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Apresentação

Diante de 68 milhões de brasileiros com 25 anos ou mais que não integralizaram a educação básica, é crucial que se estabeleça um pacto social em torno da promoção da oferta da Educação de Jovens e Adultos de qualidade social de modo a restaurar o direito à educação historicamente negada a grande parte da população brasileira, especialmente, a população negra, indígena, rural, periférica, privada de liberdade e trabalhadora de baixa renda. Tal pacto passa por qualificar o trabalho desenvolvido por educadores da EJA nas redes de ensino, escolas, movimentos sociais e também de quem se ocupa em produzir pesquisas focalizadas na modalidade. É com esse propósito que o Laboratório de Investigação, Ensino e Extensão em Educação de Jovens e Adultos (LIEJA-UFRJ), contando com a colaboração do Grupo de Pesquisa, Práticas e Estudos da Educação de Jovens e Adultos (GRUPPEEJA-UFJF) e com o Coletivo de Pesquisa Juventude, Desigualdade Social e EJA (COLEJA-UFRJ) realizou o 5 o Seminário do Laboratório de Investigação, Ensino e Extensão em Educação de Jovens e Adultos (SELIEJA), durante os dias de 29 a 31 de maio de 2025, na Faculdade de Educação da UFRJ.

A partir do tema Reafirmando Direitos em tempos de Política Nacional de EJA, o evento teve como objetivos: (i) promover o diálogo, a troca de conhecimentos e experiências profissionais, de pesquisa e de extensão entre os diversos atores implicado com a EJA (professores, gestores, licenciandos, estudantes de pós-graduação, pesquisadores, professores universitários, integrantes de movimentos sociais, entre outros); (ii) produzir espaços de escuta atenta, valorização, circulação, sistematização e socialização das produções autorais, criativas e resistentes protagonizadas pelos profissionais da educação e seus educandos, nos contextos diversos que a EJA se realiza; (iii) contribuir para a construção coletiva de subsídios teórico-práticos e políticos para a docência em EJA nos diversos contextos, etapas da escolarização, componentes curriculares e territórios; (iv) contribuir para o debate público acerca da EJA como uma política afirmativa de direito no contexto de políticas nacionais para a qualificação da modalidade e (v) fortalecer a EJA no contexto das redes de ensino, nas escolas e universidades públicas. Tais objetivos se concretizaram graças à construção de uma programação implicada com a valorização dos diferentes sujeitos que fazem a EJA viva, potente, criativa,  esperançosa, resistente e de luta. Assim, circularam no evento educadores em contexto de formação inicial e continuada, demais profissionais da educação atuantes nas gestões, educandas e educandos da modalidade, pesquisadores, militantes e integrantes de movimentos sociais, muitos participando inclusive como autores dos trabalhos de relato de experiência docente e de pesquisa acadêmica apresentados no evento e que compõem a produção desses Anais.

Ao todo, registrou-se a participação de 263 pessoas dos inscritos, que estiveram presentes ao longo dos três dias de atividades. Foram apresentadas 158 comunicações orais, distribuídas em 10 Espaços de Diálogo, coordenados por 20 docentes da universidade e da rede pública de ensino, todos com trajetória de atuação e engajamento na EJA, os temas dos Espaços de Diálogo foram: (i) Reconfigurações e transformações do perfil dos estudantes da EJA; (ii) Políticas e Práticas Curriculares na Educação de Jovens e Adultos; (iii) Políticas Públicas em Educação de Jovens e Adultos; (iv) Mundo do Trabalho, Educação de Jovens e Adultos e Educação Profissional; (v) Políticas de Currículo para a reeducação das relações étnico-raciais na EJA; (vi) Disciplinas Escolares na EJA: dimensões conceituais, didáticas e políticas; (vii) Qual o lugar da educação de Jovens e Adultos em contexto de restrição e privação de liberdade? Políticas, experiências, currículo e práticas; (viii) Alfabetização e letramento de jovens, adultos e idosos; (ix) Educação popular, movimentos sociais e Educação de Jovens e Adultos; (x) desafios da Educação de Jovens e Adultos em um mundo mediado por tecnologias digitais.

A programação do evento incluiu, ainda, uma conferência de abertura, duas palestras, três atividades educacionais e culturais, bem como apresentações artísticas e exposições, as quais contribuíram de forma expressiva para a riqueza e a qualidade da experiência vivenciada pelos participantes. Em torno desses temas, diálogos, trocas, aprendizagens, sensibilidades, esperanças foram aguçadas. Isso porque o movimento de socializar as experiências docentes e as pesquisas acadêmicas centradas na EJA, em seu conjunto tão diversas, contrariam as forças que isolam, individualizam e fragmentam o trabalho na escola e na academia. Forças que nos enfraquecem, nos dificultam construir alianças virtuosas, inclusive para deter os processos que se empenham em inviabilizar a existência da EJA. Forças que limitam nossas leituras históricas, políticas, pedagógicas e coletivas de nossas ações na modalidade, todas interessadas em nos adoecer ao impor um sentido fatalista, desesperançoso e inexorável acerca do devir da sociedade no seio do capitalismo racial que sequestra da maior parte dos brasileiros seu direito subjetivo elementar à educação a qualquer tempo.

A publicação desses anais é a continuação desse processo de reunir, de pôr em diálogo, de perseguir uma práxis orientada pela relação indissociável entre teoria-prática, documentando em um só texto as potências que há em nosso trabalho, em nossa voz, nosso corpo, nossa rebeldia, nossas lutas e utopias, pois é sobre isso que os artigos que compõem essa coletânea fundamentalmente têm a dizer. Ao juntar e projetar aquilo que se produz em tantos territórios diversos e por tantos sujeitos diversos e em contextos de produção também diversificados, damos um testemunho da riqueza e da boniteza da Educação de Jovens e Adultos. 

Na mesa de abertura do 5º SELIEJA, Janaina, mulher negra periférica, trabalhadora e estudante da EJA, disse: “um mundo maravilhoso se abriu em minha cabeça quando eu voltei a estudar”. Todos que caminham implicados com a Educação de Jovens e Adultos entendem isso na totalidade de sua pessoa. O propósito da publicação desses anais é, portanto, socializar inspirações para que, com todas as Janainas, Angelas, Leandros, Vanessas, Aparecidas, Antônios, possamos concretizar o sonho, o direito, a liberdade, a alegria, o ser mais indispensáveis à construção de uma outra ordem de mundo.

A EJA é direito!


Mariana Cassab (GRUPPEEJA/UFJF)

Alessandra Nicodemos (COLEJA/UFRJ)


Rio de Janeiro, 02 de julho de 2025




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Even3 - R. do Brum, 248 - Segundo andar - Recife, PE, 50030-260



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Responsável


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