O Movimento Estudantil da Agronomia no Brasil iniciou-se na década de 1950. Em 1951, os estudantes de Agronomia e Veterinária criaram a União dos Estudantes de Agronomia e Veterinária do Brasil (UEAVB) na qual realizaram em conjunto os Congressos Nacionais dos Estudantes de Agronomia e Veterinária até 1953. Em 1954 realizou-se o primeiro congresso organizado somente pelos estudantes de agronomia, denominado I Congresso Brasileiro de Estudantes de Agronomia (CBEA). No II CBEA, em 1955, criou-se o Diretório Central dos Estudantes de Agronomia do Brasil (DCEAB). Em seus primeiros congressos, os estudantes realizavam atividades de integração cultural, esportiva, com espaços para a apresentação e discussão de trabalhos científicos, além de espaços de discussões de temas relacionadas à qualidade do ensino agrícola, reforma agrária, entre outros.
Em 1968, durante a Ditadura Militar, o Diretório Central dos Estudantes de Agronomia do Brasil (DCEAB), a União Nacional dos Estudantes (UNE) e demais Movimentos Sociais Populares, entraram na clandestinidade, devido à promulgação do Ato Institucional Nº 5 (AI – 5), que proibia a reunião de pessoas para fins políticos. As atividades realizadas pela organização dos estudantes de agronomia foram parcialmente interrompidas entre os anos de 1968 e 1971, ocorrendo somente encontros escondidos entre os estudantes, devido à forte repressão militar. Nesse mesmo período, ocorreu a prisão e tortura de lideranças estudantis, além do roubo e desaparecimento de arquivos históricos.
No ano de 1972, realizou-se o 15º Congresso Nacional dos Estudantes de Agronomia (CONEA) em Santa Maria/RS, na qual o movimento estudantil de Agronomia recupera sua organização e articulação nacional, através da fundação da Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB). Os temas que centralizaram os debates da FEAB após o final da década de 1970 e início dos anos 1980 foram principalmente sobre agricultura alternativa, iniciação científica, currículo e formação profissional, mantendo continuamente em seus congressos os fóruns esportivos e culturais.
Desde sua fundação, a FEAB foi protagonista de diversas iniciativas, as quais contribuíram significativamente para a formação de profissionais de agronomia e para a nossa profissão, como o fim da Lei do Boi que oferecia cota para filhos de fazendeiros nas universidades; o desenvolvimento e consolidação do Currículo Mínimo Nacional, e a criação do Receituário Agronômico.
Fonte: Coordenação Nacional FEAB 2017/2018, disponível: https://feab.wordpress.com/nossa-historia/