penais, faz-se indispensável a aplicação da perspectiva da memória como categoria epistemológica no estudo das ciências criminais. Isso porque os relatos de memória complementam a perspectiva histórica, dando voz às narrativas não apenas dos atores e grupos sociais que venceram as guerras e jogos de poder, mas também, aqueles sujeitos que os vencedores quiseram erradicar dos registros do passado. A aplicação da perspectiva da memória como categoria epistemológica para o estudo das ciências criminais permite revelar a “tradição dos oprimidos” que se amolda à realidade de tantos grupos; o “[...] estado de exceção que, para tanta gente, constitui um modo de vida cotidiano, no qual a carência dos mínimos necessários para uma subsistência digna constitui uma realidade permanente” (BEIRAS, 2011, p. 43). Sua aplicação crítica e direcionada à compreensão dos problemas criminais possibilita desvendar as relações de poder por trás do monopólio da ciência histórica apenas por um dos grupos sociais envolvidos na construção da lei, sendo medida fundamental para que o estudante e o aplicador do Direito Penal possam exercer de forma mais eficiente e humanitária suas funções, promovendo a justiça em cada caso concreto (VALLE, 2021). É sobre isso que se pretende tratar na pesquisa proposta. O objetivo principal é demonstrar como a perspectiva da memória, como categoria epistemológica aplicada no âmbito das ciências criminais, é importante para o combate aos problemas histórico-sociais e jurídico-penais dos países Latino-Americanos, permitindo a compreensão das especificidades do fenômeno da criminalidade em cada contexto. Tratando-se de investigação de abordagem qualitativa e de natureza indutiva, a principal ferramenta de pesquisa é a busca bibliográfica, sem excluir a possibilidade de utilização de outros métodos compatíveis, como entrevistas e histórias de vida, fundamentais para o enriquecimento da discussão. Os resultados apontam uma contribuição significativa da análise de relatos de memória na compreensão contextualizada e democrática da sociedade e do fenômeno da criminalidade, revelando algumas características próprias de cada entorno social e tornando, assim, mais eficiente a criação e execução de políticas públicas que combatam o crime e possibilitem a construção de uma democracia verdadeiramente plural e igualitária.

COORDENADORA:    Julia Abrantes Valle

Palavras-Chave : Memória, História, Ciências Criminais, América Latina, Direitos Humanos

 

 

Q- PERSONA FICTUS: BRASILIDADES NA LITERATURA E NO CINEMA

Resumo

O simpósio aqui proposto enseja reunir trabalhos que se debrucem sobre as formas e os processos de construção da personagem ficcional, quer seja no tecido literário, quer seja na dinâmica cinematográfica. Nesse particular, consideramos personagem como um signo actante em torno do qual gira o eixo de ação e o teor dinâmico da narrativa (REIS, 2000); isto é, o sentido do termo está voltado para a consideração da personagem como habitante da realidade ficcional, num universo espaciotemporal distinto daquele dos seres humanos, conservando, todavia, seus níveis de correspondência (BRAIT, 2017). Na instância do dispositivo cinematográfico (XAVIER, 2003), por seu turno, a realização da personagem, ainda que mantenha densas afinidades com a realidade ou com o universo ficcional pré-existente, se dá numa enformação antropomórfica, quer dizer, encarnada na pessoa do ator (GOMES, 2014). Considerando que a construção de personagens está alinhada a condicionantes subjacentes ao texto ficcional, é intenção deste simpósio reunir análises, no âmbito da teoria e da crítica, tanto literárias como cinematográficas, que investiguem a matéria que constitui a persona fictus, na literatura brasileira e no cinema nacional, interconectando caminhos que partam de perspectivas metodológicas comparativistas, intertextuais, temáticas, transcriativas etc. Para além disso, são bem-vindas contribuições que tematizem o processo e/ou produto de adaptação de personagens literárias brasileiras para o cinema nacional (STAM, 2008; HUTCHEON, 2013), as leituras e releituras do literário e do cinematográfico que ressignifiquem olhares e experiências acerca da personagem de ficção (CANDIDO, 2014), o diálogo interartístico entre textos literários e obras fílmicas (CLÜVER, 1997 e 2006). Assim, por meio desta proposta, busca-se oportunizar um espaço de discussão fértil que contemple o estudo da personagem ficcional, a partir da experiência artística brasileira. Referências BRAIT, Beth. A personagem. 9. ed. São Paulo: Contexto, 2017. CANDIDO, Antonio et al. A personagem de ficção. 13. ed. São Paulo: Perspectiva, 2014. CLÜVER, Claus. Estudos interartes: conceitos, termos, objetivos. In: Literatura e sociedade: revista de teoria literária e literatura comparada. São Paulo: FFLCH/USP, v. 2, n. 2, dez. 1997. CLÜVER, Claus. Inter textos/Inter artes/Inter media. In: Aletria: revista de estudos de literatura. Belo Horizonte: Editora UFMG, n. 14, jul./dez. 2006. Disponível em: <http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/aletria/article/view/1357/1454>. GOMES, Paulo Emílio Salles. A personagem cinematográfica. In: CANDIDO, Antonio et al. A personagem de ficção. 13. ed. São Paulo: Perspectiva, 2014. HUTCHEON, Linda. Uma teoria da adaptação. Tradução de Andé Cechinel. Florianópolis, SC: Ed. da UFSC, 2013. REIS, Carlos. Dicionário de narratologia. 7. ed. Coimbra: Almedina, 2000. STAM, Robert. A literatura través do cinema: realismo, magia e a arte da adaptação. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008. XAVIER, Ismail. Do texto ao filme: a trama, a cena e a construção do olhar no cinema. In: PELEGRINI, Tânia et al. Literatura, cinema e televisão. São Paulo: Editora Senac São Paulo: Instituto Itaú Cultural, 2003.

Palavras-Chave

Personagem de ficção, Literatura brasileira, Cinema nacional, Narratologia.

Coordenadores

Saulo Lopes de Sousa, Deivanira Vasconcelos Soares, Marlus Regis Alvarenga

 

 

R- PRODUÇÕES LITERÁRIAS DE PESSOAS GÊNERO-DISSIDENTES NA LITERATURA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA

Resumo

Conforme demonstra Regina Dalcastagnè (2012), o sistema literário brasileiro, como dispositivo de poder, também é produtor e reprodutor do status quo. Ou seja, confirma pelo modo artístico-discursivo um ordenamento social mantido por múltiplos supremacismos. Isso se revela por exemplo quando, constata-se que mais de 72,7% dos romances publicados pelas três maiores editoras entre 1990-2004 foram escritos por homens; sendo que 93,9% são brancos; 78,8% com escolaridade superior; 60% moradores do eixo Rio-São Paulo, um grupo que em grande medida já está presente em outros espaços privilegiados de produção de discurso, de poder e que de forma não coincidente encena, em sua maioria, narradores e personagens relevantes como fortalecedores da matriz colonial: à imagem e semelhança de si mesmos. Salienta-se que embora o “censo” não tenha se voltado para a questão da identidade de gênero – cisgeneridade e transgeneridade –, como demonstra a pesquisadora, essa produção se efetiva sob um mapa de violências de grupos subalternizados, seja pela sua ausência – como autores e autoras –, seja em representações estigmatizadoras – não homem, não branco, não heterossexual, não rico, não urbano, não qualificado – como ocorre, por exemplo, com a representação de personagens negras e dissidentes sexuais (homossexual, bissexual e assexuado). Em “acréscimo” a este censo, Luiz Henrique Moreira Soares e Rosiney Aparecida Lopes (2017) verticalizam a indagação para a representação de travestis em romances entre os anos de 2000-2016. Dentre as constatações, confirmam que a maioria desses romances foi escrita por homens – provavelmente cis –, que por sua vez monopolizam – por meio de seus narradores – os lugares de fala no interior das narrativas. Em contraparte, o sistema literário brasileiro ainda tem dificuldade para se posicionar frente a outras variáveis que confrontam sua face hegemônica, como aquela que provém de autoras e autores gênero-dissidentes que buscam expressar modos, processos e experiências de subjetivação e representação coerentes e alusivas a suas identidades. Abalos que começam a se fazer visíveis, ainda que de forma tímida, no final dos anos 1970 e ao longo dos 80 com produções literárias de caráter autobiográfico e/ou memorialístico (CHAVES, 2021). Um aumento em escala geométrica dessa produção a partir dos anos 90 expôs autores/as, leitores/as, críticos e historiadores em contato mais direto com noções como performatividade de gênero, abjeção, deslocamento de discursos binários, ordem heterocentrada, modelo heteronormativo, abordagens queer (SOARES, 2020). Dentro desse contexto, pelo menos dois grandes afluentes se estabeleceram: os de autores/autoras gênero-dissidentes com um olhar autobiográfico; os de autores/autoras gênero-dissidentes que constroem a reflexão sobre o gênero e o estar no mundo por meio especialmente de narrativas que encenam personagens outros e seus dramas cotidianos no espaço onde convivem. Assim, a proposição deste simpósio temático vem da compreensão da necessidade de se garantir a ocupação deste importante espaço de poder de nosso sistema literário para que essa produção e a sua crítica irrompam de forma fraturadora do status quo, portanto, resistindo, rebelando, revoltando contra as produções e modelagens hegemônicas de existir (es) e saber (es).

Palavras-Chave

Literatura Contemporânea, Autoria gênero-dissidente, Rebeldia literária, Crítica literária.

Coordenadores : Leocádia Chaves

 

S- GRUPO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM SOCIOLINGUÍSTICA – GEAS

 

Resumo

O foco do Grupo de Estudos Avançados em Sociolinguística é oferecer aos seus integrantes uma verticalização teórica e metodológica na área da Sociolinguística Variacionista, nos moldes de Weinreich, Labov e Herzog (2006) e Labov (2018), além da congregação entre os estudos de linguagem, sociedade, teoria gramatical e ensino de língua portuguesa. O GEAS nasceu da necessidade de continuidade dos estudos sociolinguísticos, por alunos, ex-alunos e professores do Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas -LIP da UnB, em torno dos avanços da área, com encontros mensais, eventos, discussão e produção científica. A grande inspiração para a criação do grupo foi a professora Marta Scherre na ocasião de sua mudança da Universidade de Brasília para a Universidade Federal do Espírito Santo. Foram realizados cinco encontros nacionais, entre 2008 e 2013, com a participação de representantes de diversas abordagens sociolinguísticas desenvolvidas na UnB e de pesquisadores de diversas regiões e instituições brasileiras. Em 2021 o grupo foi (re)inaugurado sob a coordenação das professoras Cíntia da Silva Pacheco (UnB) e Carolina Queiroz Andrade (UnB e Projeção). Nesse ano vigente, a primeira roda de discussão foi realizada por Maria Marta Pereira Scherre (UFES, UnB e Cnpq) sobre “Variação, mudança e variáveis sociais”, com base em Scherre e Naro (2014), e a segunda roda de discussão foi realizada por Ana Maria Carvalho (University of Arizona) sobre “A Sociolinguística Variacionista e os estudos de línguas em contato”, com base em Carvalho (2016). Esse simpósio, portanto, tem o objetivo de registrar e socializar os trabalhos que vêm sendo desenvolvidos por integrantes do GEAS e da disciplina “Variação e Mudança Linguística” do Programa de Pós-Graduação em Linguística-PPGL da UnB. Referências bibliográficas: CARVALHO, Ana Maria. The analysis of languages in contact: a case study through a variationist lens. Cadernos de Estudos Linguísticos – (58.3), Campinas, p. 401-424, set./dez. 2016. LABOV, William. O estudo da língua em seu contexto social. In. Padrões Sociolinguísticos. Tradução Marcos Bagno, Maria Marta Pereira Scherre, Caroline Rodrigues Cardoso. São Paulo: Parábola, 2008 [1972], p. 215-299. SCHERRE, Maria Marta Pereira; NARO, Anthony Julius. Sociolinguistic correlates of negative evaluation: Variable concord in Rio de Janeiro. Language Variation and Change, 26, p. 331-357, 2014. WEINREICH, Uriel; LABOV, William; HERZOG, Marvin. A língua como um sistema diferenciado. In. Fundamentos empíricos para uma teoria da mudança linguística. (Trad. Marcos Bagno). São Paulo: Parábola Editorial, 2006 [1968], p. 87-126.

Palavras-Chave

GEAS, Sociolinguística Variacionista, Variação e Mudança Linguística.

Coordenadores

Cintia da Silva Pacheco

 

T- GÊNERO E RAÇA

Resumo

O presente simpósio tem como proposta principal a discussão de trabalhos (finalizados ou em andamento) que versam sobre os conceitos de gênero e raça. Visamos a construção de um debate que tenha como fio norteador o feminismo negro ou experiências de gênero, que ultrapassem as demandas políticas e sociais das mulheres brancas, ou seja, movimento feminista eurocentrado. Destacamos aqui as múltiplas formas de atuação política realizadas por diferentes coletividades. Nesse sentido, iremos refletir questões que abarquem: as relações de gênero, afetos, sexualidades, processo de racialização, corpos, modos de ser e estar no mundo que são oprimidos pela identidade hegemônica dominante. O tema da interseccionalidade é aqui compreendido enquanto ferramenta analítica conforme indicam Patricia Hill Collins e Sirma Bilge (2021). Quando colocamos foco na interseccionalidade podemos destacar as diversas relações de poder e como elas influenciam as relações sociais em contextos reconhecidos como diversos e desiguais, assim como as experiências dos sujeitos no cotidiano. A interseccionalidade como ferramenta analítica coloca que as categorias de raça, classe, gênero, orientação sexual, nacionalidade, etnia, entre outras, são inter-relacionadas e ajustam-se mutuamente. Ela é uma maneira de compreender e de explicar o mundo na sua principal característica, a complexidade, não apenas dele mas das pessoas e as experiências dos indivíduos em interação. Colocaremos em discussão experiências que abarcam, pelo menos parcialmente, alguns dos pontos a seguir: relações de poder, sociabilidades, justiça social, equidade, desigualdade social, movimento social, diversidade, inclusão, ciberespaço, corporeidades, crenças, masculinidades, empoderamento entre outros. Nesse sentido, iremos problematizar os processos de construção de movimentos contra hegemônicos tanto micro quanto macros, sobretudo a partir do racismo e do sexismo, duas opressões que as mulheres negras sofrem em seus cotidianos. Mas também abordaremos os processos em que outras formas de opressão são formuladas e apresentadas na vida dos sujeitos. Certos pares servem para pensarmos como: nós e os outros, colonizado e colonizador, sujeito branco e sujeito negro para isso recorro as formulações de Grada Kilomba (2020) para lançar luz às narrativas e diversas linguagens construídas no movimento de formação dos sujeitos na colonialidade.

Referências Bibliográficas

COLLINS, Patricia Hill; BILGE, Sirma. Interseccionalidade. Trad. Rane Souza. São Paulo: Boitempo, 2021.

KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Trad. Jess Oliveira. Rio de Janeiro: Cobogó, 2020.

Palavras-Chave

Gênero, raça e interseccionalidade

Coordenadores

Debora Simões de Souza Mendel

 

U- SANKOFA: VISÕES DA EDUCAÇÃO CONTRA-COLONIAL PARA O FUTURO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE LÍNGUAS

Resumo

Os estudos tradicionais sobre ensino de línguas, internacionalização e difusão da língua portuguesa ainda estão pouco relacionados com as questões interseccionais de raça, gênero e classe. Faz-se, portanto, necessário compreender a reflexão crítico-social existente nas diversas representações sociais nos âmbitos de ensino e aprendizagem de língua e as políticas públicas de línguas. Em sua dissertação de mestrado, Thânisia Cruz (2020) propõe “a interseccionalidade enquanto metodologia para uma prática decolonial”. Ao aprofundar os estudos e ter experiências profissionais no percurso educacional em contextos internacionais, a referida autora notou que a interseccionalidade deveria ser proposta enquanto metodologia para uma prática decolonial, assinalando o quão relevante esse conceito é para a américa latina. Todavia, a partir de um olhar crítico, apontou que no Brasil deve-se também trabalhar a perspectiva contra-colonial. Orientado pelos princípios epistémicos do Mestre Antônio Bispo, das professoras Angela Davis, Kimberlé Crenshaw, Patricia Hill Collins e do psiquiatra e filósofo Frantz Fanon, este simpósio temático visa oportunizar diálogos e produção científica no âmbito da linguística aplicada e da educação enquanto pilares da constituição da política de línguas. Nesse sentido, buscam-se avaliações sobre o estado do ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras como ferramentas acionadas no processo de internacionalização da educação brasileira e da cooperação internacional, especialmente, Sul-Sul. Ao longo dos anos, com políticas públicas e programas operacionalizados pelo Estado Brasileiro e organismos internacionais como os Centro Interescolares de Línguas do Distrito Federal (CILs), os Centros de Estudos de Línguas (CELs), o Leitorado, o Assistente de Língua Portuguesa na França e o Programa de Desenvolvimento Acadêmico Abdias Nascimento, as universidades brasileiras têm exercido papel fundamental na formação e envio de profissionais para representação do país para o ensino de língua portuguesa ou para atuação em empresas e outros órgãos governamentais. Importa compreender como as gerações mais recentes participantes ou interessadas nesses programas percebem os avanços dessas ações para o contexto das políticas públicas brasileiras e em quais circunstâncias a educação brasileira se compromete com as vivências formativas, interseccionais, emancipatórias, que façam uso do conhecimento situado, valorizando as experiências anteriores de estudantes e profissionais, bem como observando como a linguagem aciona esses elementos. Além disso, se faz necessário escurecer e problematizar sobre o acesso de pessoas negras às políticas públicas em exercício. Para citarmos um exemplo, línguas estrangeiras, e notadamente o inglês, ainda se constituem como barreira para a população negra brasileira, inclusive a presente nos cursos de Letras e, obviamente, nas aulas da educação pública. Tendo isso em vista, como propomos o ensino-aprendizagem para internacionalização a partir de uma visão contra-colonial? De que forma a interseccionalidade pode contribuir para esse giro epistêmico contra-colonial? Que mecanismos, abordagens e técnicas as instituições de ensino podem utilizar para alcançarmos esses caminhos?

Palavras-Chave

Ensino de línguas. Interseccionalidade. Contra-colonialidade. Internacionalização.

Coordenadores

Ana Carolina de Souza Silva, Jakeline Pereira Nunes, Thânisia Marcella Alves Cruz

 

V- NETNOGRAFIA EM ESTUDOS DE (IM)POLIDEZ: METAPRAGMÁTICAS DE UM NOVO FAZER CIENTÍFICO

Resumo

O modo como as pessoas interagem em distintas modalidades (on-line, por escrito, face a face) tem sido afetado diante do cenário de crise sanitária pelo qual passamos nos últimos tempos. Alguns debates no meio on-line, os quais se ancoram às ideologias de seus interlocutores, têm, por vezes, se tornado bastante hostis, o que tem aberto espaço para um novo fazer científico, especialmente na proposta que aqui aventamos: estudos netnográficos (KOZINETS, 2014) que se dedicam a investigações no âmbito da (im)polidez (BROWN; LEVINSON, 1987; CULPEPER, 1996) e das metapragmáticas (SILVERSTEIN, 1979, 1993; POVINELLI, 2006; SIGNORINI, 2008), com vistas tanto a mapear estratégias linguístico-discursivas (im)polidas quanto a propor encaminhamentos sociais, mesmo que mínimos, de mudança discursiva. Em outras palavras, este simpósio temático visa a congregar estudos realizados no ambiente on-line que, ao mesmo tempo, versem sobre (im)polidez e metapragmática, e se inscrevam, de algum modo, em um viés netnográfico. Com relação a essa convergência, frisamos que a netnografia não é considerada, nesta proposta, uma alternativa para a impossibilidade decorrente da atual necessidade de isolamento físico de se realizarem pesquisas empíricas face a face, mas sim um enquadre epistêmico qualitativo que se dedica às particularidades intersemióticas das culturas e comunidades on-line, assim como, por essa razão, a esse estatuto interacional em intensa expansão – as interações mediadas on-line (THOMPSON, 2018). As particularidades intersemióticas desse estatuto interacional demandam, em nossa visão, toda uma reconfiguração nas interações no que tange a quatro características: constituição espaço-temporal (estendida no tempo e no espaço); gama de pistas simbólicas (limitada); grau de interatividade (dialógica); e orientação da ação (muitos para muitos) (THOMPSON, 2018). As interações on-line, sob o amparo das orientações netnográficas, são potencialmente lesivas às faces (GOFFMAN, 1967) dos interagentes, devido à intensa exposição dos internautas (ação orientada de muitos para muitos) e, paralelamente, à reduzida gama de pistas simbólicas (e seus possíveis desalinhamentos de sentidos – mal entendidos, pseudo mal entendidos e não entendidos). São bem-vindos a este simpósio trabalhos – mesmo com resultados parciais – que, de algum modo, articulem o fazer netnográfico, as interações mediadas on-line, os cenários distintos de violência linguístico-discursivas, os quais podem evocar lutas metadiscursivas em discursos misóginos, homofóbicos, gordofóbicos, LBGTQIA+fóbicos, entre outros, em distintos contextos sócio/interculturais. Esperamos que as contribuições das pesquisas transcendam o nível identificacional de violências desencadeadas nas redes, de modo a, concomitantemente, trazer um olhar crítico e interventivo para as práticas sociais e enxergar a netnografia como ferramenta qualitativa que promova tanto a ressignificação das ações intersubjetivas quanto a denúncia de atos violentos no nível linguístico, discursivo e/ou simbólico.

Palavras-Chave

netnografia, pesquisa qualitativa, interações mediadas on-line, (im)polidez, metapragmáticas

Coordenadores

Rodrigo Albuquerque

 

W- VIOLÊNCIA LINGUÍSTICO-DISCURSIVA: METAPRAGMÁTICAS EMERGENTES DE ESTRATÉGIAS DE (IM)POLIDEZ NO AMBIENTE ON-LINE

Resumo

A crise sanitária pela qual o mundo atravessa tem gerado repercussões em diversas instâncias: desde as necessidades consideradas mais materiais e imediatas, como saúde e economia, até aquelas que, talvez, não integrem tão fortemente as demandas societais, como o uso de linguagem nas interações. Embora não inscrita em preocupações materiais mais imediatas, é inegável a recorrência de relações intersubjetivas na modalidade on-line permeadas por violência linguístico-discursiva, explícita ou implicitamente, nos mais diversos gêneros discursivos digitais que integram as possibilidades de uso no campo da internet. Neste simpósio, almejamos contemplar investigações dedicadas ao ambiente on-line, o qual instiga um estatuto interacional em constante expansão – as interações mediadas on-line (THOMPSON, 2018) –, que focalizem distintos contextos de violência linguístico-discursiva, tais como homofobia, lesbofobia, misoginia, machismo, gordofobia, xenofobia entre outros. Esperamos que tais contextos, de algum modo, sejam analisados à luz de estudos pragmático-discursivos que se ancorem ao debate da (im)polidez (BROWN; LEVINSON, 1987; CULPEPER, 1996), da imagem social (ou face) dos interagentes (GOFFMAN, 1967) e das metapragmáticas (SILVERSTEIN, 1979, 1993; POVINELLI, 2006; SIGNORINI, 2008). Justifica-se, assim, a pertinência deste simpósio, no que diz respeito aos dois primeiros conjuntos teórico, pela associação clara dos conceitos de face e de (im)polidez com a violência linguístico-discursiva potencialmente presente em interações em tempos de pandemia. As interações mediadas on-line (THOMPSON, 2018), em função do estatuto interacional que convoca, põem em risco a face (GOFFMAN, 1967) dos interagentes, ao prever uma constituição espaço-temporal estendida no tempo e no espaço; ao valer-se de uma gama de pistas simbólicas limitadas; ao apresentar um grau de interatividade dialógico; e ao orientar sua ação de muitos para muitos (THOMPSON, 2018). No que tange ao segundo conjunto teórico, destacamos que, ao evocarem domínios linguístico-discursivos e político-ideológicos (SIGNORINI, 2008), as metapragmáticas geram disputas metadiscursivas entre os sujeitos sociais, por meio de diversas estratégias indexicais que podem promover maior/menor polidez e, por essa razão, maior/menor cenário de violência linguístico-discursiva. Nesse sentido, pressupomos, ancorados em Thompson (2018), que o estatuto das interações mediadas on-line ampliam o tempo de interlocução e a quantidade de interlocutores, e limitam as pistas simbólicas utilizadas, colaborando, assim, para um cenário de intensificação da violência linguística, discursiva e simbólica, haja vista que os sujeitos, ao mesmo tempo, estão mais expostos e se compreendem (ou querem se compreender) menos. Nosso interesse, portanto, se volta para pesquisas que se dediquem a interações mediadas on-line conflituosas, com o intuito de, para além da identificação das estratégias mobilizadas pelos internautas, contribuir para a promoção de interações on-line menos violentas, de modo que um convívio mais harmônico entre os usuários possa minimizar desgastes peri/pós pandemia.

Palavras-Chave

(im)polidez, metapragmáticas, interações mediadas on-line, violência linguístico-discursiva.

Coordenadores : Rodrigo Albuquerque

 

X- FENÔMENOS DE VARIAÇÃO LINGUÍSTICA EM CONFLUÊNCIA COM ÁREAS AFINS: PAINEL 2 DA DISCIPLINA VARIAÇÃO E MUDANÇA LINGUÍSTICA LECIONADA NA PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUÍSTICA NO ÂMBITO DO PPGL/UNB

Resumo

No contexto da disciplina Variação e Mudança Linguística ministrada na pós graduação em linguística, no 1º semestre de 2021, na Universidade de Brasília, estudar-se-á as bases epistemológicas da área, o contexto do seu surgimento, seus fundamentos e principais postulados, configurando-se, portanto, como uma abordagem bastante teórica. A área em tela surgiu em observância a algumas lacunas deixadas pelos estudos de linguística formal (estruturalismo e gerativismo), como a fala e/ou a variação linguística, que até a década de 50 do séc XX eram sumariamente marginalizadas do escopo dos estudos linguísticos. A sociolinguística emerge neste momento (mas não de maneira solitária, pois desde o círculo de praga, na década de 30, muitos linguistas já discutiam tais lacunas) e postula que todas as línguas variam no espaço e no tempo, e essas variações são ordenadas, portanto, sistematizadas, passíveis de análise e projeção. Voltando à disciplina apresentada, imaginamos que uma possível forma avaliativa dos discentes poderia ocorrer em um contexto científico mais amplo, como a participação em um congresso, suscitando aos cientistas uma oportunidade excepcional de discussão teórica e metodológica em intersecção com a sua área de projeto. Assim, o Congresso de Humanidades, em seu atual tema “Travessias Escritas e Desafios Epistemológicos em Contextos Latino Americanos”, de diversas formas se configura como um ambiente propício para a realização de nossas atividades, com a vantagem de ser tradicionalmente sediado na UnB, e por ser bastante amplo em termos de teorias e interdisciplinaridade. Os temas já delineados como propostas de pesquisas são: 1) Formas de uso do infinitivo em Revista Jurídica da Presidência; 2) Estruturas causativas em TUPI-GUARANI; 3) voz ativa e voz passiva em reportagens sobre feminicídio; 4) Marcadores dialetais no Galês Médio; 5) Variação lexical do item mãe na Língua Brasileira de Sinais em perspectiva diatópica; 6) Variação em sincronias distintas da retomada anafórica “o mesmo” em leis brasileiras. Vale dizer que tais temas estão ainda em fase de ampliação e suas abordagens consideram a sociolinguística variacionista em intersecção com demais áreas, como: Línguas de Sinais; Línguas Indígenas; Gerativa; Análise do Discurso; Sociolinguística Interacional; Dialetologia; Linguística Histórica, entre outros. Assim, nosso simpósio, além de ser um meio avaliativo dinâmico e ambivalente ao currículo, tem por intuito construir pontes da sociolinguística variacionista (que no momento se revigora dentro da Universidade de Brasília) com as demais áreas dentro da comunidade científica.

Palavras-Chave

Variação, Mudança Linguística, Áreas afins

Coordenadores

Carolina Queiroz Andrade, Cíntia da Silva Pacheco

 

Y- PAINEL 2: CONTINUIDADE DE ANÁLISES SOCIOLINGUÍSTICAS EM INTERSECÇÃO COM ÁREAS AFINS

Resumo

No contexto da disciplina Variação e Mudança Linguística ministrada na pós graduação em linguística, no 1º semestre de 2021, na Universidade de Brasília, estudar-se-á as bases epistemológicas da área, o contexto do seu surgimento, seus fundamentos e principais postulados, se configurando, portanto, como uma abordagem bastante teórica. A área em tela surgiu em observância a algumas lacunas deixadas pelos estudos de linguística formal (estruturalismo e gerativismo), como a fala e/ou a variação linguística, que até a década de 50 do séc XX eram sumariamente marginalizadas do escopo dos estudos linguísticos. A sociolinguística emerge neste momento (mas não de maneira solitária, pois desde o círculo de praga na década de 30, muitos linguistas já discutiam tais lacunas) e postula que todas as línguas variam no espaço e no tempo, e essas variações são ordenadas, portanto sistematizadas, passíveis de análise e projeção. Voltando à disciplina apresentada, imaginamos que uma possível forma avaliativa dos discentes poderia ocorrer em um contexto científico mais amplo, como a participação efetiva em um congresso, suscitando aos cientistas uma oportunidade excepcional de discussão teórica e metodológica em intersecção com a sua área de projeto. Assim, o Congresso de Humanidades, em seu atual tema “Travessias Escritas e Desafios Epistemológicos em Contextos Latino Americanos”, de diversas formas se configura como um ambiente propício para a realização de nossas atividades, com a vantagem de ser tradicionalmente sediado na UnB, e por ser bastante amplo em termos de teorias e interdisciplinaridade. Os temas já delineados como propostas de pesquisas são: 1) Formas de uso do infinitivo em Revista Jurídica da Presidência; 2) Estruturas causativas em TUPI-GUARANI; 3) voz ativa e voz passiva em reportagens sobre feminicídio; 4) Marcadores dialetais no Galês Médio; 5) Variação lexical do item mãe na Língua Brasileira de Sinais em perspectiva diatópica; 6) Variação em sincronias distintas da retomada anafórica “o mesmo” em leis brasileiras. Vale dizer que os temas estão ainda em fase de ampliação, e suas abordagens consideram a sociolinguística variacionista em intersecção com as demais áreas, como: Línguas de Sinais; Línguas Indígenas; Gerativa; Análise do Discurso; Sociolinguística Interacional; Dialetologia; Linguística Histórica, entre outras. Assim, nosso simpósio, além de ser um meio avaliativo dinâmico e ambivalente ao currículo, tem por intuito construir pontes da sociolinguística variacionista (que no momento se revigora dentro da Universidade de Brasília) com as demais áreas dentro da comunidade científica.

Referências

KERSWILL, Paul; TRUDGILL, Peter. The birth of new dialects. Dialect Change: Convergence and Divergence in European Languages, 2005, p. 196-220. Disponível em:https://www.researchgate.net/publication/265012509_7_The_birth_of_new_dialects. Acesso em: 11 jun. 2021.

LABOV, Willian. Padrões sociolinguísticos. Tradução de Marcos Bagno, Maria Marta Pereira Scherre e Caroline Rodrigues Cardoso. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

MEYERHOFF, Miriam. Introducing Sociolinguistics. London/New York: Routledge, 2006.

Palavras-Chave

Variação, Mudança Linguística, Áreas afins

Coordenadores

Carolina Queiroz Andrade, Cíntia da Silva Pacheco

 

Z- A INTERDISCIPLINARIDADE NO ENSINO DE FÍSICA: PROPOSTAS, ESTUDOS DE CASO E POSSIBILIDADES

 

Resumo

O ensino de física é um desafio escolar no contexto do ensino brasileiro e mundial, apresentando uma miríade de dificuldades, indo desde a percepção fortemente negativa por parte dos alunos quando entram em contato com a disciplina, indo até às dificuldades apresentadas pelos estudantes em relacionar conteúdos vistos em outras disciplinas, em particular a matemática, com conteúdos de física (ANGELL et al, 2004). Diversas ações propõem atenuar as barreiras existentes ao aprendizado de física, ao mesmo tempo em que estimulem o interesse por parte dos alunos. Uma das propostas mais empregadas consiste na utilização de experimentos em sala de aula, que inclui experimentos de bancada, simulações computacionais de fenômenos físicos e aplicativos (BORGES, 2002; JAAKKOLA E NURMI, 2008). A principal motivação em utilizar experimentos é proporcionar aos alunos uma abordagem mais acessível, permitindo a construção dos conceitos e sua conexão com o formalismo matemático inerente ao conteúdo de física, de forma a deixar explícito que as equações e leis físicas não se resumem apenas à resolver equações, mas também evidenciar que estas mesmas leis e equações podem ser empregadas para descrever e estudar fenômenos físicos, ocasionando não apenas uma compreensão mais aprofundada do universo, mas também como a partir deste entendimento se propõem novas aplicações tecnológicas. Ainda, o uso da experimentação facilita a transposição didática. Outra abordagem reside em explorar questões interdisciplinares e interseccionais em aulas de física, desconstruindo a limitante compartimentação do conhecimento, ao mesmo tempo em que se promove um ensino baseado no pensamento crítico e na inclusão de minorias, como gênero, raça, classe socioeconômica como descritores das características dos diversos agentes de construção do conhecimento científico na área. Assim, a interdisciplinaridade se apresenta como uma ferramenta fundamental no ensino de ciências, e em particular, no ensino de física. Neste trabalho são apresentados exemplos da interdisciplinaridade aplicada ao ensino de física: o caso do projeto “Atraindo meninas e jovens mulheres do DF para a carreira em Física”, uma proposta interdisciplinar que alia física, sociologia e questões de gênero, e o caso da utilização de experimentos em aulas de física.

ANGELL, C.; GUTTERSRUD, Ø.; HENRIKSEN, E. K.; ISNES, A., 2004, Science Education, v. 88, p. 683–706.

BORGES, T. Caderno Brasileiro de ensino de Física, 2002, v. 19, n. 3, p. 291 – 313.

JAAKKOLA, T., NURMI, S. Journal of Computer assisted learning, 2008, v.24, n. 4, p. 271-283.

Palavras-Chave

ensino de física; física, interdisciplinaridade; gênero; quadrinhos; mulheres na física

Coordenadores :Adriana Pereira Ibaldo, Antonio do Rego Barros Neto, Cíntia Schwantes, Ademir Eugenio de Santana

 

ZA- ESTUDO EPISTEMOLÓGICOS DO ROMANCE: TRÂNSITO E COMPLEXIDADE COMO ELEMENTOS TEÓRICOS DOS ESTUDOS ESTÉTICOS.

Resumo

Dra. Ana Paula Aparecida Caixeta(UnB) Dra. Maria Veralice Barroso ( SEE-DF) Resumo: Apresentada em 2003 pelo pesquisador Wilton Barroso Filho(1954-2019), nos seus quase vinte anos de existência, a Epistemologia do Romance vem se consolidando nos espaços de discussão acadêmica como uma teoria cujo interesse se volta para estudos que, a partir da análise do objeto esteticamente criado, opta por um movimento assegurado pela interdisciplinaridade. Assim, a trajetória dos estudos desenvolvido até aqui apontam no sentido de mostrar que, embora comumente o romance tenha sido objeto de explorações teóricas, cada vez mais a ER reivindica a necessidade de não se perder de vista seu lugar de nascimento, ou seja, o de trânsito que acentua ainda mais a noção de complexidade que lhe ampara o exercício do pensamento tal como defende Edgar Morin(2015) quando reitera seguidas vezes a necessidade de se pensar a partir da compreensão de ser o próprio pensamento um lugar da complexidade. Desse modo, ainda que o romance literário tenha sido, direta ou indiretamente, objetos de análises mais frequentes, para a Epistemologia do Romance, a transdisciplinaridade, que a caracteriza desde as origens, permite que pesquisas relevantes sejam desenvolvidas, entre outros, nos espaços acadêmicos da Filosofia, da Metafísica e das Artes. Esse movimento de trânsito, cada vez mais, ampara a ER no sentido de receber, ou mesmo e, principalmente, estabelecer contatos dialogais com outras possibilidades de investigações estéticas que não somente o romance literário. Neste sentido, observa-se que, o campo das transversalidades associadas aos movimentos comparatistas são, no âmbito dos estudos literários, o que melhor acolhe as possibilidades teóricas da ER. Aquilo que se observa quanto à transversalidade na ER, enquanto teoria, é semelhante ao que Eduardo Coutinho identifica na Literatura Comparada enquanto disciplina acadêmica. Para ele, a transversalidade opera “seja em relação às fronteiras entre nações ou idiomas, seja no que concerne aos limites entre as áreas do conhecimento.” (2011, p. 7). A inadequação às compartimentações sobre a qual discorre Coutinho mais adiante, talvez seja um dos pontos mais cruciais e caros à Epistemologia do Romance enquanto campo de estudos do artisticamente criado. Nesse sentido, o presente simpósio abre espaço para comunicações que se interessem por pensar, de um ponto de vista teórico e crítico, elementos da criação e da recepção do objeto estético, levando em conta a complexidade que permeia os estudos literários cujo olhar não negligencia pontos de interação com as diversas áreas do pensamento.

Palavras-Chave

Palavras-chave: Epistemologia do Romance, literatura, trânsito, estética, complexidade

Coordenadores

Maria Veralice Barroso, Ana Paula Aparecida Caixeta



ZB-  ESCRITA CRIATIVA: PERCURSOS CRIATIVOS DA FICÇÃO CONTEMPORÂNEA

Resumo

O campo da Escrita Criativa tem crescido no Brasil e no mundo. O surgimento dessa área data dos anos de 1930 nos Estados Unidos, tendo sua expansão para outros países como Canadá, França, Espanha, entre outros. No Brasil, a mais antiga oficina de Escrita Criativa completou 35 anos em 2020 e tem sido desenvolvida de forma ininterrupta pelo professor Luiz Antônio de Assis Brasil na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). O percurso de desenvolvimento da Escrita Criativa, não só no Brasil como em outros países, apresenta algumas características em comum, porque não se deu de forma linear. Podemos dizer que ainda está em crescente expansão e que tem buscado cada vez mais se consolidar como área de pesquisa nas universidades, tanto em nível de graduação, como de pós-graduação – lato e estricto sensu. O Congresso Internacional da Associação Brasileira de Literatura Comparada (Abralic) de 2020, trouxe em dois de seus simpósios temáticos a reflexão sobre a Escrita Criativa nas universidades, abrindo o espaço para as discussões acerca das experiências das oficinas ministradas, bem como de perspectivas de estudos para o século XXI, como o diálogo desse campo com outras áreas do conhecimento e das Artes. O avanço da tecnologia propiciou um novo lugar para a Escrita Criativa: o ciberespaço, que também se tornou local de acontecimento de oficinas de escrita. A facilidade de acesso às novas mídias, permitiu que se expandissem a quantidade de cursos de Escrita Criativa, principalmente pela facilidade de acesso não só pelo computador, como por mídias móveis. Sobre esse novo espaço, Santaella (2008, p.97) faz a seguinte consideração: “Uma nova espacialidade de acesso, presença e interação se anuncia: espacialidades alternativas em que as extensões, as fronteiras, as capacidades do espaço se tornam legíveis, compreensíveis, práticas e navegáveis, possibilitando, sobretudo, práticas coletivas”. Este simpósio temático pretende discutir os percursos criativos da ficção contemporânea, considerando não só os processos de criação literária, mas estabelecendo diálogo entre a escrita criativa e outras narrativas, tais como as do cinema, histórias em quadrinhos, entre outras. Essas aproximações são possíveis porque, como afirma Assis Brasil (2019, p.18), existe uma atitude que é própria do ficcionista que é a “invenção”, este cria “situações imaginárias, vividas por pessoas imaginárias”. Assim, cabem neste simpósio discussões que envolvam a criação de personagens, enredo, conflito, focalização, tempo, espaço, bem como abordagens sobre as transformações formais pelas quais tem passado a ficção contemporânea. É fundamental que se observem as inovações a que as narrativas no século XXI têm aderido, como explica Wood (2017) “Todos nós lemos romances em que o maquinário da convenção está tão enferrujado que nada se move.”. Nessa perspectiva, ganham destaques novas formas de se contar histórias.

 

ASSIS BRASIL, Luiz Antonio. Escrever ficção: Um manual de criação literária. São Paulo: Cia das Letras, 2019.

SANTAELLA, Lúcia. Mídias locativas: a internet móvel de lugares e coisas. Revista FAMECOS • Porto Alegre • nº 35 • abril de 2008.

WOOD, James. Como funciona a ficção. Trad. Denise Bottmann. São Paulo: SESI-SP Editora, 2017.

Palavras-Chave

Escrita criativa, ficção, narrativa contemporânea

Coordenador

Sandra Araújo de Lima da Silva

Atividades

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Calendar

PALESTRANTES

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CHAMADA - CONVOCATORIA


 XXIV CONGRESSO INTERNACIONAL DE HUMANIDADES

XIII ENCONTRO DO GRUPO DE PESQUISA Textualidades contemporâneas: processos de hibridação

DATA  DE  SUBMISSÓES   EXTENDIDA  ATÉ DIA  04  DE  OUTUBRO 

O Instituto de Letras da Universidade de Brasília UnB convida acadêmicos, profissionais da educação e especialistas dos diversos campos do saber para participarem do VIGÉSIMO QUARTO CONGRESSO INTERNACIONAL DE HUMANIDADES.

O tema central desta edição será: Travessias Escritas e Desafios Epistemológicos em Contextos Latino-Americanos.

O Congresso realizar-se-á na Universidade de Brasília na modalidade ON LINE, no site www.even3.com.br/humanidades2021, entre os dias 18 a 21 de outubro de 2021, e contemplará trabalhos nas seguintes áreas: Letras, Ciências Humanas, Ciências Sociais, Educação e Artes.

Esta edição estará organizada nas seguintes modalidades:

  • Grupos de Pesquisa
  • Conferências
  • Simpósios Gerais
  • Simpósios Temáticos 

   INSCRIÇÕES : CRONOGRAMA

  • Até 13/08/21 para a coordenação de Simpósios TEMÁTICOS e ENCONTROS  de Grupos de Pesquisa
  • Até 04/10/21 para as Comunicações Orais 


SIMPÓSIOS GERAIS

Foram definidos 8 (oito) Simpósios Gerais (Ver os resumos mais embaixo na aba SIMPÓSIOS GERAIS)

 1- Literatura   2- Linguística   3-Linguistica Aplicada 4-Língua de Sinais    5-Tradução    6-Educação   7- Humanidades (Geografia , História, Ciencias Sociais)   8- 500 Años de la Travesía de Magallanes    

PARA PROPOR SIMPÓSIOS TEMÁTICOS

Para propor um Simpósio Temático, os Coordenadores deverão colocar o resumo na aba SUBMISSÕES na página do evento  Congresso: https://www.even3.com.br/humanidades2021/Submissões/Resumo de Simposios Tematicos

O resumo dos simpósios deverá conter um texto entre 400 e 500 palavras e deve ser enviado conforme a  Modalidade Resumo de Simpósio Temático.

A lista  definitiva  dos  Simpósios  Temáticos  estará  disponível  na página  do Congresso a  partir  do  dia 14/08/2021.

PARA PROPOR COMUNICAÇÕES NOS SIMPÓSIOS 

Para  enviar um resumo de Comunicação Oral para os Simpósios Gerais, entre na página do Congresso na aba SUBMISSÕES  (https://www.even3.com.br/humanidades2021/Submissões/ Resumo de Comunições orais ) e  preencha  a Modalide : RESUMO DE COMUNICAÇÕES ORAIS indicando o Simpósio para  o qual o  resumo está  sendo enviado. A lista e  resumos dos  Simpósios Gerais e Temáticos se   se  encontra embaixo na página do Congresso.

 

E-mail do Congresso : humanidadesbrasilia@gmail.com 


 Prof. Dr. Juan Pedro Rojas

     Coordenador Geral


 Instituto de Letras -Campus Universitário Darcy Ribeiro- ICC centro B1 - 451 - Asa Norte CEP 70910-900 Brasília-DF

SELEÇÃO MONITORES

EDITAL SIMPLIFICADO DE PROCESSO DE SELEÇÃO DE MONITORES

 

O processo seletivo ficará a cargo da Comissão Organizadora do XXIV  Congresso Intenacional de Humanidades

As inscrições dos candidatos deverão ser feitas por meio do Formulário Eletrônico  ::

Formulario de inscrição para monitoria

que estará disponível na página na página do facebook do Congresso : https://www.facebook.com/XXIV-Congresso-Internacional-de-Humanidades-104049547639840

E na página do Congresso :   https://www.even3.com.br/humanidades2021/

 

 

O período de inscrições vai de 30/09/2021 a 02/10/2021. O resultado final será divulgado pela Comissão de Monitoria na data provável de 04/10/2021.

1. As vagas  remuneradas para monitoria estão distribuidas da seguinte  forma :

2     Vagas colaborar na tradução e interpretação em Libras.

3      Vagas para colaborar na logística do evento que será on line.

2. A distribuição das bolsas remuneradas obedecerá aos seguintes critérios:

a) Ter participado como monitor voluntário em outros Congressos de Humanidades na UnB;

b) Experiência em monitoria na área de Letras em   eventos da UnB;

c) Experiência em monitoria na área de Tradução e Interpretação de Libras em eventos da UnB;

d) Possuir maior habilidade (proficiente) em meios digitais;

e) Ter disponibilidade em auxiliar na organização do Congresso no período de 18 de outubro de 2021 a 22 de outubro de 2021.

2.1  Serão destinadas 5 vagas para monitoria remuneradas, como prioritário o critério de vulnerabilidade social, a ser comprovado pelo(a) estudante por meio do registro junto à Diretoria de Desenvolvimento Social do Decanato de Assuntos Comunitários

- DDS/DAC.

3.  Os resultados finais serão divulgados na https://www.facebook.com/XXIV-Congresso-Internacional-de-Humanidades-104049547639840

E na página do Congresso :   https://www.even3.com.br/humanidades2021/

4.  . O estudante             selecionado tem total responsabilidade em acompanhar o processo de seleção.

5.  Serão selecionados  monitores VOLUNTÁRIOS  para  cubrir  as  necesidades  operacionais  do  evento

 

Obs.: Qualquer dúvida enviar e-mail para o contato: juanperojas@hotmail.com


 

Brasília, 30 de setembro de 2021

 

Comissão Organizadora XXIV  Congresso Humanidades 

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