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Em África pré-colonial, a dinâmica da Vida e/ou da Existência, não se notabilizava pelo maniqueísmo, dicotomia ou enxergada dualistamente. O cotidiano das relações visceralmente imbricada pela Ancestralidade, como condição determinante do Nós de maneira a configurar intersubjetivação inerente a uma cosmo afro-existencialização, residindo nessa dimensão, a complexidade indivisível da forma de se Ser, de Ver e Estar no mundo numa intrínseca imbrincabilidade com o Todo, não residindo a concepção de sagrado versus profano, bem e mal de forma a dá substancialidade a um sujeito antagonizador antropomorfo que se inscreve numa metafísica cuja especialidade astral configura-se como algo infernal.
Face ao processo do racismo colonial que operacionalizou desenraizamento e a conseguinte desterritorialização transatlântica, africanas e africanos foram alvo de profundo enviesamento existencial impossibilitando, por conseguinte, substancial completude kratofônica, impossibilitando assim, autoenunciação de toda uma complexidade ontológica, pois: “a língua é a manifestação da força, do Poder originário; [...] manifesta a força que move as superfícies. O de dentro se expõe no fora, e o fora retorna ao dentro”.[1]
Promiscuídos nos escombros, arapucas e armadilhas do racismo colonial, os espaços denominados de Terreiros nas diásporas das Américas subjazem em meio a vigoroso, como num continuum de simulacridade, forjado em meio correlato simulacionais em que adereços e alegorias representacionais que conformam uma dissimulação existencial interferencial da ética e da moral dos sujeitos que esse expediente afrodiaspóricos se institui.
A Ancestralidade como corporificação existencial de/da de afrodiasporizadas/os é afrofilosoficamente descuidada por tais espaços, que se enxerga como religião, caindo, portanto, da armadilha do maniqueísmo, da capitalização desmensurada conduzidas por dirigentes (mulheres e homens), de interiodade sobresaidamente cartesiana, mercadores/as de bens mágicos capitalizados, patrimonialistas, cedendo espaços ao pentecostalismo e entrando numa relação de verdadeira concorrência.
A conclusão é a mais completa e absoluta ausência de Autoridades Ancestrálicas, que desse papel/função/lugar seja conotado vivencialmente uma substancialidade biopreta-ancestral e/ou bioafroancestrálica como dimensão afrodiaspórica de intersubjetividade da população preta dispersada compulsoriamente, impondo-se em decorrência da filosofia africana, essencialmente Ubuntu, uma práxis calcada nas suas imbrincabilidade ontológica, epistemológica e ética (Mogobe Ramose, 2010).
As live’s através do canal Enugbárijo Comunicação Afrocentrada tem como objetivos ratificar um pensamento enunciado por uma jornada de aproximadamente 40 anos Brasil afora e afirmar a praxis desse pensamento que busca se materializar numa efetiva concretude na Escola Aldeia Ubuntu Vale do Akòko, na zona rural da região metropolitana de Salvador (BA), bairro Amado Bahia, município de Mata de São João (BA), uma periferia de população eminente preta de extremada subalternidade inerente aos Condenados da Terra (Fanon, 1979).
[1] Eboussi Boulaga citado por Enrique Dussel. Ética da libertação: na idade da globalização e da exclusão. 4.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012 p. 87 (nota de rodapé).
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Apoio: Ashoka – Rede de Empreendedoras/os Sociais.
Assessor
de tecnologia: Nuno Nunes, Mestre e doutorando pela UDESC, Pesquisador Associado NEAB/UDESC
Organização/Elaboração: Olorode Ògìyán Kálàfó Jayro Pereira
Organizadores: Escola Aldeia Ubuntu Vale do Akòko; FUAB (Fórum Ubuntu Afro-Brasileiro)
Contato: escolaubuntuba@gmail.com – Whatsapp (71) 99928-8800