A
economia azul é um conceito relativamente novo que busca integrar o uso
sustentável dos recursos marinhos, das atividades marítimas e dos serviços
ecossistêmicos providos pelo oceano. Ela engloba atividades como pesca e
aquicultura, turismo costeiro e marinho, energias renováveis oceânicas e
transporte marítimo, sempre com um olhar atento à preservação dos ecossistemas.
Entre
as principais oportunidades da economia azul, destaca-se seu enorme potencial
de geração de emprego e renda. Suas diversas atividades podem criar novas
possibilidades de trabalho e negócios em áreas costeiras e litorâneas,
particularmente em países em desenvolvimento. Além disso, o desenvolvimento de
novas tecnologias, por exemplo, para energias renováveis, como a eólica
offshore, pode diminuir a dependência de fontes fósseis e contribuir para a
mitigação das mudanças climáticas. A economia azul também oferece a
oportunidade de valorizar ecossistemas marinhos, como os manguezais e os
recifes de corais, que desempenham papéis fundamentais na captura de carbono e
no equilíbrio climático e ambiental.
No
entanto, a implementação da economia azul enfrenta desafios consideráveis. A
exploração excessiva dos recursos marinhos, a poluição do oceano e a perda de
biodiversidade ainda são questões críticas que precisam ser enfrentadas de
forma eficaz. A carência de regulamentação, a complexidade da governança
oceânica e a gestão ineficaz agravam ainda mais esse cenário. Além disso, a
transição para uma economia azul requer investimentos significativos em
tecnologias e infraestruturas limpas, o que exige uma reorientação de novos
projetos. A mentalidade marítima e a cultura oceânica também são essenciais
para promover uma mudança no mindset e nas práticas relacionadas à agenda azul.
Promover uma economia azul significa promover uma economia que seja
sustentável, inclusiva, justa, equitativa e resiliente.
No Brasil, a economia azul tem um grande potencial, dada a extensão de seu litoral e da sua Amazônia Azul. No entanto, também enfrenta diversos desafios relacionados à ausência de dados relacionados aos setores, políticas específicas e investimentos direcionados. Para que o país possa aproveitar as oportunidades relacionadas à economia azul, é essencial que se invista em políticas públicas eficazes, pesquisa científica e cultura oceânica, além de incentivar a cooperação internacional para a proteção do oceano.
Saiba mais assistindo a palestra “Economia Azul e seus desafios”, que será realizada no dia 19 de março próximo, a partir das 10h.