A violência e a crise climática pedem uma
formação de professores orientada para os direitos humanos, para a
sustentabilidade e inovações. As inovações necessárias não virão das novas
tecnologias, nem a partir de teorias e decisões centralizadas. As inovações
nascem dos encontros entre a pesquisa e a prática pedagógica, entre
universidade e a escola de educação básica, na “casa do comum” como nos diz
António Nóvoa, onde conhecimentos e práticas, pedagogias e culturas podem atuar
em favor das novas gerações para que elas possam sorver as forças de criação de
mundos mais justos, mais inclusivos e, por isso mesmo, mais sábios.
A complexidade dos mundos de uma escola
democrática pede um arranjo de lugares da formação profissional que seja capaz
de estancar as hemorragias de um corpo de professor cindido entre teoria e
prática, entre pedagogia e conteúdo, entre público e privado, entre tradição e
inovação, entre mercado e cidadania. Este arranjo de lugares precisa provocar
deslizamentos entre os territórios já estabelecidos em institutos, faculdades,
escolas das redes estaduais e municipais de educação. Com estes deslizamentos,
outros lugares poderão ser descobertos na fronteira entre universidade e
escola. Fronteiras que dividem, porque reconhecem a diferença, mas que também
juntam, que colocam em contato lugares de formação de professores. A
diversidade, as culturas e as formas de vida que atravessam escolas nos pedem
uma educação comprometida com ciência, com cultura, com as artes, com as
diferenças, com a filosofia e com as múltiplas necessidades de diálogo com um
projeto contínuo em defesa, de construção e de manutenção da democracia.
Desde junho de 2021, representantes das
universidades estaduais paulistas e do Centro Paula Souza vêm se reunindo em um Grupo de Trabalho
denominado Formação de Professores para
as Novas Gerações junto à Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Entre
suas ações, o grupo considerou importante a realização de um Fórum para
envolver todos os cursos de licenciatura nessas discussões e buscar
possibilidades de articulação.
Objetivo Geral: Recuperar e compreender a complexidade das formações de professores que percorrem as universidades públicas estaduais paulistas e as parcerias já existentes entre Universidades e a Educação básica.
Dia e horário: 29/03/2022, das 8:30 h às 17:00 h
Público-alvo: Os coordenadores dos cursos de licenciatura das 3 universidades paulistas, USP, Unicamp e UNESP.