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EMENTA
O objetivo dessa série de aulas de filosofia crítica da tecnologia com 16 horas de carga horária por Ciclo é refletir sobre a ontologia e a fenomenologia de sistemas de inteligência artificial, tendo como foco os principais problemas teóricos que se relacionam a eles. Trata-se de um espaço essencialmente de transversalizações de disciplinas, de intercâmbio de ciências, e se nas atividades do Ciclo I de aulas o foco reflexivo principal está nos problemas da consciência; da intencionalidade; da memória; da emoção; dos limites da computação; do cognitivismo ortodoxo; da autopoiese e da origem profunda e social do cérebro; refletindo sempre desde uma perspectiva bioevolutiva e sistêmica, e se no Ciclo II – ainda sob essa mesma perspectiva – discutiremos IA e o problema dos qualia; IA e a atividade cerebral da mente consciente; IA e o hard problem da consciência e a falácia das três leis; IA e o problema da superinteligência; IA Forte e o sistema multimodal; IA Fraca e sistemas especialistas; IA como inteligência humana estendida; e IA, sociedade e pensamento filosófico; no Ciclo III avançaremos para o enfrentamento de temas polêmicos e socialmente importantes, como os que dizem respeito à IA, pensamento filosófico e crítica da tecnologia; IA e desemprego tecnológico; IA e robôs sexuais; IA, explosão de inteligência e princípio de responsabilidade; IA e o GPT-3; IA, sociedade, cognitivismo e ciência como atividade humana; IA, sociedade, robôs superinteligentes e regras para o parque humano-pós-humano; e IA, sociedade, ciência, sistemas inorgânicos autorreplicantes e o futuro da espécie humana; e no Ciclo IV abordaremos temas igualmente importantes, como a genealogia e definições de IA, machine learning, algoritmos genéticos, o falso problema mente-cérebro, o cognitivismo ortodoxo, IA e ética, desprezo à biologia, valores e atividade tecnocientífica. Para tanto, lançaremos mão de vasta bibliografia especializada e compilada, articulando os principais conceitos, pensamentos, ideias e teorias das ciências da cognição e da própria inteligência artificial, como também da filosofia crítica da tecnologia. Interessa-nos também as relações antropotécnicas que se estabelecem nas sociedades a partir do diálogo do biológico e o artificial. A dinâmica é de partilha da fala e da interação: na primeira hora o professor apresenta o conteúdo, e em seguida é aberto o debate por no mínimo meia hora.
PÚBLICO ALVO
O curso se destina a professores e alunos dos ensinos médio e superior ligados à inteligência artificial (IA), filosofia, sociologia, antropologia, biologia, e também às ciências da computação, ciências cognitivas, bem como direito e educação, além das demais disciplinas ligadas às humanidades de uma forma geral. Destina-se também a profissionais que atuam diretamente com IA em empresas e entidades públicas que desejem se aprofundar nas pesquisas e reflexões sobre as relações humano-maquínicas.
Meta do Curso
Vivemos em uma época extraordinária de enormes progressos tecnocientíficos, em que as inteligências artificiais (IA) se tornam cada vez mais presentes como parte da vida codidiana de nossas sociedades. Humanos já estão interagindo ordinariamente com sistemas inorgânicos e máquinas que possuem diversos níveis de inteligência neles instanciados, e a tendência é que esta dinâmica recrudesça ainda mais nos próximos anos. Diante desta realidade, faz-se necessário compreender não apenas a estruturação tecnológica destes sistemas de inteligência artificial, mas também suas relações nada triviais com os seres humanos, sob pena de sermos simplesmente tragados pela própria onda tecnológica que criamos. Assim sendo, um dos principais objetivos deste curso é debater e explorar em profundidade as potencialidades destas novas relações, como também lançar um olhar crítico acerca do mundo que estamos contruindo com a IA. O curso foi elaborado com uma extensa bibliografia especializada que inclúi mais de 300 títulos da área.
BIBLIOGRAFIA
ALEKSANDER – ARISTOTELES – ALLEN – ÁVILA – ALVES – ASIMOV – BASBAUM – BARBIERI – BARRAT – BATESON – BERGSON – BIRNBAUM – BODEN – BOSTROM – BROOKS(F.) – BROOKS(R.) – BUZSÁKI – BUTTON – CARRUTERS – CASTI – CHALMERS – CHANGEUX – CHELLA – CHILDE – CHURCHLAND – CLARK – CRAWFORD – COECELBERGH – COLEMAN – CONNES – COULTER – CREVIER – DALGALARRONDO – DAMÁSIO – DAVIS – DARWIN – DAWKINS – DESCARTES – DENNETT – DEPUY – DEWEY – DOMINGOS – DREYFUS – EL-HANI – FEENBERG – FERMENT – FEYARABEND – FIGUEROA – FLACELIÉRE – FOLEY – GABOR – GALLAGHER – GALIMBERTI – GARDNER – GLEICK – GODFREY-SMITH – GÖDEL – GOULD – GOLDIN – HABERMAS – HAIOKONEN – HANCOCK – HARARI – HEIDEGGER – HEINSENBERG – HENNING – HILL – JONAS – KAKU – KNELLER – KOWALSKI – LACEY – LATOUR – LAUDAN – LEE – LE BRETON – LECOURT – LORENZ – MANZOTTI – MARX – MATURANA – MEYER – MERLEAU-PONTY – MINSKY – MITHEN – MORAVEC – MORIN – MORRIS – NEGROTTI – NICOLELIS – NIETZSCHE – NORVIG – NÖTH – OLLEY – PARNAS – PEDROSO – PESSIS-PASTERNAK – PENROSE – PRIGOGINE – QUARESMA – QUINTANILLA – RAMACHANDRAN – ROBBINS – SANTAELLA – SCARFE – SCHANK – SEARLE – SERRES – SFEZ – SHARROCK – SHUBIN – SIMON – SIMMONS – SIMONDON – SLOTERDIJK – STERELNY – TEGMARK – TEIXEIRA – THOMPSON – TURING – VAN WYNSBERGHE – VARELA – VEGA – VON NEUMANN – RAVOUX – ROSCH – RUSSELL – SHANNON – WEGNER – WEST – WHEELER – WHITEHEAD – WILSON – WIENER – WOHLLEBEN – YUDKOWSKY
SOBRE O PROFESSOR
Alexandre Quaresma é escritor ensaísta e filósofo brasileiro, mestre em Tecnologias da Inteligência e Design Digital (TIDD) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), com dissertação intitulada Inteligência artificial e bioevolução: Ensaio epistemológico sobre organismos e máquinas, e pesquisador de tecnologias e consequências sociais, com especial interesse na crítica da tecnologia. Autor dos livros Nanotecnologias: Zênite ou Nadir? (2011); Humano-Pós-Humano: Bioética, conflitos e dilemas da Pós-modernidade (2014); Engenharia genética e suas implicações (org.), (2014) e Artificial Intelligences: Essays on Inorganic and Non-biological Systems (org.), (2018). Atualmente investiga as relações entre inteligências artificiais complexas e sociedades contemporâneas, tendo escrito e publicado diversos artigos sobre o referido tema: Determinados por nosso próprio determinismo (2012); Revolução robótica (2013); Auto-organização de quarto grau (2014); O tecnomito da caverna (2014); Hibridação ciborgue (2014); Deuses ou presas? (2014); Corpo-máquina (2014); Sistemas complexos e emergência: Como se origina a inteligência e a vida (2015); Redes autoconscientes: As novas mentes cibernéticas globais (2015); Homo tecnológico (2015); Cumulonimbus-informaticos (2016); Rivais de silício (2017), Rivais de slício II (2017), Jogos egoístas (2017); Inteligências artificiais e os limites da computação (2018); A superinteligência de Bostrom (2018); Inteligências artificiais e o problema da consciência (2019); Inteligências artificiais e o problema da intencionalidade (2019); A falácia lúdica das três leis: Ensaio sobre inteligência artificial, sociedade e o difícil problema da consciência (2020); O quarto cérebro (2021); Inteligência artificial fraca e força bruta computacional (2021) e O problema mente-cérebro como um falso problema (2021).
Lattes: http://lattes.cnpq.br/6089915050124806 E-mail: aq.escriba@gmail.com
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